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Publicada em 11 de Julho de 2025 às 17:14

Mercado imobiliário e o impacto dos dados nas decisões de compra

Dionatan Raupp
Diretor da Imobiliária Novo Lar - Capão da Canoa

Dionatan Raupp Diretor da Imobiliária Novo Lar - Capão da Canoa

Dionatan Raupp/Arquivo Pessoal/JC
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Dionatan Raupp
Escolher um imóvel é, cada vez mais, uma decisão que vai além da emoção. Com a consolidação do mercado imobiliário como uma alternativa segura de investimento, o uso de dados bem estruturados tem se tornado fator decisivo para quem busca fazer escolhas mais estratégicas — seja para morar, gerar renda ou construir patrimônio.
Escolher um imóvel é, cada vez mais, uma decisão que vai além da emoção. Com a consolidação do mercado imobiliário como uma alternativa segura de investimento, o uso de dados bem estruturados tem se tornado fator decisivo para quem busca fazer escolhas mais estratégicas — seja para morar, gerar renda ou construir patrimônio.
Em um país onde mais de 59 milhões de pessoas já investem, segundo a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (ANBIMA), o setor imobiliário se destaca como um ativo real, tangível e seguro. Mas sua eficácia como investimento depende da capacidade de alinhar o perfil do comprador, o cenário econômico e, principalmente, a qualidade da informação disponível.
Capão da Canoa é um exemplo claro dessa dinâmica. Em 2024, o município movimentou R$ 1,7 bilhão em vendas de imóveis, conforme dados do Imposto sobre a Transmissão de Bens Imóveis (ITBI), registrando um crescimento de 13% em relação a 2022. Ainda mais expressivo é o desempenho dos condomínios fechados, que valorizaram, em média, 330% nos últimos dez anos, conforme levantamento da Associação dos Construtores e Incorporadores da Construção Civil de Capão da Canoa (ASSOCIC). O equivalente a 33% ao ano, com segurança jurídica e previsibilidade que poucos ativos oferecem.
Porto Alegre também confirma essa tendência. Conforme a Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (ABRAINC), o valor médio do metro quadrado dos lançamentos na capital alcançou R$ 14.487 no primeiro trimestre de 2025, com alta de 11,34% em apenas três meses. Bairros tradicionais como Bela Vista, Petrópolis e Mont'Serrat continuam liderando os índices de valorização. No interior, cidades como Caxias do Sul e Bento Gonçalves se destacam, com imóveis acima de R$ 10 mil por metro quadrado em áreas impulsionadas por infraestrutura e desenvolvimento econômico.
Esses dados não apenas ilustram o mercado — eles orientam decisões. A escolha entre imóveis em fase de lançamento, prontos para locação ou em regiões emergentes depende diretamente do perfil e dos objetivos de quem compra. Para alguns, a prioridade é a multiplicação do capital. Para outros, a geração de renda recorrente ou a preservação patrimonial. Em qualquer caso, decisões bem-sucedidas têm como base o acesso a informações qualificadas.
É nesse ponto que o papel da intermediação ganha força. O mercado passou a oferecer, além de produtos, inteligência de compra. Corretores experientes e imobiliárias atuantes interpretam tendências, acompanham a movimentação das construtoras, analisam o histórico de valorização das regiões, índices de vacância, infraestrutura projetada e até riscos ambientais. Em resumo, transformam dados em indicações personalizadas.
Por isso, ao considerar investir em um imóvel, é importante ir além da aparência ou da intuição. A melhor escolha nasce da combinação entre dados confiáveis, análise de cenário e orientação especializada. Em um mercado cada vez mais competitivo, a informação transforma intenções em estratégias — e decisões em resultados. O imóvel certo não é apenas aquele que agrada hoje, mas o que continua fazendo sentido amanhã: no rendimento, na valorização e na tranquilidade de saber que você investiu com inteligência.
 

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