Morreu nesta sexta-feira (6) o pianista, compositor e arranjador Sergio Mendes, conhecido por levar a música brasileira, principalmente a Bossa Nova, para o exterior. Nascido em Niterói, no Rio de Janeiro, em 1941, Mendes começou sua carreira musical ao lado de grandes artistas como Tom Jobim, Vinicius de Moraes e Baden Powell. Em 1964, se mudou para Los Angeles, nos Estados Unidos, com a cantora e sua mulher Gracinha Leporace, fugindo da perseguição da ditadura militar. Mendes vivia há seis décadas em Los Angeles, com a mulher, a cantora Gracinha, com quem estava casado há mais de 50 anos. Ele deixa cinco filhos.
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Nos anos 1960, entre o Brasil e os Estados Unidos, Mendes viveu seu momento mais produtivo, lançando ao todo oito discos e inaugurando, em 1966, o grupo Brasil' 66, apresentado ao mundo com o disco "Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brazil 66", do mesmo ano, seu primeiro grande sucesso no exterior. Entre as músicas do álbum, estava sua versão de "Mas Que Nada, de Jorge Ben Jor", que foi sucesso nas paradas americanas.
O cantor, que realizou turnês ao lado do músico Frank Sinatra, conquistou elogios de Paul McCartney com seu "Fool on The Hill", disco de 1968 nomeado a partir da canção dos Beatles. Em 1992, ele ganhou o Grammy de música internacional com "Brasileiro", álbum com canções de Carlinhos Brown. Em 2012, compositor e cantor concorreram juntos ao Oscar pela música "Real in Rio", da animação "Rio".
A banda Brasil '66 ajudou a popularizar a bossa nova no mundo inteiro. O álbum "Herb Alpert Presents Sergio Mendes & Brasil '66" de 1966 ganhou disco de platina, e sua música "Mas Que Nada" - um de seus maiores sucessos - foi posteriormente regravada com o Black Eyed Peas, em 2006. Em 2020, o documentário "Sérgio Mendes: Na Chave da Alegria" contou a história do artista, que começou a carreira como pianista clássico antes de ingressar no jazz e no boss nova.
Folhapress