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Publicada em 07 de Junho de 2024 às 15:26

Após enchentes, governo do RS anuncia R$ 85 milhões para a cultura

Anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite na tarde desta sexta-feira (7)

Anúncio foi feito pelo governador Eduardo Leite na tarde desta sexta-feira (7)

Barbara Lima/Especial/JC
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Bárbara Lima
Bárbara Lima Repórter
O governo do Rio Grande do Sul anunciou R$ 85 milhões para reconstruir o setor cultural do Estado depois das enchentes de maio. O governador Eduardo Leite afirmou que, em parceria com o Sebrae, serão destinados R$ 59, 5 milhões a microempreendedores individuais e microempresas da cultura. O presidente do Banrisul, Fernando Lemos, disse que o banco fará uma doação de R$ 25 milhões para reconstruir os espaços físicos, como os museus, e para patrocinar eventos e trabalhadores da área. O anúncio foi feito no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs).Segundo Leite, nos próximos dias mais detalhes da parceria com o Sebrae devem ser informados. “Serão R$ 3 mil para os microempreendedores individuais e uma consultoria técnica para que possam se restabelecer. Já para as microempresas serão R$ 10 mil”, explicou o governador.
O governo do Rio Grande do Sul anunciou R$ 85 milhões para reconstruir o setor cultural do Estado depois das enchentes de maio. O governador Eduardo Leite afirmou que, em parceria com o Sebrae, serão destinados R$ 59, 5 milhões a microempreendedores individuais e microempresas da cultura. O presidente do Banrisul, Fernando Lemos, disse que o banco fará uma doação de R$ 25 milhões para reconstruir os espaços físicos, como os museus, e para patrocinar eventos e trabalhadores da área. O anúncio foi feito no Museu de Arte do Rio Grande do Sul (Margs).

Segundo Leite, nos próximos dias mais detalhes da parceria com o Sebrae devem ser informados. “Serão R$ 3 mil para os microempreendedores individuais e uma consultoria técnica para que possam se restabelecer. Já para as microempresas serão R$ 10 mil”, explicou o governador.

Instituições culturais afetadas terão verba para obras emergenciais; Margs receberá maior volume

De acordo com Lemos, dos R$ 25 milhões doados, R$ 15 milhões serão destinados para restaurar espaços culturais afetados pela invasão das águas. “Essa é uma doação histórica. Nunca houve algo desse porte feito pelo Banrisul”, celebrou o presidente do banco.
Desse montante, a instituição que mais necessitará de recursos é o próprio Margs, que receberá, imediatamente, R$ 5,68 milhões. A verba será utilizada para recuperar rede elétrica, hidrossanitária, casa de máquinas do sistema de climatização e outros reparos. O Museu Estadual do Carvão em Arroio dos Ratos receberá a fatia de R$ 3,66 milhões. A Casa de Cultura Mário Quintana terá R$ 2,6 milhões para realizar as reformas necessárias. A Casa da Ospa, que também sofreu com os estragos causados pelas cheias, receberá R$ 1,8 milhão.

A Secretária Estadual da Cultura, Beatriz Araújo, considera que os volumes anunciados são suficientes para realizar todas as obras essenciais à reestruturação das instituições culturais atingidas. Ela também se mostrou confiante na recuperação das instituições. “Estive duas vezes no Margs de barco e uma vez com água pela cintura. Foi desesperador, mas o setor não será deixado para trás”, ponderou.

Além disso, estão previstos mais R$ 5 milhões para editais emergenciais de eventos culturais em municípios gaúchos. As inscrições dos projetos de diversas áreas devem acontecer ainda em junho e os eventos devem ser executados até o final do ano. O Banrisul anunciou, ainda, o patrocínio, também no valor de R$ 5 milhões, de eventos importantes para a sociedade, como a Feira do Livro, Festival de Gramado e Bienal do Mercosul.

Margs recupera obras afetadas pelas enchentes

Após os anúncios realizados pelo governo, jornalistas puderam visitar o interior das salas expositivas do Margs, onde muitas obras estavam espalhadas pelo chão. Também no espaço foi montada uma “sala de recuperação”, em que grupos de especialistas se reuniram para fazer o trabalho de limpeza de obras afetadas pelas enchentes.
Ainda que a administração do Margs tenha conseguido evitar que boa parte do acervo fosse atingida, pois levou obras do subsolo para os andares mais altos, algumas obras foram expostas às águas do Guaíba. Apesar disso, a forma como estavam acondicionadas está facilitando o trabalho de quem está ajudando. A estudante de graduação em conservação e restauração de bens culturais móveis, Ana Beatriz, explicou que, por estarem envelopados, é possível retirar as obras de forma íntegra do papel. “Se as obras não estivessem no acervo como estavam, não estaríamos conseguindo fazer esse trabalho”.

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