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Publicada em 23 de Setembro de 2025 às 00:55

Especialistas discutem futuro da logística reversa no Estado

Seminário debateu desde os fundamentos da logística reversa às estratégias para o fortalecimento da cadeia produtiva

Seminário debateu desde os fundamentos da logística reversa às estratégias para o fortalecimento da cadeia produtiva

/Igor de Almeida/Ascom Sema/Divulgação/JC
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Agências
 Especialistas do setor público e privado se reuniram nesta terça-feira (16/9), em Porto Alegre, para debater os desafios e oportunidades da logística reversa no Rio Grande do Sul. O seminário, promovido pelo Instituto Giro em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), trouxe para o centro da discussão o fortalecimento da cadeia produtiva, a inclusão social e o papel estratégico da reciclagem na economia circular.
 Especialistas do setor público e privado se reuniram nesta terça-feira (16/9), em Porto Alegre, para debater os desafios e oportunidades da logística reversa no Rio Grande do Sul. O seminário, promovido pelo Instituto Giro em parceria com a Secretaria do Meio Ambiente e Infraestrutura (Sema), trouxe para o centro da discussão o fortalecimento da cadeia produtiva, a inclusão social e o papel estratégico da reciclagem na economia circular.
O seminário ocorre em um momento importante para a gestão de resíduos no RS. Em 2025, entrou em vigor a obrigatoriedade de comprovação do cumprimento da Resolução Consema nº 500/2023, que estabelece normas vinculantes para a logística reversa de embalagens, uma das legislações mais importantes sobre o tema no Estado. 
Publicada em 2023, a resolução do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema) determina responsabilidades para fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de produtos embalados que, após o consumo, tornam-se resíduos sólidos descartados em residências ou no pequeno comércio.
Ao promover esse debate, o governo do Estado busca estimular ações que ampliem os índices de reciclagem e acelerar a transição para um modelo de desenvolvimento mais sustentável, fortalecendo a integração entre setor público, privado e sociedade civil, um dos compromissos da gestão pública ambiental do Rio Grande do Sul. 
Na abertura do evento, a titular da Sema, Marjorie Kauffmann, destacou que a secretaria conta com uma Divisão de Saneamento, no Departamento de Recursos Hídricos, que trabalha justamente para aproximar relações e valorizar esses produtos que, no passado, eram vistos apenas como problemas dentro dos empreendimentos. “Nosso objetivo é fortalecer parcerias e garantir a aplicação efetiva da economia circular, sempre com a inclusão de todas as pessoas e a geração de resultados concretos para o meio ambiente e para a sociedade”, afirmou. 
O seminário foi composto por três painéis temáticos, que tiveram contribuições de representantes da Sema, do Ministério Público do RS, do Sindicato da Indústria do Material Plástico no RS (Sinplast), do Consórcio Intermunicipal de Gestão de Resíduos Sólidos (Cigres), do Instituto Nacional da Reciclagem (Inesfa) e de cooperativas.
O primeiro painel foi mediado pelo engenheiro ambiental e diretor técnico da Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam), Gabriel Ritter, que apresentou um panorama dos progressos alcançados, por meio de programas, legislações e políticas públicas vigentes e discutiu os obstáculos que ainda precisam ser enfrentados. O segundo painel teve a condução da advogada e assessora técnica de Meio Ambiente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Marion Heirich, e destacou o papel das cooperativas na valorização dos resíduos e na inclusão social.
Já o terceiro painel foi mediado pelo responsável técnico da Associação de Logística Reversa de Embalagens (Aslore), Ailton Storolli, e tratou das oportunidades econômicas do setor e da inovação como ferramenta para ampliar o reaproveitamento de materiais.
O seminário contou também com as presenças da titular do diretor-presidente Fepam, Renato Chagas, da diretora-presidente do Instituto Giro, Jéssica Doumit, e da secretária executiva do Consórcio de Integração dos Estados do Sul e Sudeste (Cosud), Roberta Guimarães.
Ao final do seminário, foram apresentados dois estudos de impacto ambiental positivo, voltadas à redução das emissões de gases de efeito estufa e à qualificação da reciclagem. O primeiro estudo, desenvolvido pela empresa Planton em parceria com a Eureciclo, evidenciou os benefícios da reciclagem na mitigação da crise climática, trazendo dados concretos sobre como o reaproveitamento de materiais contribui para diminuir a pegada de carbono. 
Já a segunda pesquisa, realizada em conjunto pela Consultoria Hélice e a cooperativa Vaus e Mãos Verdes, destacou a relevância do monitoramento e da geração de indicadores sobre a qualidade do material reciclado, apontando caminhos para ampliar a eficiência da cadeia produtiva e agregar valor aos resíduos.
O evento completo pode ser conferido no canal da Sema no YouTube.
 

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