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Minuto Varejo

- Publicada em 06 de Março de 2023 às 19:44

Rede gaúcha de eletrodomésticos entra em recuperação judicial

Bandeira focada em eletrodomésticos alegou impactos da pandemia e perda de mercado

Bandeira focada em eletrodomésticos alegou impactos da pandemia e perda de mercado


CR Diementz/Divulgação/JC
Patrícia Comunello
Mais uma varejista entrou em recuperação judicial (RJ), mas desta vez é uma bandeira nativa do Rio Grande do Sul. A rede CR Diementz, que nasceu em Portão, no Vale do Sinos, em 2000, teve deferido o pedido de processamento de RJ em fevereiro pela Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, após admitir dívida de R$ 35,5 milhões com credores, entre trabalhistas, fornecedores - parte importante com aluguéis -, e bancos, classes passíveis de entrar em um processo de recuperação.
Mais uma varejista entrou em recuperação judicial (RJ), mas desta vez é uma bandeira nativa do Rio Grande do Sul. A rede CR Diementz, que nasceu em Portão, no Vale do Sinos, em 2000, teve deferido o pedido de processamento de RJ em fevereiro pela Vara Regional Empresarial de Novo Hamburgo, após admitir dívida de R$ 35,5 milhões com credores, entre trabalhistas, fornecedores - parte importante com aluguéis -, e bancos, classes passíveis de entrar em um processo de recuperação.
A maior fatia é da classe III, chamada de quirografária, com débitos de R$ 33,2 milhões. Na cena nacional, a Americanas é o caso mais recente de RJ. No mercado gaúcho, a Americanas reduz tamanho de operações de logística e de lojas, como no shopping do Zaffari.
No Estado ainda, a varejista de moda Rabusch está em recuperação judicial desde o primeiro semestre de 2022.
Além disso, a CR Diementz soma cerca de R$ 64 milhões em passivo tributário, sendo R$ 60 milhões com o fisco estadual e R$ 4 milhões com a União.
A rede informou, em 1º de fevereiro quando ingressou com o pedido na Justiça, que tinha 42 filiais e 305 empregados. O tamanho da bandeira foi reduzido a menos da metade, com fechamento nos anos recentes de unidades deficitárias, segundo dados que a empresa elencou na petição da RJ na Justiça.
A varejista citou que chegou a ter mais de 800 funcionários e 85 lojas situadas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Hoje as unidades estão apenas em localidades gaúchas. Seguindo rito da RJ, a rede tem até fim de abril para apresentar à Justiça plano de recuperação, deixando claro como pretende saldar o passivo. Esta etapa, caso tenha depois aval de credores, define os passos seguintes para execução dos compromissos.
A rede alegou dificuldades que se intensificaram na pandemia, quando houve fechamento de pontos físicos e também mais restrições. Além disso, o canal digital ganhou mais importância na briga por mercado. O administrador judicial nomeado pela Vara Empresarial e sócio do escritório Becker & Santos, Davi Válter dos Santos, cita que a falta de canal de e-commerce limitou a operação da rede.
Além disso, a varejista alegou razões como redução do tamanho da operação, compra de produtos de distribuidores com valor maior que o praticado por fabricantes - que hoje vendem diretamente apenas para grandes bandeiras -, baixos estoques e inadimplência de clientes, listou Santos.
Em um relatório de perícia que subsidiou a instauração da RJ, o advogado relata que os donos disseram ter contratado "uma consultoria para auxiliar na gestão financeira, marketing e reposicionamento de mercado". Outra medida que a rede projetou foi a intenção de "alterar o endereço de quatro lojas para uma localização melhor e que terão um aumento no aluguel.  
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