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Economia

- Publicada em 24 de Junho de 2020 às 10:13

Nuvem de gafanhotos pode desviar para o Uruguai, mas RS segue em risco

Nuvem de gafanhotos destruiu lavouras de trigo na Argentina

Nuvem de gafanhotos destruiu lavouras de trigo na Argentina


Télam/Divulgação/JC
Thiago Copetti
A nuvem de gafanhotos que até esta terça-feira (23) estava sobrevoando e se alimentando em lavouras argentinas segue causando apreensão na Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul. Se mantiverem a mesma rota dos últimos dias, o que depende das condições climáticas e dos ventos, os insetos poderiam chegar ao Estado entre esta quarta (24) e a quinta-feira. A estimativa, explica o chefe do Escritório da Emater em Uruguaiana, Emanoel Nunes, leva em conta a velocidade de avanço recente dos insetos.
A nuvem de gafanhotos que até esta terça-feira (23) estava sobrevoando e se alimentando em lavouras argentinas segue causando apreensão na Fronteira-Oeste do Rio Grande do Sul. Se mantiverem a mesma rota dos últimos dias, o que depende das condições climáticas e dos ventos, os insetos poderiam chegar ao Estado entre esta quarta (24) e a quinta-feira. A estimativa, explica o chefe do Escritório da Emater em Uruguaiana, Emanoel Nunes, leva em conta a velocidade de avanço recente dos insetos.
“Eles se deslocam no máximo cerca de 150 quilômetros por dia neste processo migratório, e estão há cerca de 100 quilômetros de Paso de Los Libres, na fronteira com Uruguaiana, de acordo com os órgãos de monitoramento argentino. Mas fazem paradas para de alimentar e fazer reserva de energia”, explica Nunes.
O responsável pela Emater na cidade explica que o fato de os gafanhotos estarem passando mais próximo do Rio Grande do Sul, em um movimento atípico, pode estar ligado às temperaturas elevadas em um período incomum. Isso porque o calor nesta época tem influências sobre a direção dos ventos e no processo de deslocamento da nuvem de gafanhotos de oeste para leste.
“Esse inseto vive mais nos trópicos, na faixa do Paraguai, Mato Grosso, Goiás. Mas como a nossa condição climática mudou, com temperaturas muitos elevados para o inverno, as correntes de vento mudam e como isso o deslocamento dos gafanhotos”, detalha Nunes.
O chefe do escritório da Emater em Uruguaiana destaca que, com o arroz já colhido, o maior temor é com o cinturão verde no entorno da cidade, onde são produzidas muitas frutas, legumes e verduras. Nunes explica que quando os gafanhotos param para se alimentar destroem uma larga área em pouco tempo.
“Há uma grande ameaça para os produtores de hortifrutigranjeiros, como de alface, couve e muitos outros, e em pomares de citros da região”, diz Nunes.
De acordo como Ministério da Agricultura, com informações do Serviço Nacional de Sanidade e Qualidade Agroalimentar da Argentina (Senasa), no entanto, a praga deve seguir em direção ao Uruguai. O Mapa assegura que autoridades fitossanitárias brasileiras estão em permanente contato com os seus pares argentinos, bolivianos e paraguaios por meio do Grupo Técnico de Gafanhotos do Comitê de Sanidade Vegetal  (Cosoave), o que tem permitido um acompanhamento do assunto em tempo real.
"Estamos aguardando as definições de Brasília sobre químicos que poderão ser usados caso a nuvem chegue a Estado, inclusive com apoio técnico de profissionais da França, observando questões técnicas e ambientais. Já temos equipes da superintendência do Mapa no Estado de sobreaviso para se deslocar à Fronteira Oeste se isso se confirmar", detalha a superintendente do ministério no Rio Grande do Sul, Helena Pan Rugeri.
O ministério também avalia que entre os fatores que levaram ao ressurgimento desta praga em sua fase mais agressiva na região podem estar relacionados a uma conjunção de fatores climáticos, como temperatura, índice pluviométrico e dinâmica dos ventos. 
Ricardo Felicetti, chefe da Divisão de Defesa Sanitária Vegetal da Secretaria da Agricultura, pondera que se a nuvem persistir e as condições meteorológicas forem favoráveis ao ingresso da praga no Estado, há riscos a diferentes culturas e a pastagens.
"Conforme atualização, estão em Córdoba dirigindo-se para o sul. Está sendo feito controle por lá, e a frente fria está diminuindo a atividade deles", explica Felicetti.
O secretário Covatti Filho afirma que a pasta está monitorando junto com o ministério para saber se haverá o ingresso na região da fronteira.
“Estamos atentos a todo o movimento e discutindo ações para preparar o Estado caso haja avanço da nuvem de gafanhotos. O risco existe e não podemos ignorar”, ressalta Covatti.
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