A cultura esquecida

A Feira do Livro é patrimônio histórico-cultural dos gaúchos (Lei 12.352/05). Alguém sabe? O Rio Grande do Sul foi o primeiro estado a aprovar a Lei do Livro (Lei 11.670/01), inspirando municípios, estados e até o Senado a aprovarem iniciativa semelhante. Aqui, a lei chegou a ser regulamentada (Dec. 43036/04), mas não saiu do papel. A Assembleia também aprovou o Banco do Livro (Lei 12.352/05), mas, infelizmente, o governo não aplica a norma. (Luiz Roberto Dalpiaz Rech, escritor, Porto Alegre)

A abstenção de 30 milhões de eleitores na eleição de 2014 não é sinal de que o povo quer mudanças, mas sim a confirmação da omissão de parte da sociedade. Quem quer mudanças participa do processo, mesmo quando as propostas dos candidatos não sejam as ideais. Não há como provocar mudança ficando fora do processo. Quem se abstém de participar de qualquer processo perde o direito de opinar, e um cidadão sem voz é um cidadão morto. Os omissos que fiquem na sombra da sua covardia ou da sua prepotência, pois a abstenção significa que ninguém presta e que eles se pensam a solução de todos os problemas. É cômodo viver na penumbra usufruindo das conquistas dos que lutam. E por essa razão, não acredito em reformas ou em mudanças. Getúlio Vargas, Alberto Pasqualini, Carlos Lacerda, dentre tantos, cada um no seu tempo, já pregavam a necessidade de reformas que nunca  aconteceram e não acontecerão, porque a maioria da sociedade não as quer. Ninguém quer perder seus privilégios, mas todos querem viver à custa pública. (Bereci da Rocha Macedo)

A Itália deu o troco ao Brasil, que não extraditou Cesare Battisti, condenado naquele país por assassinato. Agora, Henrique Pizzolato, ex-diretor do Banco do Brasil acusado e condenado por fraude aqui, não foi extraditado. E, na Itália, os juízes ainda lembraram as péssimas condições das cadeias do Brasil. Bem-feito, fomos humilhados. (Noemi Teofollli, Caxias do Sul/RS)

São de uma imbecilidade atroz estas propostas de separação deste ou daquele estado do resto do Brasil. Depois de o Rio Grande do Sul ser taxado de arrogante pelo mesmo motivo, há anos, por conta de alguém lançar essa ideia esdrúxula, agora vem um político de São Paulo propor, também, que São Paulo se separe do resto do Brasil por causa da eleição, legítima, da presidente Dilma Rousseff (PT). Vamos acabar com essas idiotices. O Brasil é um só, todos têm direito de votar e escolher. (Marco Aurélio Lima, Porto Alegre)