A XP Investimentos é uma das maiores instituições financeiras do Brasil, reconhecida por sua atuação inovadora no mercado de investimentos e pela forte aposta na educação financeira como ferramenta de transformação social e econômica. Com presença expressiva no Rio Grande do Sul, liderada por Bruno Vargas, a empresa busca ampliar o acesso da população a produtos financeiros mais rentáveis e seguros, promovendo a mudança de uma cultura tradicionalmente baseada na poupança para uma mentalidade mais voltada ao investimento consciente. Em um cenário onde 12% dos brasileiros ainda economizam sem investir, e cerca de 30 milhões insistem na poupança mesmo diante de saques líquidos sucessivos, a XP reforça a importância da diversificação financeira e do conhecimento como forma de garantir maior rentabilidade e segurança. A atuação da XP se destaca por orientar investidores a superar o conservadorismo histórico e a falta de informação, abrindo caminhos para decisões mais assertivas e eficientes.
Empresas & Negócios - Como você avalia o atual comportamento financeiro do brasileiro, especialmente em relação à preferência pela poupança?
Bruno Vargas - Apesar dos avanços dos últimos anos, o comportamento financeiro do brasileiro ainda é bastante conservador. A poupança continua sendo o principal meio utilizado para guardar recursos, mesmo não sendo o investimento mais seguro e muito menos o mais rentável. Em um cenário de juros como o atual, a rentabilidade da poupança apresenta um desafio evidente. Por isso, como instituição, temos um papel fundamental no desenvolvimento da educação financeira da população, ajudando as pessoas a entenderem melhor as alternativas disponíveis e tomarem decisões mais conscientes.
E&N - A XP tem se posicionado fortemente em prol da educação financeira. Quais são as principais iniciativas da empresa nesse sentido, especialmente no Rio Grande do Sul?
Vargas - Quando falamos do Rio Grande do Sul, é importante destacar que a XP é uma empresa gaúcha, com raízes no estado. Sempre tivemos um vínculo muito forte com a região. Contamos com um número expressivo de assessores de investimentos que atendem e prospectam clientes em todo o Estado. Além disso, promovemos palestras e workshops gratuitos, além de mantermos parcerias com universidades de Porto Alegre e de outras cidades gaúchas. Temos também a XP Educação, uma plataforma online que nos permite ganhar capilaridade e atingir pessoas em todas as regiões do estado e do país, ampliando ainda mais nosso alcance em educação financeira. A XP tem se posicionado fortemente em prol da educação financeira.
E&N - Quais são as principais Quais produtos de investimento você recomenda para quem quer começar a sair da poupança, mas ainda tem um perfil conservador?
Vargas - Para quem está acostumado apenas com a poupança, eu sempre recomendo começar pelos títulos públicos. Eles são uma excelente porta de entrada para o mercado financeiro. Existem opções atreladas ao CDI, à inflação (que pagam um prêmio acima do IPCA) e títulos prefixados, em que o investidor já sabe quanto vai receber no vencimento. Esses produtos oferecem maior previsibilidade e segurança, o que é ideal para quem tem um perfil conservador. Além disso, são uma ótima maneira de começar a entender melhor como funcionam os investimentos e o mercado financeiro.
E&N - Como a memória de períodos de instabilidade econômica, como a hiperinflação, ainda influencia as decisões financeiras das gerações mais velhas?
Vargas - A geração mais antiga cresceu em um ambiente de grande instabilidade econômica e desconfiança, tanto em relação ao cenário macroeconômico quanto ao próprio sistema financeiro. Isso explica a preferência por liquidez imediata e a resistência a produtos mais sofisticados ou com horizontes de investimento mais longos. Ainda é comum observar essas resistências, mas o Brasil tem evoluído bastante desde os anos 90 em termos de estabilidade econômica. Nesse contexto, a educação financeira se torna ainda mais importante, especialmente para as novas gerações, pois permite uma melhor gestão dos recursos e decisões mais inteligentes e sustentáveis.
E&N - O cenário atual de juros altos pode favorecer essa migração da poupança para outras modalidades de investimento?
Vargas - Sem dúvida. Com a Selic em um patamar elevado, surgem diversas alternativas de investimento conservadoras que oferecem rentabilidade superior à poupança. Para o investidor atento, esse cenário representa uma oportunidade importante de diversificar a carteira com mais segurança e retorno.
E&N - De que maneira a XP orienta novos investidores a superar o medo de assumir riscos e diversificar sua carteira?
Vargas - Tudo começa com o entendimento do perfil do investidor — que pode ser conservador, moderado ou arrojado. A partir desse diagnóstico, construímos a carteira mais adequada com base em uma metodologia robusta de alocação e curadoria. Nosso CEO, Arturo Itman, lidera esse processo com análises de cenários econômicos e projeções que ajudam a tomar decisões embasadas. Esse conhecimento é distribuído e adaptado para os perfis dos nossos clientes, permitindo a construção de carteiras seguras, diversificadas e alinhadas com seus objetivos, além disso, promovemos uma forte agenda de educação financeira com workshops, treinamentos e outras iniciativas. O assessor de investimentos tem um papel central nesse processo, conectando o cliente ao ecossistema da XP e ajudando a estruturar um planejamento financeiro de curto, médio e longo prazo. Essa figura do assessor é essencial para acompanhar o cliente ao longo de sua trajetória, enfrentando desafios como a compra de um imóvel, a expansão de um negócio ou imprevistos de saúde. Com planejamento bem-feito e acompanhamento próximo, é possível superar esses momentos com mais tranquilidade e segurança. Também investimos constantemente em qualidade e gestão de portfólio, com ferramentas modernas e inteligência de mercado, buscando sempre entregar previsibilidade, retorno e resiliência mesmo em contextos adversos.
E&N - Qual o papel das corretoras de investimentos, como a XP, na transformação do comportamento financeiro da população brasileira?
Vargas - As corretoras, especialmente a XP, tiveram um papel fundamental no desenvolvimento do mercado financeiro brasileiro. A XP foi pioneira na democratização do acesso a investimentos, especialmente para o varejo. Antes, muitos produtos — até mesmo o Tesouro Direto — eram acessíveis apenas a grandes investidores, o que era uma grande barreira. Ao ampliar esse acesso, contribuímos diretamente para o crescimento do mercado, para a inclusão financeira e para o fortalecimento da economia. Também geramos empregos e impulsionamos a educação financeira, transformando como o brasileiro lida com seu dinheiro.
E&N - Como você projeta a educação financeira no Brasil e o impacto disso na economia do país?
Vargas - Sou muito otimista em relação ao futuro da educação financeira no Brasil. À medida que o brasileiro passa a entender melhor conceitos básicos de finanças — como controlar receitas e despesas, gastar menos do que ganha, investir com consciência — o impacto é direto na economia. Famílias menos endividadas, consumidores mais conscientes e maior volume de investimentos geram um ciclo virtuoso de crescimento. Esse é um dos motivos pelos quais trabalho há tanto tempo neste setor e em uma instituição como a XP, que tem no seu DNA a missão de transformar a vida das pessoas por meio da educação financeira. Acredito que esse é um pilar essencial para o crescimento sustentável do Brasil — e também do mundo.