Déficit zero e Yeda Crusius 

Com relação à entrevista especial do Jornal do Comércio de 18/4/2011, “Yeda rompe o silêncio: perder o déficit zero é um retrocesso”, dos jornalistas Pedro Maciel e Guilherme Kolling, quero tecer algumas palavras com relação ao tema central da entrevista. Ela se refere ao balanço de seu governo e rebate a tese de que o déficit zero não existiu. Por questão de espaço vou me deter no segundo ponto. A ex-governadora diz que “Déficit zero não é a receita igual à despesa num determinado tempo. Déficit zero é um modo de governar, de tal maneira que se gaste só o que se arrecada”. Vou me atrever a exemplificar o que foi dito através de um ato de sua gestão. É de conhecimento de muitos que se pode permanecer no emprego mesmo estando aposentado. Essa condição também acontece na administração pública, com regime CLT. No dia 5/4/2010, através da Lei 13.437, ficou autorizado o Poder Executivo a conceder reforço de proventos aos empregados das fundações de direito privado mantidas pelo poder público estadual. Significa, na prática, que estanca o crescimento vegetativo da folha, os encargos sociais e os benefícios. Uma redução de gastos tão significativa que se pode abrir concurso público, oxigenando o Estado com pessoas novas e com gastos inferiores. Isto é déficit zero. (Hermes Luís Machado, administrador e vice-presidente da Câmara de Mediação e Arbitragem do CRA-RS, Porto Alegre/RS)