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MEMÓRIA

- Publicada em 24 de Julho de 2023 às 11:29

A história da piscina em forma de cuia da casa de Teixeirinha em Porto Alegre

A ideia inicial era que a planta lembrasse um violão, mas não deu certo

A ideia inicial era que a planta lembrasse um violão, mas não deu certo


Márcia Teixeira/Arquivo Pessoal/Divulgação/JC
A nova geração que passa pelo número 5.260 da rua Oscar Pereira, no bairro Glória, em Porto Alegre, pode até não saber quem foi Teixeirinha, figura importantíssima para a cultura gaúcha que morou naquela residência. Mas se vissem o que há dentro do terreno, com certeza, se interessariam em fazer registros para compartilhar no TikTok e no Instagram. Isto porque ele mandou construir uma piscina em formato de violão. Deu errado e saiu em forma de cuia, mas isso não diminui o ineditismo da ideia para a época.
A nova geração que passa pelo número 5.260 da rua Oscar Pereira, no bairro Glória, em Porto Alegre, pode até não saber quem foi Teixeirinha, figura importantíssima para a cultura gaúcha que morou naquela residência. Mas se vissem o que há dentro do terreno, com certeza, se interessariam em fazer registros para compartilhar no TikTok e no Instagram. Isto porque ele mandou construir uma piscina em formato de violão. Deu errado e saiu em forma de cuia, mas isso não diminui o ineditismo da ideia para a época.
Teixeirinha, que morreu no dia 4 de dezembro de 1985, não era fã de clubes com tobogãs e ajuntamento de gente. Ele tinha, no entanto, quatro filhas que moravam na casa e sofriam com o calor porto-alegrense.

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“Dentro da propriedade, passa o riacho Cascatinha. Um dia, o pai chegou e estávamos todos na água. E ele disse para a mãe (Zoraida) que íamos cortar os pés”, lembra a filha Márcia. Bastou para chamar o engenheiro Renato Costa Leite para encontrar a solução.
Na piscina em formato de cuia, que faz parte da casa até hoje, Teixeirinha ensinou todos os filhos a nadar, inclusive os que não eram de Zoraida. Ele permitia até que os amigos das crianças curtissem o local.
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A planta, hoje, está depositada nos arquivos da Universidade Sorbonne, na França, como um exemplo de design arrojado, segundo Márcia.
Sobre o erro do desenho, Márcia lembra que Teixeirinha se surpreendeu por não enxergar um violão. Ao ser questionado pelo engenheiro se a obra deveria ser refeita, o cantor mandou que deixasse assim.
“A cuia também é um símbolo do gaúcho”, teria dito Teixeirinha, conformado. “Aí ficou”, lembra Márcia.


Quem foi Teixeirinha

De acordo com a Fundação Vitor Mateus Teixeira, que preserva itens ligados à memória do astro, o compacto contendo Coração de luto vendeu mais de 25 milhões de cópias; somando todos os mais de 70 LPs e compactos, teria chegado a estonteantes 130 milhões de discos vendidos. Alguns pesquisadores falam em números mais modestos, abaixo dos 20 milhões; outros, levando em conta cópias piratas, imaginam que o total seja ainda mais gigantesco. Um caminho e tanto para quem nasceu no pequeno distrito de Mascaradas, em Rolante, em 3 de março de 1927, e ficou órfão muito cedo - como conta, sem floreios, sua canção mais famosa.