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Small caps gaúchas despontam entre ações com maior potencial de ganhos
Categoria de empresas com menor valor de mercado performa acima do Ibovespa
Roberta Mello, especial para o JC*
A perspectiva de continuidade na redução da taxa básica de juros pelo Copom está influenciando os investidores a reajustarem suas carteiras, direcionando-se para a retomada da compra de ações. Nesse cenário, uma categoria específica de empresas está despertando atenção especial devido à sua habilidade de se destacar em momentos como este. São as small caps, empresas listadas na bolsa que possuem menor capitalização em comparação com as grandes companhias, mas capazes de garantir retornos muito positivos no médio e longo prazo.
O comportamento da taxa básica de juros e a expectativa de manutenção do ritmo de cortes pelo Copom faz com que os investidores rebalanceiem suas carteiras e se voltem a ativos de maior risco, como as ações. E uma categoria em especial vem atraindo especial atenção pela sua capacidade de se sair melhor do que outras em momentos como este. São as small caps, classe de empresas negociadas na bolsa de valores que possuem menor valor de mercado na comparação com as grandes companhias, também conhecidas como large caps ou blue chips.
No Brasil, as empresas listadas na bolsa podem ser agrupadas em quatro categorias de acordo com sua faixa de capitalização, ou seja, dependendo de seu tamanho de mercado: large caps, mid caps, small caps e micro caps. As small caps referem-se a empresas com valor de mercado que varia de R$ 300 milhões a R$ 2 bilhões, embora algumas delas possam ser de porte considerável e até estar acima desta cotação, no contexto da bolsa de valores são classificadas como empresas de pequeno porte.
Luciano Araski, da Geral Investimentos, destaca que, mesmo assim, são empresas que podem se destacar em seus setores na região em que atuam ou mesmo nacionalmente. No cenário gaúcho, por exemplo, é o caso de empresas como o Banrisul, no setor financeiro, e a Panvel, no setor de medicamentos. "Embora pequenas no contexto da bolsa, elas são gigantes em seus respectivos nichos e têm um impacto significativo nas regiões em que operam, o que acaba atraindo investidores que as conhecem e confiam", salienta Araski.
As large caps são as gigantes do mercado, com capitalização acima de R$ 10 bilhões, mais amplamente conhecidas e, consequentemente, com maior volume de informações em circulação. Já as mid caps possuem valor de mercado entre R$ 2 bilhões e R$ 10 bilhões e são relativamente populares. Por fim, as micro caps possuem capitalização de até R$ 300 milhões.
Estudo realizado pela Santander Corretora, publicado em julho de 2023, mostrou que, historicamente, as ações de small caps listadas na B3 (a bolsa brasileira) têm um desempenho melhor que o Ibovespa em momentos de sucessivos cortes de juros. Em média, o Índice Small Caps (SMLL) subiu 49,5% e 66,5% em 12 e 24 meses, respectivamente. Na mesma base de comparação, o Ibovespa avançou 26% e 33%, respectivamente. Para o estudo, foram analisados nove ciclos de flexibilização monetária a partir de março de 1999.
Segundo Aline Cardoso, responsável pela área de Research e Estratégia de Ações da Santander Corretora, "o levantamento mostrou que essas ações têm o melhor desempenho logo após o primeiro corte de juros, visto que, em geral, são ações de empresas ligadas à economia doméstica". A dinâmica de cortes na taxa de juros vem sendo verificada a partir do segundo semestre deste ano e deve se manter ao longo dos próximos meses.
Para Arley Junior, estrategista de Investimentos do Santander Brasil, essas ações são recomendadas para investidores com perfil de tolerância ao risco e que querem diversificar suas aplicações. "A expectativa de juros menores traz mais dinamismo à atividade econômica e maior incentivo ao consumo, favorecendo empresas mais sensíveis ao corte na taxa de juros e menos suscetíveis ao mercado", explica Junior.
Ele alerta, no entanto, que é preciso avaliar o objetivo do investimento, o apetite a risco e o grau de conhecimento do investidor para aplicar em small caps, mais voláteis que as de empresa com maior capitalização (blue chips). "Para quem não tem muito conhecimento, o ideal é investir em uma carteira recomendada, pois nela um especialista faz a seleção dos papéis com maior potencial de retorno. Já para quem está mais familiarizado com a renda variável, a vantagem de comprar ações de forma apartada é ter o controle do que comprar e em qual proporção", diz o especialista.
Junior ressalta, no entanto, que as small caps costumam ter um nível de risco maior, justamente por ter menor quantidade de análises e menor negociação. "É necessário sempre verificar seu nível de aceitação de risco", pontua.
