Com investimento de R$ 30 milhões, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs) lançou o edital Programa de Pesquisa e Desenvolvimento Voltado a Desastres Climáticos.

O objetivo é apoiar projetos que gerem resultados que permitam tomadas de decisão baseadas em evidências científicas e que auxiliem na elaboração e aperfeiçoamento de políticas públicas de enfrentamento aos desastres climáticos. Com base no conhecimento científico, visa trazer o entendimento das origens e consequências sociais, ambientais e econômicas de desastres hidroclimáticos.

O Conselho Técnico Administrativo (CTA) da Fapergs concebeu este edital ouvindo lideranças científicas de diferentes áreas.

Além disso, buscou trocar experiências com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), que criou programas de fomento à pesquisa e inovação para prevenção e restauração após os desastres ocorridos pelo rompimento das barragens em Mariana em 2015 e em Brumadinho em 2019.

Também foram estudados casos internacionais, como as iniciativas de fomento à pesquisa científica em resposta ao furacão Katrina, que destruiu a cidade americana de Nova Orleans, terremotos no Japão e o tsunami que atingiu o sudeste asiático.

“Este edital emergencial é uma ação concreta para apoiar pesquisas que possam gerar soluções rápidas e eficazes, em resposta à situação enfrentada pelo nosso Estado. A missão da Fapergs é fomentar a ciência e a inovação com impacto direto na sociedade”, aponta o diretor presidente da Fapergs, Odir Dellagostin.

Com uma abordagem multidisciplinar, os projetos de pesquisa terão um prazo de execução de 36 meses e poderão contemplar várias linhas temáticas como: aspectos de engenharia, arquitetura e infraestrutura; comunidades em situação de vulnerabilidade social e econômica; difusão e adoção de medidas de resiliência e resposta a desastres climáticos, entre outras.

As propostas deverão ser submetidas até 12 de novembro de 2024, por meio do SigFapergs.

O investimento global de R$ 30 milhões é proveniente do orçamento da Fapergs, que teve suplementação orçamentária específica para esse fim, concedida pelo governo do Estado, por intermédio da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict). O financiamento dos projetos será em duas faixas: A, até R$ 1,5 milhões e B, até R$ 300 mil.

Na faixa A, deverão ser encaminhadas propostas envolvendo redes interinstitucionais e interdisciplinares de pesquisa, Na faixa B, poderão ser apresentadas propostas de grupos individuais ou colaborações em rede, de pesquisa fundamental ou aplicada, puramente acadêmicas ou envolvendo parcerias com outros setores.