O alfajor mais famoso do Rio Grande do Sul, que ganhou mais popularidade ainda na enchente, quando teve a fábrica arrasada pela água e criou mobilização de pré-venda que pagou salários de empregados, lançou produtos com a gigante suíça Nestlé que estão abrindo mercados apetitosos no varejo. São 5 mil pontos de vendas só na nova empreitada da Odara Alfajores.
A marca agora pode ser encontrada em redes líderes em estados e players nacionais como Angeloni, Bistek e Koch (Santa Catarina), Brasil Atacadista, Cestto (Zaffari), e Daki e Oxxo (mexicana que entrou no Brasil). A Amazon também está vendendo a marca. Com os novos pontos de venda (PDVs) contratados, o alfajor alcança 12 mil lojas.
"Rede SIM (postos) e Farmácias São João (600 lojas) serão as próximas, pois as negociações estão avançadas", diz o diretor comercial e fundador da marca, Jeison Scheid, citando que foram produzidas 360 mil unidades em abril dentro do contrato com a Nestlé, respondendo por 20% do faturamento.
A parceria que estreou em abril colocou alfajor na cesta de quitutes da gigante suíça. São dois sabores que a fabricante gaúcha desenvolveu com sabores mega icônicos do portfólio: Prestigio e Galak/Negresco.
No Rio Grande do Sul, as bolachas recheadas também entraram em redes de grande porte, como Asun, e locais como Max Center, Center Shop e Gecepel, conta Scheid. Em meio a esta novidade, a Odara também marcou presença pela primeira com estande solo na Apas, maior feira de supermercados do Brasil, que foi no começo de maio, em São Paulo.
"A collab com a Nestlé dá muita credibilidade. O comprador percebe isso e dá a oportunidade para a gente entrar. É surreal", anima-se o fundador.
O desenvolvimento dos dois novos sabores levou cerca 10 meses, com acompanhamento da Nestlé, incluindo visitas à fábrica da Odara e definição do conceito visual na unidade na Zona Norte de Porto Alegre. São mais de 60 funcionários na operação.
“A inovação está em nosso DNA, somos inquietos. Queríamos em 2025 ter um grande lançamento, totalmente novo e inédito. Em 2024, bati na porta da Nestlé, fui prontamente atendido e pude fazer essa provocação, que, quase de imediato, toparam”, destaca Scheid.
Em 2024, a marca teve alta de 19% na receita. Este ano a meta é chegar a R$ 30 milhões, com avanço de 60% puxado muito pelos novos produtos com a gigante de alimentação. Scheid diz que mais testes estão sendo feitos com outros sabores, entre eles Kit Kat. "Está indo muito bem", adianta o fundador.
Os recheios são os da fabricante. Outro detalhe: a parceria é por prazo ilimitado.