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Patrícia Comunello

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Publicada em 13 de Julho de 2025 às 14:24

Inadimplência dos gaúchos cai após 11 meses, mas tem leve alta em Porto Alegre

CDL-POA estima quase 3 milhões de gaúchos e 380 mil residentes na Capital com atrasos

CDL-POA estima quase 3 milhões de gaúchos e 380 mil residentes na Capital com atrasos

PATRÍCIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
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Com mais de metade de 2025 para trás, o comércio gaúcho está de olho no comportamento de uma variável que interfere diretamente na ponta de novas vendas: pagamento em dia ou não de contas ligadas a compras já efetivadas. A CDL Porto Alegre registra primeira queda no indicador entre gaúchos em 11 meses. 
Com mais de metade de 2025 para trás, o comércio gaúcho está de olho no comportamento de uma variável que interfere diretamente na ponta de novas vendas: pagamento em dia ou não de contas ligadas a compras já efetivadas. A CDL Porto Alegre registra primeira queda no indicador entre gaúchos em 11 meses
Indicador de Inadimplência de junho, divulgado nesta sexta-feira (11) pela CDL-POA, traz alguns alentos. A ascendência dos atrasos deu uma "acalmada" no ritmo entre pessoas físicas acima de 18 anos.
No Estado, os atrasos atingiram 34,58%, de 0,2 ponto menos que maio, primeiro recuo em 11 meses consecutivos de alta. Em Porto Alegre, a taxa ficou em 35,36%, 0,15 ponto mais que o mês anterior. Com base no Censo 2022, são estimados 2,965 milhões de CPFs negativados no Rio Grande do Sul e 380 mil na Capital.
Para o economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank, a leve redução não ameniza o cenário de inadimplência que "segue elevado quando comparado aos anos anteriores". "Isso reflete o impacto da alta dos juros e da perda do poder de compra das famílias, sobretudo das camadas mais vulneráveis”, comenta Frank, em nota.
Entre as empresas, o percentual de pessoas jurídicas negativadas caiu de 14,94% para 14,92% no Rio Grande do Sul e de 15,51% para 15,47% em Porto Alegre. O recuo interrompe uma sequência de cinco crescimentos mensais consecutivos na Capital. São 226,6 mil CNPJs no Estado e 37,8 mil na Capital com atrasos.
Frank aponta que custo do crédito elevado e incertezas fiscais e externas afetam principalmente para os pequenos negócios. Além disso, a ameaça de elevação de 50% nas tarifas nos Estados Unidos para produtos do Brasil e possíveis retaliações do governo brasileiro "devem impactar a competitividade e os custos de produção de diversos setores". 

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