O ministro de Portos e Aeroportos, Silvio Costa Filho anunciou a realização, em agosto, do leilão do canal de acesso ao Porto de Paranaguá (PR), que é o segundo maior porto do Brasil e da América Latina, depois do Porto de Santos. O MPor encaminha hoje à Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq) os documentos técnicos, solicitando o agendamento do leilão.
"Essa parceria é muito saudável para o Brasil. Será um marco para o setor portuário brasileiro, pois vamos fazer o primeiro leilão de acesso de um porto público, que pode chegar a R$ 1 bilhão", afirmou Costa Filho, que está em Paris acompanhando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva em visita oficial à França, onde participa também de reuniões bilaterais com empresários para apresentar a carteira de investimentos.
O ministro previu que o leilão de Paranaguá servirá de modelo para outros leilões de canal de acesso que serão realizados ainda neste ano, como o do Porto de Santos (SP), Porto de Itajaí (SC) e Porto da Bahia. "Isso vai dar previsibilidade ao setor produtivo, sobretudo na rota do desenvolvimento do setor portuário brasileiro", acrescentou.
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Com o leilão, o calado do canal será ampliando de 13,5 metros de profundidade para 15,5 metros, elevando a capacidade do porto para receber navios de maior porte e ampliando a movimentação de cargas. Hoje, o Porto recebe 2.600 navios por ano, com destaque para granéis sólidos, como soja e proteína animal. A concessão trará ainda maior eficiência à operação portuária, possibilitando a ampliação do número de navios no porto.
"A concessão vai colocar o Porto de Paranaguá em outro patamar em relação ao comércio Internacional e estamos bastante confiantes nesse modelo de leilão, que seguramente terá muita competição", avaliou o Secretário Nacional de Portos do MPor, Alex Ávila.
Ele explicou que cada centímetro a mais no calado do canal de acesso corresponde a um aumento de 60 toneladas de carga no porão do navio. "A concessão vai elevar o Porto de Paranaguá a um patamar de 15,5 metros, então teremos um ganho substancial. Além do ganho de escala que virá com o aumento do número de navios", acrescentou.
A concessão vai impulsionar também o desenvolvimento da região, uma vez que a ampliação de movimentação de carga no porto tem reflexos positivos na economia dos municípios próximos e na geração de emprego e renda nas cidades vizinhas e no Estado.
União destina R$ 147 milhões para ampliar Hidrovia Tietê-Paraná
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, anunciou nesta sexta-feira (13/06) a liberação de R$ 147,7 milhões para garantir a continuidade das obras de ampliação da Hidrovia Tietê-Paraná. Os recursos, oriundos da Eletrobrás, serão aplicados em intervenções no canal de navegação de Nova Avanhandava, no rio Tietê, em São Paulo.
A transferência dos valores, formalizada nesta sexta-feira, foi viabilizada por meio de um Termo de Compromisso firmado entre a Eletrobrás e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL). O montante assegura o financiamento completo da obra, considerada estratégica para o escoamento da produção agrícola nacional.
"Essa obra é mais um compromisso do presidente Lula com a integração entre infraestrutura e desenvolvimento regional. Estamos garantindo investimentos que fortalecem a logística do agronegócio, promovem eficiência energética e impulsionam o uso de modais sustentáveis, fundamentais para uma economia mais competitiva e de baixo carbono", disse Silveira.
A transferência dos valores, formalizada nesta sexta-feira, foi viabilizada por meio de um Termo de Compromisso firmado entre a Eletrobrás e o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística (SEMIL). O montante assegura o financiamento completo da obra, considerada estratégica para o escoamento da produção agrícola nacional.
"Essa obra é mais um compromisso do presidente Lula com a integração entre infraestrutura e desenvolvimento regional. Estamos garantindo investimentos que fortalecem a logística do agronegócio, promovem eficiência energética e impulsionam o uso de modais sustentáveis, fundamentais para uma economia mais competitiva e de baixo carbono", disse Silveira.
Com 2,4 mil quilômetros de vias navegáveis, a Hidrovia Tietê-Paraná se destaca como um dos principais corredores logísticos do Brasil. Ligando seis estados — São Paulo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Paraná —, ela dispõe de 30 terminais intermodais que promovem a integração entre os modais hidroviário, rodoviário e ferroviário.
Desde sua capitalização, a Eletrobrás passou a cumprir compromissos legais que envolvem o repasse anual de recursos destinados a projetos de desenvolvimento e revitalização em áreas impactadas por empreendimento do setor elétrico. A destinação desses recursos é definida pelo governo federal, com coordenação do Ministério de Minas e Energia (MME) e do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR).
As obras em curso preveem a retirada de 552 mil metros cúbicos de rochas no canal de Nova Avanhandava, no rio Tietê. O processo conhecido como “derrocamento do pedral” – método de remoção de rochas de um rio para aprimorar o trânsito de embarcações maiores) –, iniciado em maio de 2023, envolve a fragmentação de rochas por explosão. Essa etapa deverá ser concluída no primeiro semestre de 2026. A intervenção vai aprofundar o canal em 3,5 metros, ao longo de uma calha de 60 metros de largura e 16 quilômetros de extensão. A obra também permitirá maior flexibilidade operacional nas usinas hidrelétricas de Três Irmãos e Ilha Solteira, otimizando a geração de energia.