Corrigir texto

Se você encontrou algum erro nesta notícia, por favor preencha o formulário abaixo e clique em enviar. Este formulário destina-se somente à comunicação de erros.

Infraestrutura

- Publicada em 14 de Agosto de 2023 às 16:44

Novo PAC prevê qualificação para rodovias gaúchas

Estão previstos investimentos da ordem de R$ 75,6 bilhões para o Rio Grande do Sul

Estão previstos investimentos da ordem de R$ 75,6 bilhões para o Rio Grande do Sul


EVANDRO OLIVEIRA/JC
O anúncio do governo federal sobre a nova etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) repercute no setor de transporte de cargas e logística do Rio Grande do Sul. O vice-presidente Institucional do Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul), Marcelo Pellenz Dinon, destaca a importância desses investimentos.
O anúncio do governo federal sobre a nova etapa do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC) repercute no setor de transporte de cargas e logística do Rio Grande do Sul. O vice-presidente Institucional do Setcergs (Sindicato das Empresas de Transporte de Cargas e Logística do Rio Grande do Sul), Marcelo Pellenz Dinon, destaca a importância desses investimentos.
Segundo ele, em um País que almeja impulsionar seu Produto Interno Bruto (PIB) e fomentar seu desenvolvimento, a infraestrutura surge como a base fundamental para proporcionar um ambiente propício capaz de oferecer as condições necessárias ao setor privado e público para empreender de maneira sólida e eficaz.
"Neste cenário em que a sustentabilidade ESG (Ambiental, Social e de Governança) está cada vez mais presente e concreta, aspectos como a segurança viária e a preservação ambiental tornam-se inerentes e não negociáveis dentro do setor de transporte de cargas e logística", disse.
Com investimentos estimados em R$ 75,6 bilhões para o Rio Grande do Sul, as obras abrangem duplicações, adequações e melhorias em rodovias estratégicas. Destacam-se a readequação da BR-116/RS entre Porto Alegre e Novo Hamburgo, a adequação da BR-285/RS de São José dos Ausentes até a divisa com Santa Catarina, e a construção da BR-153/RS, entre outras intervenções essenciais. Projetos de concessões, estudos para futuras obras e investimentos já em andamento compõem um cenário promissor para o progresso das rodovias gaúchas.
Além disso, a inclusão das obras nas BR-153 e BR-392, bem como a construção das pontes sobre o Rio Uruguai (BR-392) e Rio Ibicuí (BR-472), estão contempladas na lista. A fronteira Brasil-Uruguai será fortalecida com a construção de uma ponte em Jaguarão (BR-116), enquanto o vínculo entre São José do Norte e Rio Grande será reforçado por meio da construção de uma ponte nas BR-101/392. Aguardado há tempos, o prolongamento da BR-448 também promete desafogar o trânsito na BR-116, oferecendo uma alternativa viável.
Já a Confederação Nacional da Indústria (CNI) considera o lançamento do Novo PAC um passo importante na direção do avanço da infraestrutura brasileira. A iniciativa tem como objetivo principal expandir os investimentos no setor, priorizando parcerias com o setor privado e a conclusão de obras pelo País.
O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade, afirma que os investimentos e parcerias com o setor privado previstos no Novo PAC são imprescindíveis para a reversão do déficit de infraestrutura. O Brasil investiu, em média, menos de 2% do PIB ao ano na última década - isto é, menos de R$ 200 bilhões anuais. A CNI projeta que seria preciso pelo menos dobrar esse montante de investimento no setor, por um período de duas décadas, para que o País consiga manter sua atual infraestrutura e superar os gargalos.
"O desenvolvimento do País exige que o setor produtivo conte com infraestrutura moderna e eficiente para que o Brasil possa competir no mercado global", destaca Andrade.
Na avaliação da CNI, o governo acerta ao priorizar no novo PAC a retomada das obras de infraestrutura interrompidas. A CNI fez um diagnóstico, publicado no documento Propostas da Indústria para as Eleições 2022, segundo o qual cerca de 4 em cada 10 obras públicas federais se encontravam paralisadas no País.
Andrade alerta que as paralisações ocorrem de modo geral por problemas de gestão e governança. "O Brasil investe pouco em infraestrutura e parte do que investe acaba preso em obras paralisadas, que consomem recursos e não trazem benefícios para a economia ou para a população. As paralisações não são necessariamente consequência da complexidade dos empreendimentos, mas de falhas básicas na forma como o setor público executa seus projetos de infraestrutura", pontua o presidente da CNI.