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A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Publicada em 07 de Maio de 2025 às 00:25
Grupo dono da rede SIM expande com Petronas e foca conveniência em lojas no Sul
Confiança e banheiro limpo são valores para os clientes, diz Argenta
TÂNIA MEINERZ/JC
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Patrícia Comunello
O que fez o Grupo Argenta, dono da rede gaúcha SIM, de Flores da Cunha, na Serra, maior bandeira independente de postos do Brasil com quase 200 unidades e foco no Sul do Brasil, firmar um acordo com uma das grifes globais de combustíveis, a Petronas, a mesma da Fórmula 1?
O que fez o Grupo Argenta, dono da rede gaúcha SIM, de Flores da Cunha, na Serra, maior bandeira independente de postos do Brasil com quase 200 unidades e foco no Sul do Brasil, firmar um acordo com uma das grifes globais de combustíveis, a Petronas, a mesma da Fórmula 1?
"Confiança e proximidade de cultura", pontuou o superintendente da rede SIM, Diego Argenta, durante o videocast da coluna, que pode ser conferido na íntegra no canal do Jornal do Comércio no YouTube e Spotify.
VIDEOCAST: Assista à íntegra do programa com Diego Argenta, da rede SIM
A parceria, oficializada em 2023, atinge a maior economia do Brasil, São Paulo, e demais estados do Sudeste e Centro-Oeste. A entrada da SIM ocorre por meio da distribuidora Nexta, que é hoje do grupo gaúcho e ex-TotalEnergies, da bandeira Total, que vira Petronas.
Além do negócio com a gigante malasiana, o grupo é dono da rede Charrua. São 10 operações, da indústria do setor ao varejo. Na atuação com postos, Argenta falou sobre o desafio de resolver a vida dos clientes, além do abastecimento, e de um curioso desafio que colocou para os times das lojas de conveniência: "Nosso sonho é vender o mesmo número em pães de queijo em segundos (risos) que o de combustível".
Minuto Varejo - Como é a disputa no setor de combustíveis?
Diego Argenta - O varejo de combustíveis se concentra principalmente no poder na distribuição e não na revenda, no varejo em si. Ostentamos a marca SIM e Charrua, que é do grupo. Somos a maior rede de postos e lojas de conveniência de operação própria no País. São quase 200 unidades concentradas no Rio Grande do Sul, em Santa Catarina e no Paraná. Trabalho sempre focado no consumidor, que coloca a marca como a mais lembrada e preferida, como no Marcas de Quem Decide. Vendemos aproximadamente 1 bilhão de litros de combustível ao ano, são 32 litros por segundo. Nosso sonho é vender o mesmo número de pães de queijo em segundos (risos). Hoje são 11 a 12 pães por minuto.
MV - O que representa o braço de conveniência?
Argenta - A gente sempre cresce o dobro de participação de não combustíveis do que a gente cresce de combustível. Um dado simples: se não tivéssemos loja de conveniência nas nossas operações, seríamos deficitários. Como já dizia Abilio Diniz (empresário, ex-Pão de Açúcar, que faleceu em 2024), as quatro coisas mais importantes do varejo são: a primeira é ponto, a segunda é ponto, a terceira é ponto e a quarta é o resto. O grande desafio das nossas lojas é encontrar o papel junto aos consumidores. O varejo de conveniência, a exemplo do de combustível, desenvolveu-se pelo modelo de franquia, com operadores de postos colocados para operar lojas. Então, ele foi um modelo que chegou com um modelo de precificação mais alto, com uma estrutura que não tinha muito uma identidade de canal. Já conseguimos trazer para o mercado gaúcho uma identidade de conveniência e um propósito desse varejo na vida do consumidor para vários momentos.
MV - Como se diferenciar em um mercado em que os preços dos combustíveis são muito parecidos?
Argenta - Se a gente se olhar como revendedor de combustível, que é o nosso core, estamos errados. Somos prestadores de serviço para o cliente. Quanto mais participar da jornada dele melhor. Ele vai, em média, duas vezes por mês ao posto. Mas a necessidade de comer, fazer um lanche, uma reunião de negócio ou outra atividade de rotina é muito maiores. O nosso propósito é facilitar a vida das pessoas em movimento todo dia. Como faço isso? Começa com um banheiro limpo. Somos obcecados por banheiro limpo. Isso garante confiança, que é um dos nossos valores. Quanto mais a gente participar da jornada dos clientes, com mais soluções de conveniência, inclusive o combustível, mais estaremos acertando na nossa proposta de valor.
MV - Como o SIM conquistou a Petronas?
Argenta - A Petronas, que éda Malásia, tem projeto de expansão da marca para cinco países. O Brasil foi um dos escolhidos. Temos uma parceria já em revenda e distribuição de lubrificantes no Rio Grande do Sul e São Paulo, e o grupo gostou do nosso trabalho. Nosso presidente, o Neco Argenta, sempre fala: "O caminho se faz caminhando". Fomos mostrando o nosso modelo. A Petronas é uma das marcas com maior retorno por dólar investido. O grupo visitou nosso varejo e gostou do modelo de operação. Temos alinhamento de valores. Além disso, os orientais buscam relações de longo prazo e têm um cuidado absurdo com relação a marca, com a proposta de valor com o cliente. Olharam o jeito que a gente faz as coisas por aqui, que é a nossa cultura.
MV - Como vai ser a parceria na prática?
Argenta - O projeto da Total (agora Nexta) em distribuição é mais voltado ao Centro Oeste e Sudeste e farão parte do ecossistema Petronas. Os postos da Total gradualmente passam a ser Petronas. Já temos dois próprios em São Paulo. No Sul, continuaremos como rede SIM e Charrua, o que faz muito sentido. O projeto do grupo da Malásia é Brasil, inclusive vindo para o Sul, mas com unidades de terceiros. Vamos usar com mais força a Petronas acima do Paraná, e o plano é avançar no Brasil. O desafio é estar em mil postos Petronas nos próximos cinco anos.