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Antes de investir em small caps, alguns pontos a considerar são:
Vantagens:
* Potencial de crescimento: por serem ações de empresas de menor capitalização de mercado, as small caps geralmente têm mais espaço para crescer do que as ações de grandes empresas já estabelecidas. Elas podem estar em estágios iniciais de desenvolvimento ou operar em setores emergentes;
* Oportunidades de descoberta: como as small caps são menos conhecidas e recebem menos atenção dos investidores institucionais, pode haver oportunidades de descobrir empresas subvalorizadas ou com potencial não totalmente reconhecido pelo mercado. Isso pode permitir que os investidores comprem ações a preços mais baixos antes que se valorizem.
* Flexibilidade e agilidade: ao contrário das grandes empresas, as small caps têm menos estrutura e burocracia. Elas geralmente podem tomar decisões e se adaptar mais rapidamente às mudanças do mercado, o que lhes confere maior flexibilidade.
Desvantagens:
* Maior risco: elas tendem a ser mais arriscadas do que as empresas de grande capitalização. Isso significa que os preços das ações podem oscilar mais e pode ser mais difícil comprar ou vender ações em grandes volumes.
* Informações limitadas: costumam ter menor cobertura de analistas em comparação com as grandes empresas. Isso limita as informações disponíveis para os investidores no mercado e torna mais difícil a avaliação sobre seu desempenho passado e perspectivas futuras;
* Menor estabilidade financeira: essas empresas podem ter maior dificuldade para obter financiamento, enfrentar concorrência acirrada ou ter menor capacidade de suportar períodos de recessão econômica.
'Top 6' small caps para se prestar atenção, de acordo com indicações de gestores
Randoncorp (RAPT3 e RAPT4) | Sergio Neto, analista da Capitalizo Investimentos
Com mais de 70 anos de mercado, a Randon S.A Implementos e Participações é um conglomerado de dez empresas que oferecem soluções para o transporte. As empresas do grupo atuam em três segmentos. Um segmento oferece implementos e veículos para transporte de carga. Outro segmento produz e comercializa autopeças e sistemas automotivos. Ela ainda atua no ramo de serviços, com consórcio de máquinas, imóveis, veículos, dentre outros. O grupo inclui a Randon Implementos, maior fabricante de reboques e semirreboques da América Latina, entre as 10 maiores do mundo, e a fabricante de autopeças Fras-le (FRAS3).
Kepler Weber (KEPL3) | Sergio Neto, analista da Capitalizo Investimentos
Fundada em 1925, a Kepler Weber é uma empresa líder em pós-colheita e entrega soluções completas de beneficiamento, movimentação e conservação de grãos, desde a originação em propriedades rurais, até a transformação em agroindústrias e terminais logísticos em portos. É uma empresa de capital aberto desde 15 de dezembro de 1980, e opera sob o código KEPL3. Sua sede é localizada em São Paulo | SP, e possui duas fábricas, a matriz localizada em Panambi/RS e uma filial em Campo Grande/MS.
SLC Agricola (SLCE3) | Luciano Araski, assessor de investimentos da Geral Investimentos
Fundada em 1977, a SLC Agrícola é uma das maiores produtoras de commodities agrícolas do País. Possui cerca de 670 mil hectares de área plantada em 22 unidades de produção localizadas em sete estados brasileiros, na região do Cerrado, e matriz em Porto Alegre (RS). Produz algodão, milho e soja e se dedica à criação de gado no modelo integração lavoura-pecuária (ILP). Também produz e comercializa sementes de soja e algodão sob a marca SLC Sementes. Uma das primeiras empresas do agronegócio a ter ações negociadas em Bolsa de Valores (SLCE3), a SLC Agrícola compõe alguns dos principais indicadores da B3, como o Ibovespa, IBRX100, ICO2 e ISE, entre outros.
Dimed (PNVL3) | Luciano Araski, assessor de investimentos da Geral Investimentos
Bastante conhecido pelos gaúchos, o grupo Dimed atua há mais de 50 anos no setor de saúde e é formado pela rede de farmácias Panvel, pela distribuidora de medicamentos Dimed e pelo laboratório Lifar. O grupo possui atuação focada no Sul do Brasil e inclui mais de 500 lojas da rede Panvel na região Sul e São Paulo e dois centros de distribuição da Dimed . O grupo Dimed está listado na B3 com ações ordinárias (PNVL3) e no mercado fracionado (PNVL3F).
Tupy (TUPY3) | Yuzhô Breyer, sócio e analista da Trígono Capital
Multinacional que desenvolve e produz componentes estruturais em ferro fundido de alta complexidade geométrica e metalúrgica, a Tupy está presente nos mais diversos segmentos, como transporte de carga (em todos os modais), infraestrutura, agronegócio e geração de energia. Tem mais de 80 anos de mercado e conta com fábricas em Joinville/SC, São Paulo/SP, Betim/MG (Brasil) e nas cidades de Saltillo e Ramos Arizpe (México) e Aveiro (Portugal). Além disso, a Tupy tem escritórios no Brasil, EUA, Alemanha, Itália e Holanda.
