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Consumo

- Publicada em 06 de Novembro de 2023 às 17:15

E-commerce deve movimentar R$ 185,7 bilhões em 2023

Logística e-commerce

Logística e-commerce


freepik/divulgação/jc
Informações divulgadas pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) revelam que o e-commerce nacional está em constante crescimento desde 2015 e chegará a movimentar cerca de R$ 185,7 bilhões neste ano. Em 2022, foram R$ 169,59 bilhões faturados.
Informações divulgadas pela Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (Abcomm) revelam que o e-commerce nacional está em constante crescimento desde 2015 e chegará a movimentar cerca de R$ 185,7 bilhões neste ano. Em 2022, foram R$ 169,59 bilhões faturados.
Ainda segundo dados da Abcomm, espera-se que 2023 termine com 395 milhões de compras online feitas. Seguindo a tendência de crescimento dos últimos anos, a associação prevê que os próximos cinco anos também serão de crescimento, atingindo um faturamento de R$ 273 bilhões e um total de 498 milhões de pedidos em 2027.
Outro dado dos levantamentos que indica o crescimento contínuo do e-commerce brasileiro é a evolução no número de compradores: de 60 milhões em 2015, os consumidores online chegaram a mais de 80 milhões no ano passado. O número de lojas online também vem crescendo, tendo atingido a marca de 565.300 negócios operantes em 2022.
Gabriel Carvalho Martins da Cunha, CEO do Grupo 19, empresa que oferece consultoria para e-commerce, explica que o setor brasileiro "participa de uma tendência mundial de crescimento, já que o País tem sistemas bem elaborados para apoiar os vendedores e também marketplaces avançados em diversas questões, como por exemplo, marketing inteligente e tecnologia de sistemas de pagamento".
Atualmente, a maior parte das compras online é feita por meio de aparelhos celulares, informa a entidade. Até 2020, a maioria das compras era realizada via computadores, mas o número de consumidores utilizando dispositivos móveis para compras cresceu e chegou a 55% do total de compras no ano passado.
Cunha relaciona essa característica do crescimento ao chamado Social Commerce, que é a venda através das redes sociais, e que também é feito essencialmente através dos dispositivos móveis. 'Existe uma onda muito forte de Live Commerce (vendas em lives, ou seja, em vídeos ao vivo) na China, que está vindo aos poucos para o Brasil. O nosso e-commerce de certa forma se espelha no dos EUA e no da China, e comparado a esses países, vemos que existe muito espaço para crescimento aqui', esclarece o profissional.
Segundo dados coletados pela associação até o ano passado, o comércio digital tem uma participação de apenas 10,14% no varejo, mostrando que o comércio físico ainda domina o mercado no Brasil. Cunha compara esse dado novamente com o mercado chinês, onde o e-commerce já teria ultrapassado o comércio físico, para apontar o grande espaço para crescimento que tem o comércio digital brasileiro.
"A tendência é o varejo físico perder cada vez mais espaço para o varejo digital. Isso não quer dizer que é o fim das lojas físicas, ainda mais para aquelas que estudam e procuram a digitalização, aliando assim o melhor dos dois sistemas", avalia Cunha. O único dado da Abcomm que não mostra crescimento constante é a porcentagem de lojas em crescimento: de 2021 para 2022, por exemplo, o número caiu de 13% para menos de 7%.
Cunha explica essa aparente contradição nos dados. "Para aproveitar a tendência de crescimento mundial, é necessário um estudo mais aprofundado do mercado e das plataformas de loja virtual, o que nem todos os empreendedores fazem. A consultoria para e-commerce pode ajudar no planejamento voltado para o crescimento", pontua o empreendedor.
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Comércio eletrônico estimula novas logtechs

