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Patricia Knebel

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Publicada em 21 de Julho de 2025 às 11:41

Americanos estão desconfortáveis com uso de dados de saúde

Estudo da Qlik mostra que confiança vai para os médicos, não apenas para a IA

Estudo da Qlik mostra que confiança vai para os médicos, não apenas para a IA

AdobeStock/Divulgação/JC
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Embora 69% dos americanos se sintam confortáveis em compartilhar seus dados de saúde para melhorar seus próprios cuidados, apenas 40% querem compartilhar esses mesmos dados de saúde com empresas de tecnologia para produtos baseados em IA.
Embora 69% dos americanos se sintam confortáveis em compartilhar seus dados de saúde para melhorar seus próprios cuidados, apenas 40% querem compartilhar esses mesmos dados de saúde com empresas de tecnologia para produtos baseados em IA.
Apesar da crescente integração da IA na área da saúde, apenas 28% aceitariam uma prescrição médica feita exclusivamente por IA, destacando preocupações de confiança profundamente enraizadas. É o que revela uma pesquisa feita pela Qlik, player global em integração de dados, qualidade de dados, analytics e inteligência artificial (IA).
A pesquisa da Qlik revela quatro narrativas claras que moldam as atitudes dos americanos quanto aos dados de saúde:
- As pessoas gostam dos dados para os seus próprios cuidados, mas os odeiam para o uso na IA corporativa.
O conforto em compartilhar dados cai quase 30 pontos percentuais – de 69% para o cuidado pessoal para apenas 40% quando se trata de usá-los para IA comercial. Essa divisão acentuada destaca a preocupação pública com a privacidade e a motivação por lucro, com um terço explicitamente desconfortável com o uso comercial dos dados.
- A confiança vai para os médicos, não apenas para a IA. Enquanto quase 71% rejeitam medicamentos prescritos exclusivamente por IA, a aceitação sobe para 63% quando há supervisão de profissionais humanos no processo, enfatizando o papel essencial do julgamento humano para impulsionar a aceitação pública das tecnologias de saúde.
- A Geração Z confia no governo com dados de saúde; idosos são céticos. Mais da metade dos adultos da Geração Z (50%) se sentem confortáveis com o fato de o governo usar seus dados de saúde para políticas públicas, enquanto apenas 36% dos idosos concordam, revelando diferenças geracionais marcantes sobre a confiança e a supervisão no setor de saúde digital.
- A maioria acredita que as seguradoras usam seus dados, mas duvida do valor da IA. Embora 41% acreditem que as seguradoras já utilizam seus dados, apenas 34% enxergam melhorias no atendimento orientado por IA, o que aponta para um descompasso que pode desacelerar a aceitação mais ampla de iniciativas de IA focadas na saúde.
“A IA na saúde só terá sucesso quando os pacientes e os médicos continuarem no centro de todas as decisões”, aponta Mike Capone, CEO da Qlik. Segudo ele, a empresa tem ajudado a capacitar as organizações de saúde a governar, integrar e aproveitar seus dados de forma responsável. “Com transparência e consentimento claro, podemos ajudar a garantir que a IA aumente, em vez de diminuir, a confiança no setor de saúde”, acredita.
Com quase 60% dos americanos dizendo que compartilhariam dados de saúde se fossem compensados, fica claro que confiança e valor devem caminhar juntos.

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