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Patricia Knebel

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Publicada em 12 de Abril de 2024 às 10:56

Startups da América Latina têm alta nos aportes; Brasil cai

Gierun, da Distrito, diz que cenário macroeconômico afeta players brasileiros

Gierun, da Distrito, diz que cenário macroeconômico afeta players brasileiros

Distrito/Divulgação/JC
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Mais um sinal de recuperação do ecossistema de inovação na América Latina. As startups da região encerraram os primeiros três meses de 2024 com o maior volume trimestral de recursos recebidos desde o 4° trimestre de 2022, segundo relatório de Venture Capital do Distrito, plataforma de tecnologias emergentes da América Latina.
Mais um sinal de recuperação do ecossistema de inovação na América Latina. As startups da região encerraram os primeiros três meses de 2024 com o maior volume trimestral de recursos recebidos desde o 4° trimestre de 2022, segundo relatório de Venture Capital do Distrito, plataforma de tecnologias emergentes da América Latina.
De janeiro a março deste ano, os aportes em startups latino-americanas somaram US$ 935,98 milhões, uma alta de 42,95% em relação ao mesmo período de 2023 e de 5,45% na comparação com o último trimestre do ano passado.
Em termos de rodadas, foram 181 no primeiro trimestre deste ano, contra 178 no mesmo período de 2023. As fintechs mantêm a liderança em volume arrecadado (US$ 432,7 milhões) e em números de rodadas (48). Mais atrás vêm healthtech (US$ 46,4 milhões) e retailtech (US$ 13,17 milhões).
Já o mercado brasileiro isoladamente teve queda no volume financeiro, por conta de fatores macroeconômicos que ainda afetam principalmente as fintechs e as retailechs.
Os aportes somaram US$ 347,14 milhões no período em 109 rodadas, contra US$ 395,68 milhões entre janeiro e março de 2023, quando houve o mesmo número de deals, 109. O mercado brasileiro também apresentou um menor volume de recursos no primeiro trimestre deste ano na comparação com os três últimos meses de 2023 que tiveram aportes de US$ 571,88 milhões.
As fintechs da América Latina, especialmente no México e na Colômbia, estão se beneficiando de um ambiente macroeconômico mais favorável, atraindo novas rodadas de investimento”, explica Gustavo Gierun, CEO e cofundador do Distrito. “No Brasil, onde temos um ecossistema de inovação financeira mais maduro, as fintechs estão focadas em consolidar seus produtos e expandir seus mercados, principalmente através de fusões e aquisições, refletindo uma fase de consolidação estratégica no país”, analisa.

Com esse cenário, houve uma queda expressiva da participação do Brasil no ecossistema de inovação da América Latina. Historicamente, o país recebe em média 60% do total de recursos destinados para o segmento na região.
No primeiro trimestre a participação foi de 37,09%, praticamente metade do registrado no 4° trimestre de 2022, quando teve uma fatia de 71,41%. “Ainda não podemos dizer que essa perda de representatividade brasileira é uma tendência consolidada. É preciso acompanhar esse movimento por mais tempo”, diz Gierun.

M&As na América Latina

O primeiro trimestre deste ano registrou 47 fusões e aquisições, o que representa um aumento de 27% em relação ao mesmo período de 2023.
A maior parte das operações foi com empresas do segmento de FinTechs, com 11 M&As.

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