Logística e-commerce

Logística e-commerce


freepik/divulgação/jc
A evolução tecnológica tem apresentado diversas mudanças nos últimos anos, uma delas é a possibilidade de compras de produtos online dos mais diversos segmentos. De acordo com a pesquisa E-commerce Trends 2024, conduzida pela Octadesk, em colaboração com o Opinion Box, 62% dos consumidores efetuam de duas a cinco compras pela internet mensalmente, enquanto 85% realizam pelo menos uma compra online durante o mesmo período.
Neste contexto, à medida que o comportamento de compra do consumidor muda, as empresas tendem a enfrentar desafios diferentes na gestão logística de distribuição de estoque, movimentação de produtos e entregas. Segundo Edison Kwecko, co-fundador e CEO da Stokki, uma logtech curitibana, "hoje, as empresas se veem diante de um novo desafio: atender às crescentes expectativas de clientes omnicanal, que desejam conveniência, personalização e flexibilidade em suas experiências de compra".
Em pesquisa publicada pela Forbes, identificou-se que 80% dos consumidores da geração Z preferem comprar produtos de marcas que oferecem uma experiência omnichannel. Sobretudo, essa é uma tendência que deve ser aprimorada, já que a geração Alpha valoriza ainda mais a praticidade e a integração proporcionadas pela tecnologia.
Para Andrea Nemoto, co-fundadora e CGO da Stokki, os consumidores desejam ter o poder de escolher onde, quando e como desejam comprar produtos, bem como a forma que desejam recebê-los e, até mesmo, devolvê-los. "Esse novo panorama exige uma resposta ágil e integrada por parte das empresas e é aí que a tecnologia entra em cena", enfatiza.
Ainda de acordo com a Andrea, esse é um cenário que se torna cada vez mais competitivo e complexo, que exige investimento em tecnologia de ponta por parte das empresas, principalmente na integração dos estoques e na gestão logística. Isso porque a operação deixa de ser coadjuvante à experiência de compra do consumidor final e consolida-se como um elemento estratégico fundamental para o sucesso de qualquer negócio.
Com base nessa mudança no comportamento de compra, algumas startups de logística, as chamadas logtechs, têm adotado modelos de negócios para auxiliar nos desafios impostos sobre o novo cenário de vendas online, desenvolvendo tecnologias para otimizar e integrar os processos e operações.
Segundo a Associação Brasileira de Logística (Abralog), o Brasil contava com 283 logtechs em 2020, com US$ 187,6 milhões em aportes. Uma dessas empresas é a curitibana Stokki, que nasceu em 2019, com o objetivo de auxiliar empresas que atuam no comércio eletrônico e na omnicanalidade a entregarem experiências de compra de excelência aos seus consumidores.
A empresa que tem um modelo de negócio SaaS, tem investido no desenvolvimento e constante melhorias do seu software, 100% na nuvem, que reúne três módulos diferentes: um OMS (Order Management System), um WMS (Warehouse Management System) e um IWS (Integrated Warehouse System), três sistemas que visam ajudar nos principais desafios logísticos das empresas que trabalham com a omnicanalidade.
Para Edison Kwecko, CEO da Stokki, implementar uma logística omnichannel é um desafio para qualquer negócio, ainda mais quando a empresa não está plenamente preparada para essa situação. E adiciona: "De fato, sem a utilização de softwares de gestão logística adequados, os gestores e colaboradores da empresa que desejam atuar na omnicanalidade e oferecer uma experiência única de compra dentro de seus pontos de contato com o consumidor, podem não conseguir desenhar uma estratégia adequada de distribuição de estoque e atendimento de pedidos e, consequentemente, perder vendas, mesmo estando com o produto disponível em sua rede".
Em situações em que a empresa trabalha com múltiplos pontos de distribuição, essa gestão se torna ainda mais complexa.
"Hoje, a tendência é a adoção cada vez maior de tecnologias que auxiliem e corroborem para a implantação da dinâmica omnichannel nas empresas que vendem tanto em lojas físicas como no comércio eletrônico, para tornar o processo de comunicação fluída em todos os pontos".
Outro desafio enfrentado são os prazos de preparação de pedidos e entregas cada vez mais curtos. Por isso, as informações precisam estar todas integradas e orquestradas e os processos operacionais rastreados e otimizados, para cumprir com o nível de exigência do consumidor.
 

Governo autoriza adesão da Amazon ao Remessa Conforme

O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) autorizou nesta segunda-feira (6) a inclusão da Amazon ao programa Remessa Conforme, da Receita Federal. O programa isenta de imposto de importação compras internacionais de até US$ 50 e prevê liberação mais rápida no despacho aduaneiro.
A Amazon se junta assim a outras varejistas de comércio eletrônico, como o Mercado Livre e a chinesa Shopee. O ato da Receita Federal que certificou a Amazon no Remessa Conforme foi publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União.
Até o momento, já receberam autorização de adesão ao Remessa Conforme empresas como a Shopee, Mercado Livre, Shein, AliExpress (do grupo Alibaba) e Sinerlog.
O Remessa Conforme é um programa do governo federal que visa dar mais agilidade às transações de comércio exterior, garantindo o cumprimento da legislação aduaneira.
 

Shein chega a 336 fábricas parceiras

A plataforma de e-commerce Shein chegou a 336 fornecedores parceiros, seguindo sua estratégia de fechar acordo com 2 mil fabricantes locais até 2026 para atender o mercado brasileiro.
Em maio, em resposta às críticas de concorrentes nacionais à importação de produtos sem pagamento do Imposto de Importação e ao plano depois abandonado pelo governo de taxar as remessas internacionais de produtos abaixo de US$ 50, a empresa fundada em 2012 pelo chinês Chris Xu assumiu o compromisso de comercializar artigos feitos no Brasil. A operação prevê investimento de R$ 750 milhões.
A meta envolve também, segundo a empresa, gerar 100 mil empregos diretos e indiretos no País e ter 85% das vendas feitas no Brasil relacionadas a produtos de fabricação local.
Com essa estratégia, a empresa está transformando o Brasil em um dos seus três grandes centros de produção global, ao lado de China e Turquia. "Temos um objetivo ousado, de tornar o Brasil um hub de exportações. O País tem um parque têxtil bom", diz a diretora de produção local da Shein, Fabiana Magalhães. A Shein está em 150 países.