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Patrícia Comunello

Patrícia Comunello

Publicada em 16 de Agosto de 2024 às 13:51

Líderes do mercado pet brasileiro, Cobasi e Petz confirmam fusão

Cobasi e Petz juntas somam quase R$ 7 bilhões em receita e mais de 20 marcas em diversos segmentos

Cobasi e Petz juntas somam quase R$ 7 bilhões em receita e mais de 20 marcas em diversos segmentos

Montagem de Edmar Souza com fotos de Luiza Prado (arquivo) e Divulgação Cobasi
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Mais um movimento de união de gigantes é confirmado no varejo brasileiro. Desta vez, o mercado de pets é o palco da união das duas líderes Cobasi e Petz. As negociações já haviam sido divulgadas no começo do ano e dependiam da auditoria de números e informações (due diligence) das estruturas de lado a lado e definição da fatia de cada uma.
Mais um movimento de união de gigantes é confirmado no varejo brasileiro. Desta vez, o mercado de pets é o palco da união das duas líderes Cobasi e Petz. As negociações já haviam sido divulgadas no começo do ano e dependiam da auditoria de números e informações (due diligence) das estruturas de lado a lado e definição da fatia de cada uma.
Fato relevante divulgado nesta sexta-feira (16) pela Petz, que é uma companhia de capital aberto, sacramentou o negócio. As duas juntas detêm 12% do mercado, segundo um dos sócios-diretores da Cobasi, Ricardo Nassar, que participou esta semana do JCast, podcast do Jornal do Comércio, que ainda vai ao ar.
"É um divisor de águas. Um novo patamar de companhia, em tamanho, em tudo, outro degrau. É como sair da agropecuária para uma rede de petshops", definiu Nassar, sobre a associação com a concorrente, lembrando da origem da Cobasi, que nasceu de um negócio mais geral de varejo de agro da famíllia Nassar há quase 40 anos.      
O sócio-diretor disse que as duas varejistas vão continuar separadas no mercado, descartando a criação de uma nova e única marca. "Não, não", descartou ele sobre eventual fim das marcas. "São 'bichos' diferentes. A Cobasi é pet, casa e jardim, e a Petz exclusivamente pet", arrematou o gestor. 
A Cobasi enfrenta no mercado gaúcho a repercussão negativa da morte de animais (peixes e pássaros) que ficaram na área da loja que ficou submersa no Praia de Belas Shopping, em Porto Alegre. A filial ainda está fechada e não foi definido se a unidade será reaberta. A marca tem 13 lojas no Estado. A mais recente abriu em Novo Hamburgo.      
Apesar da força das duas marcas - exposição e porte de lojas que dão a ideia de que as duas varejistas teriam maior fatia de mercado -, o mundo de varejo pet é bastante pulverizado e com muitas empresas de pequeno porte espalhadas pelo país, o que explica percentual de mercado, comentou Nassar.
O acordo vai ser, mesmo assim, submetido ao exame do Conselho Administrativo de Direito Econômico (Cade), que tem prazo de um ano para julgar a associação e definir eventuais medidas para ser efetivada.
Uma nova empresa será criada, com divisão de capital entre acionistas das duas marcas, a ser comandada pela Cobasi, diz o comunicado.
A nova companhia terá receita líquida combinada de R$ 6,9 bilhões e um Ebitda de R$ 464 milhões. Mais de 20 marcas próprias em diversas categorias, de higiene, alimentação à lifestyle animal estão no guarda-chuva da fusão. Na divisão de capital, está previsto que os acionistas da Petz terão 52,6% das ações da nova companhia, e os da Cobasi, 47,4% do capital social. No conselho de administração da nova companhia, Cobasi terá cinco vagas e a Petz quatro.
O maior peso na participação de um dos novos sócios foi definido após a due diligence, que indicou maior valor de negócios da Cobasi. As duas combinam segmentos não necessariamente iguais: Petz é focada em mix para bichos, e Cobasi tem pet e casa e jardim
Segundo o comunicado, foi celebrado um "Acordo de Associação", que define os termos e as condições para a implementação da combinação das operações. "O acordo estabelece regras para a integração das atividades, que prevê incorporação de ações da Petz por uma subsidiária detida integralmente pela Cobasi, resultando na criação do maior e mais integrado ecossistema pet do Brasil", diz a nota.
A nova empresa é avaliada em R$ 400 milhões, com R$ 130 milhões em dividendos a serem distribuídos pela Petz antes do fechamento da operação. O comunicado apresenta as regras de como será a distribuição acionária.
A fusão busca "resultará em uma melhora substancial da experiência de nossos clientes", apontam as duas ex-concorrentes. Com a operação, as duas marcas esperam ainda "maior assertividade", que se baseia no uso de inteligência de dados, maior oferta de produtos e serviços de qualidade e potencialização de serviço nas lojas.
Mas o grande foco é fortalecer todas as frentes de venda, seguindo o conceito da ominicalidade, por unir todas as vertentes - do canal físico ao digital. A união quer fazer frente ao avanço de gigantes de marketplace nesse mercado no Brasil, destacou Nassar, no JCast. 
"A companhia combinada terá uma equipe de gestão experiente e complementar, escolhida com o apoio de consultorias especializadas e comitês para garantir a construção das melhores práticas", assegura a Petz, em seu fato relevante.

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