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Publicada em 05 de Fevereiro de 2024 às 17:45

Petrobras terá cautela com energia renovável

Prates garantiu a investidores que a companhia tem metas ousadas para geração de energia limpa

Prates garantiu a investidores que a companhia tem metas ousadas para geração de energia limpa

ARMANDO PAIVA/ AGÊNCIA PETROBRAS/DIVULGAÇÃO/JC
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Agência Estado
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse a investidores internacionais que a empresa não dará nenhum salto no escuro, referindo-se ao momento de transição da companhia, que pela primeira vez assumiu metas ousadas para a geração de energia renovável. Segundo a apresentação feita a investidores reunidos em Nova York na semana passada, no segundo dia do "Deep Dive" (mergulho profundo) da companhia na cidade norte-americana, a Petrobras anunciou que seus projetos de energia eólica e solar em terra podem chegar a 5 gigawatts (GW) em 2028.
O presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, disse a investidores internacionais que a empresa não dará nenhum salto no escuro, referindo-se ao momento de transição da companhia, que pela primeira vez assumiu metas ousadas para a geração de energia renovável. Segundo a apresentação feita a investidores reunidos em Nova York na semana passada, no segundo dia do "Deep Dive" (mergulho profundo) da companhia na cidade norte-americana, a Petrobras anunciou que seus projetos de energia eólica e solar em terra podem chegar a 5 gigawatts (GW) em 2028.
"Somos uma empresa de petróleo em transição. Estamos transformando a Petrobras de forma gradual, investindo em novas energias, sem abrir mão, de uma hora para outra, da produção de petróleo. Independente dos segmentos nos quais atuaremos, é importante ressaltar que investiremos em ativos rentáveis e em áreas que possuem sinergias com as atividades que a companhia já desenvolve, aproveitando todo o conhecimento técnico que a Petrobras já tem. Não daremos nenhum salto no escuro", disse na apresentação de terça-feira, 30, primeiro dia do evento.
A companhia irá investir US$ 102 bilhões nos próximos cinco anos. É o maior plano de investimento de uma empresa brasileira.
Na apresentação de terça-feira, o diretor de Exploração e Produção da companhia, Joelson Mendes, reiterou que a demanda mundial por petróleo deve continuar em alta nas próximas décadas, e que projeções da Agência Internacional de Energia (AIE) indicam que o Brasil pode ser responsável por uma parte significativa deste suprimento - cerca de por 5% do volume mundial de petróleo - no futuro.
"O segmento de E&P da Petrobras tem boas perspectivas nos próximos anos. A curva de produção total alcançará 3,2 milhões de barris equivalentes de óleo e gás por dia em 2028. Com a transição energética, o mercado deve priorizar petróleos com menor pegada de carbono. A Petrobras possui um diferencial competitivo, pois seus petróleos estão entre os mais descarbonizados do mundo", afirmou o diretor.
Ele informou que novas tecnologias, como o uso de materiais anticorrosivos, plantas industriais 3D e digital twins estão trazendo mais eficiência e permitirão ainda mais geração de valor para a Petrobras. Ele destacou a importância dos investimentos em exploração, que somarão US$ 7,5 bilhões até 2028. Em novas fronteiras exploratórias, como a Margem Equatorial, a previsão é investir US$ 3,1 bilhões em exploração até 2028.
Presente no evento, o diretor de Engenharia, Tecnologia e Inovação, Carlos Travassos, informou que no horizonte do Plano Estratégico 2024-2028, a companhia irá perfurar mais de 350 poços marítimos de desenvolvimento da produção, lançar mais de 8.000 quilômetros de dutos e colocar em operação 14 FPSOs, 10 dos quais já estão contratados.
O executivo também apresentou aos investidores iniciativas de pesquisa e desenvolvimento da Petrobras. Até 2028, a companhia investirá US$ 3,6 bilhões no segmento. Já o diretor de Logística, Comercialização e Mercados da Petrobras, Claudio Schlosser, disse aos investidores que a companhia está atenta aos novos padrões de consumo e enxerga uma oportunidade de negócio em produtos de baixo carbono, já tendo iniciativas nesse sentido no mercado, como a Gasolina Podium carbono neutro, os Asfaltos CAP Pro e o Diesel R5, com 5% de conteúdo renovável.
"A Petrobras está buscando um posicionamento forte tanto para o atendimento das demandas de energia fóssil quanto oferecendo produtos para o mercado de baixo carbono", destacou Schlosser.
 

Agência Nacional de Energia Elétrica mantém bandeira verde em fevereiro; conta de luz segue sem sobretaxa

Aneel destaca 22 meses seguidos com bandeira verde acionada

Aneel destaca 22 meses seguidos com bandeira verde acionada

WHATWOLF VIA FREEPIK.COM/DIVULGAÇÃO/JC
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que vai manter a bandeira tarifária verde acionada em fevereiro. Com a decisão, as contas de luz seguem sem cobrança adicional no próximo mês.
A bandeira verde está em vigor desde abril de 2022 devido às condições favoráveis de geração de energia no País.
Com os reservatórios das usinas hidrelétricas cheios, por causa das chuvas, não é necessário acionar fontes mais caras, como as termelétricas.
Em nota, o diretor-geral da agência, Sandoval Feitosa, destacou o cenário positivo para a geração de energia no País.
"Com a geração em franca expansão, principalmente de fontes renováveis e limpas, alcançamos 22 meses seguidos de bandeira verde acionada. Sinal bastante positivo para o País que reflete condições favoráveis de geração de energia", afirmou.
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar os custos da geração de energia no País aos consumidores e atenuar os impactos nos orçamentos das distribuidoras de energia.
Antes, o custo da energia em momentos de mais dificuldades para geração era repassado às tarifas apenas no reajuste anual de cada empresa, com incidência de juros.
No modelo atual, os recursos são cobrados e transferidos às distribuidoras mensalmente por meio da "conta Bandeiras".
A bandeira verde, quando não há cobrança adicional, significa que o custo para produzir energia está baixo.
Já as bandeiras amarela e vermelha 1 e 2 representam um aumento no custo da geração e a necessidade de acionamento de térmicas, o que está relacionado principalmente ao volume dos reservatórios.

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