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A coluna foca novidades sobre operações, tendência e desempenho do consumo e traz olhar de quem empreende no varejo do Rio Grande do Sul, com conteúdo multimídia.
Publicada em 12 de Fevereiro de 2025 às 21:02
Conselho da Agas vai se reunir para decidir eleição empatada
Peruzzo (esq.) e Longo tiveram 61 votos cada um na disputa mais acirrada da entidade
AGAS/DIVULGAÇÃO/JC
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Patrícia Comunello
O futuro da eleição que terminou empatada para comandar a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a mais disputada da história da entidade, deve ser definido até o fim de fevereiro. O Conselho Superior da entidade, com sede em Porto Alegre, foi convocado nesta quarta-feira (12) para reunião no dia 27. São 10 integrantes no órgão.
O futuro da eleição que terminou empatada para comandar a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a mais disputada da história da entidade, deve ser definido até o fim de fevereiro. O Conselho Superior da entidade, com sede em Porto Alegre, foi convocado nesta quarta-feira (12) para reunião no dia 27. São 10 integrantes no órgão.
Segundo apurou a coluna Minuto Varejo, não há um encaminhamento de como decidir. O conselho terá autonomia para avaliar e encaminhar a resolução do impasse. Não há regra no estatuto da entidade sobre o que deve ser feito em caso de empate.
Os candidatos à presidência Antônio Cesa Longo (rede Apolo), atual presidente, e Lindonor Peruzzo Júnior (rede Peruzzo), que também faz parte do comando da entidade, tiveram 61 votos cada um na votação em 4 de fevereiro. Cerca de 190 associados estavam aptos a participar. A regra é estar em dia com a Agas há três anos.
VÍDEO: Colunista do Minuto Varejo analisa eleição na Agas
Integram o conselho o atual presidente da associação, Ademar Pedro Cappellari, Cláudio Ernani Neves, José Luiz Righi, Lindonor Peruzzo (pai de Peruzzo Junior), Luiz Carlos Carvalho, Paulo Fernando Pfitscher, Olirio Bortolon, Santo Assis Beltrame e Ugo Dalpiaz.
Peruzzo Junior defendeu segundo turno. Longo opinou que era preciso esperar avaliação da área jurídica da entidade.
Longo está à frente da associação desde 2002. O mandato é de dois anos. É a segunda vez que o atual grupo da Agas tem adversário. Em 2006, Otávio Weiland se candidatou. Mas desta vez é diferente. Peruzzo Junior está na atual diretoria e decidiu liderar o grupo que formou a oposição.
O Minuto Varejo ouviu de fontes que as divergências entre os dois grupos estão muito ligadas ao perfil de atuação. Longo é mais conciliador, e Peruzzo deve vir, caso eleito, com linha mais combativa em negociações com o governo estadual. O tema de regras do ICMS é o mais relevante. O vice-presidente da rede de Bagé se licenciou da vice-presidência da Federasul para concorrer na Agas.
A coluna apurou que os dois candidatos dividem apoios entre pequenos e jovens supermercadistas. A Agas Jovem foi criada pelo grupo que dirige a entidade e com foco em formar novas lideranças em redes familiares, marca registrada das empresas gaúchas.
Longo está há mais de 20 anos no comando. Ele tem apoio de grandes redes, como Companhia Zaffari, Comercial Zaffari, Unidasul, Imec e Asun, que são os maiores do setor no Estado, sem contar o braço do Carrefour. Peruzzo tem aliados como Andreazza, de Caxias do Sul, Tischler, de Cachoeira do Sul, e Supermago, da Capital.
Recentemente, também foi reeleito como vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras). Ele ocupa o posto já mais de 10 anos. Longo é cotado para disputar no futuro a presidência da Abras. O último gaúcho a presidir a Abras foi João Carlos de Oliveira, de 2003 a 2006. Antes Paulo Afonso Feijó, que chegou a ser vice-governador no governo de Yeda Crusius (2007-2010), tinha ocupado o cargo, de 1995-1998.
A entidade supermercadista não é a única que vem protagonizando disputas mais acirradas, sem nomes de consenso. Na Federação das Indústrias do RS (Fiergs), o vencedor e já presidente da entidade foi Cláudio Bier, que vem do ramo de equipamentos para agronegócio, não era apoiado pela situação, que tinha à frente o ex-presidente Gilberto Petry.
O setor supermercadista gaúcho faturou mais de R$ 60 bilhões em 2023 (dados de 2024 ainda não foram fechados), tem quase 7 mil lojas e 152 mil empregados. Também vem surfando uma onda de crescimento acima da inflação desde da pandemia de Covid-19.
Grupos maiores mantêm expansão com foco em atacarejos, mas também têm surgido novas lojas de bairro, os dois modelos que se firmam na preferência de consumidores.