Muitos porto-alegrenses aproveitaram o sábado ensolarado para visitar a 71ª Feira do Livro de Porto Alegre na Praça da Alfândega, no Centro Histórico. A mostra literária teve início na última sexta-feira (31) e segue até o dia 16 de novembro, com mais de 700 sessões de autógrafos e 79 expositores.
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O bom movimento na manhã deste sábado (1°) gera expectativas entre os expositores, que almejam superar as marcas do ano passado, mesmo que com menos dias de evento nesta edição. Para Guilherme Dullius, proprietário da livraria Beco dos Livros - que marca presença na mostra há mais de 20 anos -, o primeiro dia deste ano já foi melhor do que o primeiro dia da feira em 2024, o que indica que os próximos dias devem seguir o mesmo padrão.
“Nós não fazemos uma grande estimativa, viemos sempre com uma meta a ser batida, claro, e, ao que tudo indica, vamos atingir este ano também”, considera Dullius. Mas o livreiro também pondera que os feriados podem impactar negativamente as vendas neste ano. “Infelizmente, neste ano não temos feriados, os dois de novembro vão cair em finais de semana, o que é uma pena, porque perdemos essas datas”, reflete.
Luís Fernando Araújo, proprietário da livraria e editora Artes e Ofícios, corrobora a opinião de Dullius: “está um movimento bom e o pessoal está comprando. Às vezes é só passando e olhando, mas hoje estão comprando, e o tempo está ajudando”.
Araújo participa da Feira do Livro há 34 anos e diz que sempre vale a pena
Giovanna Sommariva/Especial/JC
Marcando presença na Feira há 34 anos, Araújo ressalta que a 71ª edição é especialmente importante para a editora porque, no último ano, perdeu mais da metade do seu estoque durante as enchentes de maio. “Tínhamos quase 300 livros ativos, mas hoje temos 130. A feira oferece um capital de giro que não é bancário, porque os juros do banco são caros para pegarmos dinheiro, e na feira a gente se capitaliza para podermos dar continuidade ao nosso negócio”, considera.
Após mais de três décadas expondo na mostra, ele afirma com convicção que “sempre vale a pena vir à Feira do Livro. Quem diz que a Feira do Livro não vale a pena é porque tem algum problema de gestão”.
O casal Graziele Valcarenghi e Eduardo Yonekura aproveitou a manhã deste sábado com os filhos Pietro e Yumi, dedicando um tempo especial à seção infantil. Para Pietro, de 10 anos, que analisava a banca com olhos atentos, os destaques foram os livros de Minecraft e os Boobie Gods. “É importante para a gente não ficar 100% nas telas”, diz Pietro, arrancando risadas da mãe.
O casal Graziele Valcarenghi e Eduardo Yonekura visitou a seção infantil com os filhos Pietro e Yumi
Giovanna Sommariva/Especial/JC
“É muito importante exatamente por isso, para incentivar a leitura deles. É uma geração que fica muito mais nas telas, então é importante o papel, o livro, até porque o livro trabalha muito a imaginação. A feira é uma oportunidade de entrarmos mais nesse mundo dos livros”, completa Graziele.
A paulista Maria Eduarda Gazzetta, que veio morar em Porto Alegre neste ano, participa da sua primeira Feira do Livro e afirma estar amando o evento. “Tem muitas opções e para todos os gostos. Eu recomendo que todo mundo venha. Já comprei o livro que queria, mas também quero comprar, não só pra mim, como para a minha filha, aproveitar a oportunidade”, afirma.
Maria Eduarda visitou a Feira do Livro pela primeira vez e adorou o evento
Giovanna Sommariva/Especial/JC
A Feira do Livro segue até o dia 16 de novembro na Praça da Alfândega, com programações que vão das 10h às 20h, todos os dias.