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Publicada em 17 de Agosto de 2025 às 15:48

Longa voltado ao afeto feminino e pré-estreia de minissérie marcam noite de sábado em Gramado

Equipe da série "Mascaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente" causou empolgação no público presente à Rua Coberta

Equipe da série "Mascaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente" causou empolgação no público presente à Rua Coberta

EDISON VARA/PRESSPHOTO/DIVULGAÇÃO/JC
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Igor Natusch
Igor Natusch Editor de Cultura
De Gramado
De Gramado
No sábado (16), teve início a Mostra Competitiva de Longas do Festival de Cinema de Gramado, com a exibição de , de Laís Melo. Narrativa sobre a amizade e afeto entre mulheres, a trama acompanha Glória, mãe recém-separada de três filhas que tenta equilibrar o cuidado materno com a montagem de uma nova casa e a disputa por uma promoção na fábrica de salgadinhos onde trabalha. Também foi exibido o primeiro capítulo da série Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente, que movimentou o tapete vermelho com a presença de famosos como Bruna Linzmeyer e Ícaro Silva, que deixaram as mãos na Calçada da Fama.
Estreia de Laís Melo na direção de longas, busca mostrar suas personagens a partir de um olhar sensível, com uma câmera "que observa e que participa", como descreveu a diretora em debate neste domingo (17). "Queríamos planos que fossem sutis e sensíveis às personagens, que respeitassem os corpos em cena. Salvo algumas cenas mais estáticas, a gente tem uma dança desses corpos (em cena), então para nós era muito importante pensar o espaço físico e o olhar da câmera a partir da presença física das atrizes em cena", explicou.
Equipe do longa-metragem brasileiro "Nó", de Laís Melo, que abriu a mostra competitiva de longas no Palácio dos Festivais | CLEITON THIELE/PRESSPHOTO/DIVULGAÇÃO/JC
Equipe do longa-metragem brasileiro "Nó", de Laís Melo, que abriu a mostra competitiva de longas no Palácio dos Festivais CLEITON THIELE/PRESSPHOTO/DIVULGAÇÃO/JC
Determinado a revelar a potência do afeto como forma de resistência e sobrevivência das mulheres, Nó contou com uma equipe majoritariamente feminina, na qual a amizade e suporte coletivo se fizeram fortemente presentes, segundo algumas das atrizes. "Na minha vivência de mulher trans e mulher travesti, recebi (da equipe) um olhar que geralmente não sinto, de generosidade, amizade e amor", acentuou Fernanda Silva, que na tela aparece como Magali, amiga mais próxima da protagonista Glória. Saravy, que interpretou a protagonista, concorda. "Esse afeto que marcou o set também se percebe nesses olhares de dentro, nesse cuidado com os enquadramentos. Quando vi o filme editado, fiquei parada em algumas partes pensando 'que cena é essa?', mas é porque no momento de rodar eu estava olhando nos olhos das atrizes, e a câmera é que estava olhando para nós", reflete.
Por sua vez, Máscaras de Oxigênio Não Cairão Automaticamente é uma série produzida pela HBO Max com direção de Marcelo Gomes e Carol Minêm. A trama se passa nos anos 1980, antes que o medicamento AZT - primeiro a atingir resultados positivos no combate ao vírus HIV, causador da Aids - fosse liberado para comercialização no Brasil. Diante da situação, comissários de bordo começam a contrabandear o antirretroviral para o Brasil, arriscando suas carreiras para salvar vidas de pessoas infectadas, em especial as que já estivessem em estágio avançado da Aids. Além de Bruna Linzmeyer e Ícaro Silva, a produção conta com nomes como Andréia Horta e Johnny Massaro. A série estreia no streaming em 31 de agosto.
Para este domingo (17), a programação no Palácio dos Festivais prevê a exibição do longa Papagaios, de Douglas Soares, além da entrega da premiação da Mostra Gaúcha de Curtas, que teve exibições no sábado e domingo.

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