Porto Alegre,

Anuncie no JC
Assine agora

Publicada em 11 de Maio de 2025 às 16:40

Paço Municipal de Porto Alegre recebe exposição fotográfica sobre a enchente de 2024

Mostra marca um ano da tragédia e conta com fotografias do Jornal do Comércio

Mostra marca um ano da tragédia e conta com fotografias do Jornal do Comércio

Tânia Meinerz/JC
Compartilhe:
Andressa Pufal
A partir de terça-feira (13), às 9h, o Museu de Arte do Paço, localizado na Praça Montevidéu, nº 10, recebe a 'Exposição da Superação e da Solidariedade'. A mostra fotográfica integra a programação da Semana da Superação e da Solidariedade que relembra a enchente de 2024 e celebra os esforços de quem salvou vidas durante a tragédia. A exposição tem entrada gratuita e fica aberta ao público até 11 de julho, de segundas a sextas-feiras, das 9h às 17h.
A partir de terça-feira (13), às 9h, o Museu de Arte do Paço, localizado na Praça Montevidéu, nº 10, recebe a 'Exposição da Superação e da Solidariedade'. A mostra fotográfica integra a programação da Semana da Superação e da Solidariedade que relembra a enchente de 2024 e celebra os esforços de quem salvou vidas durante a tragédia. A exposição tem entrada gratuita e fica aberta ao público até 11 de julho, de segundas a sextas-feiras, das 9h às 17h.
Com 48 fotografias de diversos veículos de comunicação e fotógrafos da prefeitura, a mostra se divide entre imagens da enchente de maio de 2024, registros históricos da enchente de 1941 e algumas fotos da missão oficial da prefeitura aos Países Baixos, em fevereiro deste ano. Além disso, a exposição traz ainda um espaço com projeções em vídeo sobre a tragédia do ano passado. 
Resgatando a memória e evocando um espírito de aprendizagem, o objetivo da mostra é homenagear, principalmente, as pessoas que atuaram nos resgates e nos abrigos. "Queremos mostrar o que aconteceu, mas mostrar também a nossa força, a nossa capacidade de superação e a nossa resiliência", sintetiza Luiz Prates, secretário de Comunicação de Porto Alegre. "Nós trouxemos para essa exposição imagens de pessoas sendo resgatadas, imagens de donativos sendo entregues. Imagens, obviamente, da cidade embaixo d'água, mas também mostrando esse poder de reação que a gente teve, de recuperar a nossa cidade."
A ideia é que a mostra se transforme em um memorial permanente para resguardar a história da inundação de 2024 e servir de aprendizado para eventuais futuros desastres. "A gente não pode esquecer o que aconteceu, porque isso serve de aprendizagem para a cidade, para sociedade, para o município, de uma forma geral."
Aprendizado, este, que a prefeitura vem buscando adquirir com a experiência de quem já sofreu com as mesmas devastações e hoje sabe lidar bem com a força das águas. Foi o caso da missão à Holanda, ocorrida em fevereiro, - país conhecido por ter sofrido com uma violenta enchente em 1953, que deixou cerca de 2 mil mortos. Hoje, os Países Baixos são referência em tecnologia e políticas públicas para evitar enchentes. "Eles levaram anos, mas hoje eles têm o que há de mais moderno no sistema de proteção contra cheias. Então a gente foi lá conhecer e tenta mostrar isso dentro da nossa da nossa exposição", comenta Prates. 
A exposição conta com três ambientes no primeiro andar do museu: a primeira sala traz imagens da enchente do ano passado, feitas por fotógrafos da prefeitura e fotojornalistas que cobriram o evento; a segunda sala inclui registros históricos do Acervo do Museu Joaquim José Felizardo, que rememoram a enchente de 1941 e fotos da missão à Holanda; e num terceiro ambiente, registros em vídeo sobre a enchente de maio trazem um caráter multimídia à mostra. 
Exposição da Superação e da Solidariedade reúne 48 fotos sobre a enchente de 2024 | Tânia Meinerz/JC
Exposição da Superação e da Solidariedade reúne 48 fotos sobre a enchente de 2024 Tânia Meinerz/JC
Fotógrafa do Jornal do Comércio presente na exposição
A fotógrafa do JC Tânia Meinerz teve duas fotos selecionadas para integrar a mostra. Meinerz esteve presente na cobertura das enchentes em diferentes cidades gaúchas durante os piores acontecimentos e depois, registrando as marcas e os estragos deixados pelas águas.
Para Tânia, as imagens, tanto fotográficas, quanto cinematográficas são essenciais para contar qualquer história. "Acredito que o valor de uma exposição como esta é colaborar para que guardemos na memória o que vivemos", reflete Tânia. "Espero que essas imagens fiquem marcadas na história do Brasil e do mundo, porque esses exemplos estão demonstrando o caminho que o nosso planeta está seguindo, com as mudanças climáticas."
Tânia Meinerz: fotos de exposição demonstram "o caminho que o nosso planeta está seguindo com as mudanças climáticas" | DIEGO NUNEZ/ESPECIAL/JC
Tânia Meinerz: fotos de exposição demonstram "o caminho que o nosso planeta está seguindo com as mudanças climáticas" DIEGO NUNEZ/ESPECIAL/JC
A fotojornalista compartilhou curiosidades sobre as fotos escolhidas para a exposição: as fotos escolhidas pela curadoria da mostra têm a ver com a sua história pessoal. 
"Uma das fotos feitas por mim mostra pessoas sendo resgatadas por uma retroescavadeira. Essa imagem aconteceu na esquina das ruas 17 de Junho com a Getúlio Vargas - e eu também sou moradora ali da Getúlio", comenta a fotógrafa. "A outra coincidência é que a foto que mostra uma ponte improvisada pelo exército, com barcos ligando as cidades de Lajeado e Arroio do Meio, foi feita no Rio Forqueta - lugar onde eu tomava banho quando criança."

Notícias relacionadas