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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 19 de Agosto de 2025 às 19:01

Mercado gaúcho está 'super' aquecido com novas lojas de vizinhança e atacarejos

Mais de 140 jovens visitaram loja do Stok Center, na Capital, para conhecer o modelo dias antes da Expoagas

Mais de 140 jovens visitaram loja do Stok Center, na Capital, para conhecer o modelo dias antes da Expoagas

/FRANCISCO BRUST/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
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O mundo dos supermercados gaúchos está especialmente movimentado em 2025. São novas unidades, com construção em diversas cidades, negociações de pontos e saída de cena de um clássico das bandeiras. O grupo Carrefour implementa este ano a retirada de cena das operações do Nacional, com fechamento de lojas, transferência de pontos a outras empresas e foco nas três marcas - hipermercado Carrefour, Atacadão e Sam's Club.
O mundo dos supermercados gaúchos está especialmente movimentado em 2025. São novas unidades, com construção em diversas cidades, negociações de pontos e saída de cena de um clássico das bandeiras. O grupo Carrefour implementa este ano a retirada de cena das operações do Nacional, com fechamento de lojas, transferência de pontos a outras empresas e foco nas três marcas - hipermercado Carrefour, Atacadão e Sam's Club.
O efeito? Abre espaço para marcas nativas de bairro ou vizinhança entrarem em novas áreas. Os atacarejos ainda mantêm o aquecimento, com grupos líderes e até menos representativos ampliando no segmento. O formato ocupou espaço que, no passado, era de hipermercados, com custo mais elevado. Já os tradicionais supermercados ganham mais pontos entre consumidores, que querem a facilidade de lojas mais perto de onde moram.
A saída de cena do Nacional sem um novo player que imediatamente assuma os pontos expôs a demanda. Os moradores cobram e mostram urgência em ter o "super" pertinho de onde moram de volta. É essa dinâmica de mercado que também atrai atenção de varejistas do setor, o que foi  comprovado pela terceira edição do giro que o Agas Jovem promove, dias antes da Expoagas, para que supermercadistas sucessores de empresas em diversas regiões conheçam marcas gaúchas.
Este ano a visita foi à filial do Stok Center, da Comercial Zaffari, na Zona Norte de Porto Alegre. Mais de 140 jovens de 11 estados tiveram contato com o modelo, além de interações e palestras sobre gestão, desenvolvimento e operação de lojas em atividade no Vila Ventura. 

Na gôndola: entenda o que está acontecendo no cenário gaúcho

Fim da bandeira Nacional, que teve muitos donos, é o fato do ano do setor no Rio Grande do Sul

Fim da bandeira Nacional, que teve muitos donos, é o fato do ano do setor no Rio Grande do Sul

/BRENO BAUER/JC
O mercado gaúcho está aquecido, tanto por decisões de redes que estão enxugando e mudando estratégias — Grupo Carrefour, com bandeira Nacional —, como por expansão com um mix entre atacarejos (segmento de volume e preço) e vizinhança — diversas grifes do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. A seguir, os principais destaques para situar leitores sobre o cenário supermercadista:
Nacional sai de cena e abre portas para outros: o fim da bandeira que já passou por muitos donos é o fato do ano do setor. As 39 lojas que estavam sob comando do Carrefour foram paulatinamente fechadas, entre Porto Alegre e Interior. O grupo Nicolini, de Bagé, arrematou 11 filiais e começou a migrar para seu modelo. Também ficaram com pontos o Viezzer, em São Leopoldo, Supermercados Kern, em Novo Hamburgo, Curitibanos, em Cachoeirinha, e Madi, em Gravataí. Na Capital, o Gauchão Supermercados assumiu o ponto no bairro Santana e fechará outra unidade próxima para concentrar na operação. A maioria das filiais, entre grandes da Capital, ainda está indefinida.
Atacarejos em alta, ainda: a multiplicação de lojas do formato mantém a aceleração dos anos recentes. O Rio Grande do Sul protagoniza a última fronteira de expansão do modelo, que já se consolidou em outros estados e regiões. Por isso, vê-se grupos gaúchos e também de vizinhos catarinenses abrindo lojas e projetando novas no futuro. As implantações seguem com números que chamam a atenção, tanto puxados por grandões do setor como médios e até pequenos. Por que chamam a atenção? O custo do investimento é o maior desafio. Os juros de mercado seguem em alta (precificados por uma Selic que voltou a patamares recordes, com recuo só em 2026, o que torna a alocação de capital, mesmo próprio, com custo maior — o próprio pode render mais ficando em aplicação financeira do que imobilizado em prédio). Mas as redes veem mercado e espaço para abrir unidades. O Comercial Zaffari, segundo do setor, deve fechar o ano com oito novas lojas do Stok Center. A meta do grupo é chegar a 60 lojas (entre 51 atacarejos e nove supermercados) até 2027. O Grupo Zaffari, primeiro do setor, também tem mais Cestto, seu atacarejo, vindo: Viamão, Canoas, Novo Hamburgo e São Paulo. De fora, grupos Pereira e Passarela têm lojas em plano. Passarela abriu em Canoas este ano. Pereira deve ter em Novo Hamburgo. O Unidasul terá mais cinco lojas do Macromix até 2027 — Cachoeirinha, Santo Antônio da Patrulha, Dois Irmãos, Porto Alegre e Gramado. O Imec, da bandeira Desco, também amplia. Vai ter a terceira unidade em Porto Alegre. Nome regional, o Max Center terá mais dois Jumbo, ambos em Porto Alegre. No Interior, a rede rio-grandina Guanabara aumentou a família de GBmix e projeta mais uma unidade. O Unisuper criou bandeira do formato e migrou supermercado para o tipo de loja, no pós-enchente.  
Supermercados de vizinhança de volta: conveniência e experiência são duas palavrinhas que andam juntas no varejo e explicam por que lojas de autosserviço de porte menor e dentro do conceito de vizinhança ganham mais e mais espaço e estão na lista de roteiro de compras de consumidores. A abertura de unidades abrange diferentes redes. O Zaffari vem com novas unidades por meio de seus empreendimentos — Bourbon Carlos Gomes e Cidade Nilo (onde foi Nacional, no bairro Bela Vista). Unidasul terá novos Rissul em Canoas, Parobé, Esteio e Porto Alegre (duas). Bandeiras com raiz de bairro expandem, como o Keppler, da Capital, que ganhou o Prix, na Zona Norte. De Santa Catarina, o Bistek projeta mais lojas, duas delas em terrenos na Capital (ex-Nacional da Protásio Alves) e em Novo Hamburgo. O Passarela também abre supermercados, como em Santa Cruz do Sul.

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