Democracia e resposta

O leitor Edgar Granata, no dia 25/8/2009, Palavra do leitor, tomou as dores do general Valmir F. A. Pereira e da democracia. Meu caro Edgar, você não sabe o que é viver em democracia, pois é aqui que, realmente, se testa o conhecimento de humanidade, de conviver com os diferentes e aprender a se tolerar. Por incrível que pareça, nós gaúchos(as) somos extremistas e gostamos disso. Faz parte da cultura. Ou somos do Inter ou do Grêmio, direita ou esquerda. Até na Bíblia, no livro do Apocalipse, está escrito que não podemos ser mornos, insanos (alienados), pois Deus disse que estaria por vomitar-nos de sua boca. Tomo posição ao defender as ideias e de morrer por elas se necessário for. Sei que é um momento difícil para a militância do MST, da família de um mártir que deixou mulher e filhos sós, mas garanto que sua luta não foi em vão, pois é melhor morrer por uma causa em que se acredita do que viver quem sabe de peão por aí (na Expointer, agora, a Delegacia do Trabalho exige dormitório para os peões) ou fazer parte dos cinturões de miséria das grandes cidades. Será que ainda temos coragem de cantar o hino rio-grandense na parte “sirvam nossas façanhas de modelo a toda terra”? Quanto aos intelectuais, Churchill, primeiro-ministro inglês e De Gaulle, general francês, foram imperialistas da década de 1950. Quanto ao Chile, sem comentários. As universidades públicas acabaram por lá. (Luci Mari Castro Leite Jorge, especialista em Direito Constitucional e Ambiental pela Ufrgs - [email protected])