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Patricia Knebel

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Publicada em 07 de Novembro de 2025 às 13:22

Saltos no desenvolvimento do RS passam por inovação e pessoas

Andréia Dullius, Robinson Klein, Marcelo Klarmann e Claudio Gastal prestigiaram última edição de 2025 do Mapa Econômico do RS

Andréia Dullius, Robinson Klein, Marcelo Klarmann e Claudio Gastal prestigiaram última edição de 2025 do Mapa Econômico do RS

Fotos de Evandro Oliveira, Tânia Meinerz e Lars Erick
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O desenvolvimento econômico passa, necessariamente, por um olhar de longo prazo. E isso significa desenvolvermos a capacidade de focar não apenas os modelos de negócios, tecnologias e mentalidade que nos trouxeram até aqui, mas vislumbrar os próximos passos que precisam ser dados na direção dessa construção de futuro. 
O desenvolvimento econômico passa, necessariamente, por um olhar de longo prazo. E isso significa desenvolvermos a capacidade de focar não apenas os modelos de negócios, tecnologias e mentalidade que nos trouxeram até aqui, mas vislumbrar os próximos passos que precisam ser dados na direção dessa construção de futuro. 
Mais de 300 lideranças empresariais e políticas participaram na semana passada do encerramento da terceira temporada do Mapa Econômico do RS, projeto liderado pelo Jornal do Comércio. O encontro aconteceu na Federação das Indústrias do Rio Grande do Sul (Fiergs), e a necessidade de o Rio Grande do Sul avançar a sua competitividade a partir da inovação e das novas tecnologias esteve na pauta.
A diretora de Ambientes de Inovação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul, Andréia Dullius, destaca que, para isso acontecer, é fundamental mobilizar não apenas os atores econômicos, mas também a sociedade civil, o próprio governo e todas as estruturas da sociedade.
Precisamos pensar juntos nas soluções que existem e ainda não existem para, justamente, atender essas demandas. O desenvolvimento econômico passa por inovação tecnológica, para que a gente consiga dar os saltos necessários, mas também por um olhar humano, de forma que tudo esteja conectado”, analisa.
O desafio, comenta Andréia, é conseguir conectar esses diferentes olhares. “Precisamos sentar à mesa juntos, reunir essas diferentes visões e focar na decisões e investimentos que precisam ser feitos olhando para o médio e longo prazo. É complexo, mas necessário, e eventos como esse, que olham para o que está acontecendo no Estado de forma ampla são cruciais”, aponta a gestora.
Para a diretora-geral do Sesi-RS, Senai-RS e IEL-RS, Susana Kakuta, o futuro está na inovação e nas novas competências que precisam ser construídas no Rio Grande do Sul. É um dos pilares disso são os talentos.
“De um lado precisamos recapacitar a indústria tradicional, que nos trouxe até aqui e que é exportadora e diversificada, com esses novos conhecimentos e também introduzir novas economias do Estado, essas baseadas na economia do conhecimento, como a biotecnologia, a nanotecnologia e a Inteligência Artificial”, avalia.
O CEO da Cigam e presidente da Associação Comercial, Industrial e de Serviços (NH, EV,CB,DI), Robinson Oscar Klein, destaca o fato de o Rio Grande do Sul ser, conforme diversos rankings, um dos estados mais inovadores do Brasil. “Temos bons predicados aqui e uma cultura muito forte de realizar, sermos disciplinados e uma mão de obra de muita qualidade”, diz, citando os diversos ambientes de inovação espalhados pelo RS.
O que falta? Melhorar a questão de infraestrutura. “Tivemos um problema grave com as enchentes, passou um ano e muitas coisas não foram resolvidas. Para atrair grandes investimentos para o Estado, não podemos, por exemplo, correr o risco de novamente ficarmos olhados, sem aeroporto. É fundamental ter mais agilidade para resolver essas questões”, alerta.
O empreendedor Marcelo Klarmann, CEO da Rede&Imagem Tecnologias, destaca os movimentos que precisam ser acelerados. “Se não olharmos para o desenvolvimento do RS a partir das novas tecnologias, da inovação e de uma nova mentalidade para os negócios, vamos ficar para trás”.
O diretor-presidente do Badesul, Claudio Gastal, comentou que está se formando na Região Metropolitana de Porto Alegre uma espécie de cinturão de tecnologia. “Temos empresas de data centers, operações de chips e os ambientes de inovação como Tecnopuc, Tecnosinos e Instituto Caldeira, além dos próprios investimentos do Badesul nas startups gaúchas. Há uma convergência de fatores que hoje faz com que essa região e a Região dos Sinos nesse tema da tecnologia”, analisa.

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