A novela teve um fim. A filial da Americanas, que completou em janeiro um ano de ingresso na recuperação judicial (RJ) que abalou e acendeu sinal amarelo no varejo brasileiro em 2023, não vai mais reabrir em dos shopping centers do Grupo Zaffari em Porto Alegre. O ingresso oficial do pedido de RJ completará um ano nesta sexta-feira (19).
A varejista informou, em nota, que "encerrou definitivamente as atividades da loja localizada no Moinhos Shopping". Segundo a marca, a medida foi adotada em acordo com o empreendimento. O ponto foi fechado em 28 de fevereiro do ano passado. Na época, shopping e rede informaram que o espaço seria menor, a metade do que a operação ocupava.
Sobre a desistência definitiva do ponto no Moinhos Shopping, a Americanas diz ainda que a decisão "faz parte do plano de transformação da companhia, que prevê ajustes com foco na rentabilidade e otimização do negócio".
O grupo Zaffari confirmou a rescisão do contrato coma rede nacional. "Com a mudança de planos, o shopping está revendo o planejamento de mix e execução de projetos para a área", informa o grupo, em nota.
Fim do Delivery e entregas de terceiros pelo Americanas Mercado
Outra frente que a companhia também colocou ponto final foi no canal de e-commerce e delivery que atendia, por exemplo, redes de supermercados. O Americanas Mercado usava a plataforma do Americanas Delivery, que foi descontinuado no fim de 2023.
O canal era usado por redes gaúchas como frente de solução para o fluxo digital de pedidos de clientes, mas que já vinha perdendo força desde a emergência das dificuldades financeiras, segundo apurou a coluna Minuto Varejo com marcas que utilizam o serviço.
A varejista diz que as marcas podem usar o marketplace da Americanas, onde estão sellers. O Delivery atendia operações de pequeno e médio porte em localidades menores, mas a frente não estava no foco da operação. Itens comprados pelo site podem ser retirados hoje em lojas próprias. O link Americanas Mercado continua, mas apenas para produtos do portfólio da rede.
A RJ veio na esteira de rombo de mais de R$ 20 bilhões, associado a atos de integrantes da diretoria do comando da varejista no fluxo de recebimentos e pagamentos da Americanas.