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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 20 de Fevereiro de 2025 às 15:06

Liquida Porto Alegre começa com projeção de mais vendas

Lojas já exibiam material promocional do Liquida Porto na véspera da estreia oficial da ação

Lojas já exibiam material promocional do Liquida Porto na véspera da estreia oficial da ação

NATHAN LEMOS/JC
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Patrícia Comunello
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A campanha de liquidação mais longeva do Brasil, com quase 30 anos, já está na rua. Apesar de oficialmente começar nesta sexta-feira (21), o Liquida Porto Alegre já estava vestindo lojas no Centro Histórico da Capital nesta quinta-feira (20). E uma curiosidade: de dirigentes da CDL Porto Alegre, capitã da campanha, vendedores de pontos na rua e consumidores, a empolgação com a nova edição domina.
A campanha de liquidação mais longeva do Brasil, com quase 30 anos, já está na rua. Apesar de oficialmente começar nesta sexta-feira (21), o Liquida Porto Alegre já estava vestindo lojas no Centro Histórico da Capital nesta quinta-feira (20). E uma curiosidade: de dirigentes da CDL Porto Alegre, capitã da campanha, vendedores de pontos na rua e consumidores, a empolgação com a nova edição domina.
"A gente espera mais vendas este ano do que em 2024. O Liquida é vantagem real para o consumidor, que vai ter condições diferentes do que ao longo ano", garante o presidente da CDL-POA, Irio Piva, que indica uma razão que pode alavancar a campanha. Para Piva, há uma arrancada nas vendas no setor, que segue o pós-cheias, mesmo que hajam condições macroeconômicas mais adversas na largada de 2025, como juros e inadimplência em alta.
"A cheia criou uma resiliência, uma casca nos empreendedores. Para sobreviver, o lojista precisa melhorar várias coisas, do atendimento a parcerias com fornecedores. Há um ganho de qualidade no setor, de quem resistiu, e isso vai estar no Liquida", aposta Piva.
CDL-POA aposta nas condições de pagamento que o parceiro Banrisul vai oferecer a lojistas | NATHAN LEMOS/JC
CDL-POA aposta nas condições de pagamento que o parceiro Banrisul vai oferecer a lojistas NATHAN LEMOS/JC
A campanha vai até dia 1 de março, na janela do Carnaval. Aliás, entre os 4,5 mil estabelecimentos que se registraram, vestuário lidera, seguido de farmácias e joalherias e óticas. Em 2024, o número ficou próximo de 5 mil. A edição deste ano definitivamente não olha volume de pontos, mas qualidade de engajamento e do que levar aos consumidores.
Itens para a folia são considerados potenciais puxadores de vendas. Mas os descontos e promoções vão estar em uma diversidade grande de negócios.
Além disso, alimentação e hotelaria entram com força na Capital e oito cidades vizinhas, diz o presidente do Sindicato de Hospedagem e Alimentação de Porto Alegre e Região (Sindha), Paulo Geremia, dono da rede Di Paolo. "É uma grande oportunidade, pois muitas operações sentem ainda as férias, e a ocupação cai em hotéis. O Liquida vai atrair clientes que vêm do interior", aposta Geremia.  
Pesquisa aponta que quase 80% dos consumidores está propenso a comprar, desde que tenha promoção atrativa (52,6% dos ouvidos). Já 26,3% afirmaram que vão adquirir produtos. Outra informação que animou: 50% das pessoas projetam gastar R$ 1 mil de tíquete. E um ponto de atenção: preço não liderou as razões para aproveitar o Liquida. Quase 40% dos entrevistados indicou flexibilidade para o pagamento.  
A resposta para essa expectativa pode vir de um parceiro que voltou à cena da campanha. O Banrisul é o único apoiador que investe na ação. O banco fez isso na primeira edição, em 1997. O presidente da instituição gaúcha, Fernando Lemos, disse, na largada da ação, que "os consumidores terão vantagens, seja no parcelado sem juros (Bannricompras) e nas condições para lojistas".
A coluna Minuto Varejo provocou Lemos se teria "liquidação de juros", já que as taxas sobem e vão seguir nessa pegada. O Crédito Direto do Consumidor (CDC), muito usado para financiar as compras, está 2,5% ao mês.    
"O banco fez condições diferenciadas para venda, com prazo sem juros, e o comerciante recebendo a venda à vista", destacou o dirigente lojista. "O consumidor, que á a grande estrela, será beneficiado", projeta Piva. "Preparem-se para comprar."  
Pesquisa mostrou que 100% dos consumidores conhecem a campanha, mais que Black Friday  | NATHAN LEMOS/JC
Pesquisa mostrou que 100% dos consumidores conhecem a campanha, mais que Black Friday NATHAN LEMOS/JC
Na largada, na sede da CDL-POA, o tom das entidades foi de valorizar o protagonismo da campanha, chamada de liquidação das liquidações, porque fecha o calendário promocional desde o fim do ano. Um razão torna quase obrigatório colocar o nome (pela popularidade) e estratégias para atrair clientes. Fevereiro é o patinho feito das vendas do ano.
O economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank, mostrou que o faturamento cai 16% frente aos demais meses. Férias e Carnaval mais cedo explicam a lanterna, além de menos dias.
"É um período crítico para o setor. Os serviços também passam por isso", adiciona Frank. O momento econômico sinaliza para uma desaceleração mais forte, diz o economista, mas o Estado tem uma atividade com mais robustez e resiliência, opina Frank. A conjuntura é validada por mercado de trabalho mais ativo e ganho em renda. "A inflação está aumentando, mas a Região Metropolitana gaúcha tem a menor taxa média no País", avisa ele.
O economista alerta que os lojistas precisarão identificar quais são as reais demandas dos consumidores. "Se é parcelamentos ou descontos", exemplifica o especialista.
"O empreendedor precisa se mobilizar. Quando o estabelecimento movimenta o negócio, o consumidor é o grande vendedor. E quando o cliente não está tão disposto a comprar, receber vantagem real é fundamental", dá o tom Piva.

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