No campeonato mundial de alfajores, uma marca gaúcha conseguiu rivalizar e se sair muito bem ante os consagrados doces da vizinhança argentina e uruguaia. A Odara, que sobreviveu ao trauma da enchente de 2024 - teve a fábrica inundada e conseguiu remontar a estrutura, em parte com pré-venda para fãs da bolacha -, acaba de conquistar seu lugar entre os melhores alfajores do mundo.
"Entre 120 marcas de 12 países, o alfajor Tradicional garantiu bronze e reforça a presença do Brasil no mapa do doce mais icônico da América Latina", informa, em nota, a empresa, sem esconder o orgulho pelo feito.
O campeonato é uma competição mega séria. O Odara obteve a medalha no Alfajor Triplo, que integra o Campeonato Mundial del Alfajor 2025, que foi disputado entre 15 e 17 de agosto, em Buenos Aires. Participam produtores artesanais e com perfil de grande escala. A edição reuniu 120 marcas de 12 países.
Scheid começou o negócio vendendo as bolachas recheadas na temporada de verão em praias de Santa Catarina como fonte de renda. O produto fez tanto sucesso e demanda que ele montou fábrica e escalou a produção.
Em maio deste ano, a marca chegou a 1 milhão de unidades produzidas mensalmente na unidade na Zona Norte de Porto Alegre, onde mais de 60 pessoas trabalham. Hoje a Odara está em mais de 10 mil pontos de venda pelo País. São Paulo já é o maior mercado, seguido por Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Um dos impulsos para o alfajor pós-cheia foi dado pelo acordo para fazer série de bolachas com sabores de chocolates e biscoitos da gigante suíça Nestlé. Já estão no mercado os alfajores Galak&Negresco e Prestígio. As variações, que marcaram ainda a estreia da suíça nesse tipo de produto, abriram portas em grandes redes, desde Grupo Zaffari, como catarinenses e deve abrir mais em outras regiões. Outro produto é o Doce de Leite Odara, que atende também food service.