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Música

- Publicada em 17 de Outubro de 2022 às 13:27

Rap in Cena atraiu 30 mil pessoas e levou cultura Hip-Hop ao centro de Porto Alegre

Cerca de 30 mil pessoas passaram pelo Parque Harmonia nos dois dias de evento

Cerca de 30 mil pessoas passaram pelo Parque Harmonia nos dois dias de evento


LUIZA PRADO/JC
Estfany Soares
Cerca de 30 mil pessoas passaram pelo Parque Harmonia, em Porto Alegre, nos dois dias de evento do Rap in Cena Festival no último fim de semana, para assistir shows de grandes artistas do rap nacional, como Racionais, Mv Bill e Kmila CDD, Matuê, Orochi e Djonga. O Rap in Cena promove eventos de rap desde 2014, no entanto, essa é a primeira edição em formato de festival. 
Cerca de 30 mil pessoas passaram pelo Parque Harmonia, em Porto Alegre, nos dois dias de evento do Rap in Cena Festival no último fim de semana, para assistir shows de grandes artistas do rap nacional, como Racionais, Mv Bill e Kmila CDD, Matuê, Orochi e Djonga. O Rap in Cena promove eventos de rap desde 2014, no entanto, essa é a primeira edição em formato de festival. 
Além de shows, aconteceram batalhas de break dance, de rima, campeonato de skate e jogo de basquete. No primeiro dia de festival, o grupo gaúcho Da Guedes, que soma quase 30 anos de carreira e foi um dos percursores do hip-hop no Estado, se apresentou para as milhares de pessoas presentes.
“A gente ser inspiração e referencia é uma grande responsabilidade, mas essa troca que estamos fazendo com as novas gerações, e o festival estar proporcionando isso, é o mais importante. A música atravessa o tempo e gerações, adoramos o show, foi incrível a troca com o pessoal”, ressaltou Nitro Di, um dos integrantes do grupo. O artista ainda destacou a importância do evento para o rap nacional e principalmente a cena local. “Ver um evento desse tamanho apenas para a cultura hip-hop é uma coisa sensacional, a gente sempre esperou que isso acontecesse em algum momento”, complementou.
MV Bill e Kmilla CDD se apresentaram juntos no domingo, segundo dia do festival. A dupla cantou hits colecionados desde a década de 1990, como “Briga de Casal”, “Soldado do Morro” e “Vida Longa”. MV Bill falou sobre a importância das novas gerações e também das que começaram o movimento há décadas. 
A Deezer, serviço de streaming de música, foi uma das patrocinadoras do evento e promoveu uma ação que levou superfãs para conhecerem seus ídolos no backstage. Caroline Britto Garafini foi selecionada como a superfã de Djonga e conheceu o artista no sábado. “Eu acompanho ele desde 2018, enquanto eu estava na faculdade. Fui num show dele e realmente mudou a minha vida, o show dele transforma as pessoas. O que eu mais gosto nele é o quanto ele é humano e traz a realidade dele, falando coisas necessárias que todo mundo precisa ouvir”, afirmou Caroline, da cidade Dois Irmãos.
Gustavo Pereira Marques, mais conhecido pelo nome artístico Djonga, é um rapper e compositor mineiro, que faz grande sucesso pelo País com suas fortes críticas sociais em suas letras. Djonga lançou seu novo álbum “O Dono do Lugar” dois dias antes do evento e cantou pela primeira vez para o público a faixa “Até sua Alma” com a dupla Tasha e Tracie durante o show. As gêmeas são uma das revelações do ano no rap nacional e também fizeram show no Rap in Cena.
LUIZA PRADO/JC
Djonga, junto com Tasha e Tracie, cantou pela primeira vez para o público a faixa “Até sua Alma” do novo álbum "O Dono do Lugar"
“Esse é um álbum que fala sobre indústria e masculinidade, principalmente sobre o povo preto. A parte do Djonga que fala nesse disco é de um lugar que pensa sobre a cultura da arte num modo geral. Hoje a arte vem se encaminhando à necessidade de fazer hit ou a coisa do momento e não mais para algo que fique. Esse disco fala sobre essa outra forma de fazer arte e de pensar a música”, afirmou Djonga. “Também sobre a masculinidade do povo preto e favelado, que é construída e pautada em cima da violência e da raiva, por causa do tanto de trauma que passamos, essa é uma oportunidade de dizer ‘tu não precisas ser assim’." O rapper também reforçou a importância de cada um fazer a sua parte no dia a dia para que o Hip-Hop nunca perca suas raízes e desvie de seus principais ideais. 
O evento contou com três palcos, World, Grill e o Bronx. O palco Bronx foi dedicado ao protagonismo de artistas negros e LGBTQI+. "O Coletivo Bronx já nasceu desta necessidade de ter um espaço de protagonismo e liberdade artística para artistas pretos e LGBTQI+ da cidade e nada mais justo do que trazer isso para esta grande parceria com o Rap In Cena”, afirmou Clara Soares, idealizadora e produtora do Coletivo Bronx. O evento disponibilizou a "lista trans free", visando a presença de pessoas trans, travestis em ambiente artísticos e culturais como o Rap in Cena. 
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