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Publicada em 28 de Fevereiro de 2025 às 17:29

Da ruptura ao controle total: o impacto da automação no varejo brasileiro

Ivan Fernandes, CEO e co-founder da GIC Brasil

Ivan Fernandes, CEO e co-founder da GIC Brasil

GIC Brasil/Divulgação/JC
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Ivan Fernandes
Com um volume de transações que beira o incontável, o setor de varejo investe continuamente em soluções tecnológicas que tornam as operações mais fluídas e eficientes. Para o consumidor final, o objetivo é claro: proporcionar uma experiência de compra rápida, intuitiva e sem fricções. Para os varejistas, trata-se de um diferencial competitivo essencial para a sustentabilidade dos negócios.
Com um volume de transações que beira o incontável, o setor de varejo investe continuamente em soluções tecnológicas que tornam as operações mais fluídas e eficientes. Para o consumidor final, o objetivo é claro: proporcionar uma experiência de compra rápida, intuitiva e sem fricções. Para os varejistas, trata-se de um diferencial competitivo essencial para a sustentabilidade dos negócios.
A adoção de tecnologias inteligentes no varejo está crescendo de forma exponencial. Segundo projeções de mercado da consultoria internacional Next Move Strategy Consulting, o setor deve atingir a marca de US$ 33 bilhões em faturamento até 2030. Entre as diversas inovações que impulsionam esse crescimento, destacam-se as soluções que garantem prateleiras sempre abastecidas, reduzem ineficiências e minimizam custos operacionais.
Com o crescimento projetado de 5,4% para o varejo alimentar brasileiro em 2024, alcançando um faturamento de R$ 1,27 trilhão, o setor continua a demonstrar sua resiliência e importância estratégica. Este avanço reflete não apenas a recuperação econômica, mas também a capacidade do varejo em adotar soluções tecnológicas que garantem maior eficiência operacional e melhor experiência ao consumidor. A automação, nesse contexto, não é apenas uma tendência, mas uma alavanca essencial para o setor, especialmente quando se considera que o varejo alimentício representa 10,84% do PIB nacional, estimado em R$ 11,721 trilhões. As tecnologias de automação estão, portanto, não apenas resolvendo a ruptura de exposição de produtos, mas também contribuindo diretamente para esse crescimento contínuo do setor, otimizando processos, reduzindo custos e impulsionando a competitividade.
A ruptura de exposição de produtos é um grande desafio do setor varejista alimentar. Ela ocorre quando um produto não está disponível para compra na área de venda, resultando em perda de receita e insatisfação do cliente. Tecnologias de automação vêm transformando esse cenário, proporcionando uma gestão mais precisa do inventário e da reposição de mercadorias.
Com o uso de sistemas inteligentes, varejistas têm alcançado reduções expressivas na taxa de ruptura de exposição, o que impacta diretamente a redução de perdas, especialmente em produtos perecíveis. A implementação de ferramentas que monitoram a disponibilidade de itens, integram dados de vendas com a reposição automática e otimizam a gestão de estoques tem sido decisiva para manter as prateleiras sempre abastecidas. Além disso, a análise preditiva permite antecipar padrões de consumo, reduzindo desperdícios e melhorando o giro de mercadorias.
Os avanços tecnológicos aplicados ao setor oferecem diversos benefícios estratégicos, entre eles:
  • Redução de perdas e melhor gestão da movimentação de itens - A automação evita desperdícios, melhora o controle de validade e reduz o impacto de erros operacionais.
  • Diminuição de gastos operacionais - Processos automatizados reduzem a necessidade de trabalho manual e tornam a gestão do estoque mais eficiente.
  • Visão em tempo real do chão de loja - Sensores e sistemas de monitoramento permitem uma resposta ágil a qualquer desabastecimento, garantindo que os produtos estejam sempre disponíveis para os clientes.
  • Otimização da operação logística - Desde o recebimento das mercadorias até sua reposição na prateleira, a automação melhora a organização e distribuição dos produtos, evitando gargalos.
Além da eficiência operacional, a automação fortalece a gestão e a tomada de decisões estratégicas, garantindo maior precisão nos processos e aumentando a resiliência do varejo diante dos desafios do mercado.
A transformação digital no varejo não é mais uma tendência, mas uma necessidade urgente. Investir em automação significa mais do que apenas melhorar processos internos - é garantir que as prateleiras estejam sempre abastecidas, oferecendo aos consumidores a melhor experiência de compra possível e fortalecendo a competitividade do negócio.
 

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