A ligação entre Porto Alegre e a Região das Hortênsias vai ficar mais rápida com a pavimentação da ERS-373. A nova rota encurtará em 20 quilômetros a viagem a capital e Gramado, um dos principais destinos turísticos do Rio Grande do Sul. O benefício é um dos resultados do investimento de R$ 57 milhões do Tesouro do Estado na pavimentação e recuperação da via. Além de encurtar a distância, a obra trará mais segurança e conforto para os motoristas que transitam pela região.
Essa reportagem é a segunda da série que aborda os investimentos do Plano Rio Grande em estradas. Liderado pelo governador Eduardo Leite, o plano é um programa de Estado criado para reconstruir o Rio Grande do Sul e torná-lo ainda mais forte e resiliente, preparado para o futuro.
As obras nos 17 quilômetros entre Gramado e Santa Maria do Herval estão sendo executadas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) - autarquia vinculada à Secretaria de Logística e Transportes (Selt). Hoje, restam apenas 300 metros dos 10 quilômetros de pavimentação previstos. Dos sete quilômetros de recuperação asfáltica, dois serão concluídos no primeiro semestre, e os demais no segundo semestre. A conclusão total da obra está prevista para o primeiro semestre de 2026.
"Essa iniciativa traz mais estímulo para uma região turística importante do nosso Estado. Certamente irá gerar mais negócios e qualidade de vida para a população de Gramado e Santa Maria do Herval, além de fomentar o desenvolvimento agropecuário da região", ressaltou o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.
O turismo rural surge como uma das áreas impulsionadas pela pavimentação da rodovia. Com o avanço da obra, os benefícios começam a ficar visíveis para a comunidade, como afirma Roselaine Sander, que reside às margens da ERS-373.
Ela está entre os moradores que planejam aproveitar o fluxo maior de visitantes: transformou a propriedade em um espaço de lazer com café colonial e contato com a natureza. "Não tem mais barro, a gente não convive mais com a poeira do dia a dia. Então, melhorou muito", afirmou.
Otimista com as mudanças, ela acredita em melhorias para o município e para toda a região. "Isso vai melhorar muito para o nosso município. Com o desenvolvimento, vai ter mais gente investindo, pois moramos perto das cidades turísticas de Gramado e Canela. Isso era um desejo antigo dos meus pais, e agora estamos felizes em ver que o asfalto é realidade", projetou.
O diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, destaca que o trabalho está seguindo em bom ritmo, com serviços tanto na pavimentação quanto na recuperação em trecho de asfalto antigo. "Com o trabalho feito até aqui, é possível perceber o impacto na região, e isso é um estímulo para continuarmos", destacou.
Obras no acesso a Barão do Triunfo seguem em ritmo acelerado

Quatro quilômetros de terraplenagem e drenagem foram concluídos
Daer/Divulgação/JCO governo estadual está investindo R$ 50 milhões numa obra aguardada há décadas pelos moradores de Barão do Triunfo, na região sul do Estado: a pavimentação do acesso municipal pela ERS-711. As intervenções no trecho de 20 quilômetros até Mariana Pimentel seguem em andamento, e são executadas pelo Departamento Autônomo de Estradas de Rodagem (Daer) - vinculado à Secretaria de Logística e Transportes (Selt).
Os serviços contam com quatro quilômetros de terraplenagem e drenagem já concluídos, além de 2,5 quilômetros de base e sub-base finalizados. Os trabalhos avançam no sentido Mariana Pimentel - Barão do Triunfo. A próxima etapa nesse segmento será a aplicação da capa asfáltica.
"A pavimentação é vital para o crescimento econômico e o bem-estar dos cidadãos de Barão do Triunfo e Mariana Pimentel. Ao facilitar o transporte da produção agrícola (como o tabaco, o milho e o feijão) e o escoamento da pecuária, impulsionamos as cadeias produtivas e abrimos novas oportunidades de desenvolvimento para as comunidades rurais", detalha o secretário de Logística e Transportes, Juvir Costella.
O diretor-geral do Daer, Luciano Faustino, ressalta o rigor na execução dos trabalhos. "A sequência dos serviços está alinhada ao cronograma estabelecido, com fiscalização técnica permanente, para assegurar a qualidade e a conformidade com as normas de engenharia rodoviária. A expectativa é que, com as condições climáticas favoráveis, os próximos trechos avancem com celeridade", projeta.
A expectativa pela conclusão da obra é grande entre os moradores e comerciantes das duas cidades. Para Bruna Silveira, pintora e moradora de Mariana Pimentel, a pavimentação representa um facilitador para o dia a dia.
Governo quer tirar R$ 90 milhões de hidrovia no Pará e mandar ao Amazonas
O Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), responsável por obras públicas na área de logística, quer tirar R$ 90 milhões já aprovados para as obras do projeto hidroviário do Pedral do Lourenço, no Pará, e mandar para o Amazonas, com o objetivo de construir um novo terminal portuário na capital, o Manaus Moderna.
O pedido de transferência do recurso, segundo informações obtidas pela reportagem, foi enviado há duas semanas ao Ministério de Portos e Aeroportos e está sob análise da pasta.
No pleito, o Dnit expôs duas justificativas principais. Primeiro, alega que o processo de licenciamento ambiental da obra hidroviária no Pará, depois de mais de uma década, ainda não autoriza o início efetivo do projeto.
O segundo motivo é que o projeto portuário do Amazonas já tem licenciamento ambiental que permite o início das obras, mas não tem dinheiro em caixa para acelerar o empreendimento.
No Orçamento da União aprovado para 2025, o Pedral do Lourenço tem previsão de R$ 570 milhões, enquanto o porto Manaus Moderna conta com R$ 8,5 milhões. Nos últimos dias, no entanto, o Pedral do Lourenço finalmente conseguiu obter do Ibama sua licença de instalação, documento que autoriza o início da retirada de pedras do rio Tocantins, no estado do Pará, para viabilizar a navegação de embarcações de carga de grande porte, durante todo o ano.
O chamado derrocamento total do rio tem valor estimado em R$ 1,014 bilhão e será executado na região de Marabá, em área próxima às eclusas da hidrelétrica de Tucuruí -inauguradas há 15 anos para transpor o desnível da água causado pela usina, mas que seguem sem utilização, com passagens mínimas e restritas de embarcações, devido a trechos pedregosos do Tocantins.