Ferbasa (FESA4) | Yuzhô Breyer, sócio e analista da Trígono Capital
Fundada em 1961 na Bahia, a Companhia de Ferro Ligas da Bahia - Ferbasa, atualmente é uma das 500 maiores empresas do Brasil. A empresa exerce atividades nas áreas de mineração, metalurgia, recursos florestais e energia renovável. Líder em produção de ferroligas e única produtora integrada de ferrocromo das Américas, a Ferbasa tem faturamento anual superior a US$ 350 milhões.
Outros exemplos de ações que integram a lista do índice Small Caps (SMLL) B3 são:
Embraer (EMBR3)
Aliansce Sonae (ALSO3)
BRF (BRFS3)
Metalurgica Gerdau (GOAU4)
3R Petroleum (RRRP3)
Universo das small caps é pouco explorado e abriga boas oportunidades
Uma das principais gestoras de investimentos em small caps no País, a Trígono Capital se voltou a este mercado interessada em desbravar um nicho ainda hoje pouco explorado pelos demais players.
Desde o seu início em 2017, a Trígono se dedica aos fundos formados por ações small e micro e vê seu índice interno de avaliação do desempenho do fundo TRIG11 acumular retorno de mais de 270% ao longo deste período - bem acima do crescimento do Índice Small da B3 (SMLL) com 172% no mesmo recorte temporal e do Ibovespa com 117%.
A ideia de elaborar uma análise independente do desempenho das small caps surgiu a partir da percepção de que o SMLL revela uma peculiaridade em sua composição com uma presença significativa de mid caps, influenciando seu peso e desempenho.
"Para contornar essa questão, a Trigono desenvolveu o TRIG11, um índice dedicado exclusivamente às small caps, evitando essa poluição gerada por médias empresas e explicitando um desenho mais realista do desempenho das empresas categorizadas", explica Yuhzô Breyer, sócio e analista da Trígono Capital.
O TRIG11 demonstra um desempenho substancialmente superior ao Ibovespa, embora apresente uma volatilidade mais elevada. Já em relação ao SMLL percebe-se que o TRIG11 ainda mantém volatilidade menor, principalmente devido à presença de empresas alavancadas e à influência da variação da taxa de juros futuro, que experimentaram quedas significativas.
"O SMLL acaba sendo impactado também pela migração de diversas empresas do Ibovespa para o universo das small caps devido à queda no valor de mercado, o que impacta negativamente no índice, mas não necessariamente prejudica o bom investidor em small caps", explica Breyer.
Desde agosto, salienta o especialista, observa-se uma repentina mudança de sentimento no mercado. Empresas de perfil alavancado, negócios frágeis e resultados cíclicos sofreram fortes quedas em movimento corretivo e realização de lucros. "O mercado ficou mais de lado e ações de empresas de alguns setores, como o varejo, caíram na fase de lateralização. Mesmo assim, percebemos um aumento no número de pessoas físicas interessadas em investir na bolsa", diz Breyer.
Atualmente, o mercado de ações tem passado por mudanças notáveis, com um aumento do interesse de investidores especialmente nas small caps. A B3 tem relatado um aumento no fluxo de entradas de investidores individuais, enquanto investidores estrangeiros têm vendido posições. A queda nas taxas de juros tem sido um dos impulsionadores deste movimento, à medida que os investidores buscam retornos mais atrativos.
O mercado de small caps e micro caps oferece oportunidades de investimento com um potencial considerável de retorno, embora não esteja isento de riscos. Investir em empresas com fundamentos sólidos e evitar aquelas com dificuldades financeiras pode resultar em desempenho superior.
A baixa liquidez e a falta de atenção do mercado podem criar oportunidades para investidores em busca de empresas com potencial de crescimento, mas é importante realizar análises detalhadas antes de investir, alerta Breyer.
Ao iniciar no mercado de ações, é comum o investidor ser atraído pelas small caps devido ao seu potencial de retorno. No entanto, é crucial exercer cautela na escolha desses ativos, pois muitas vezes ocorre uma abordagem impulsiva na seleção de papéis. Embora ofereçam boas oportunidades de retorno, as small caps e micro caps tendem a ter uma sobrerrepresentação de empresas com dificuldades financeiras.
"Daí a relevância de realizar uma análise financeira criteriosa e excluir aquelas em situação precária, é possível identificar empresas lucrativas e em crescimento que passam despercebidas devido ao preconceito e à baixa liquidez. Este cuidado na seleção permite adquirir ações a preços atrativos", determina Breyer, ressaltando ainda que, apesar da menor visibilidade, a vantagem de empresas menos conhecidas reside no acesso mais direto à diretoria e às informações, proporcionando uma tomada de decisão mais assertiva e participação direta na tomada de decisões.
No complexo cenário dos investimentos, a bolsa de valores emerge como um oásis de oportunidades, e o momento atual revela sinais promissores para os que desejam explorar esse terreno. Para o especialista, os últimos anos foram desafiadores para os fundos de ações, com períodos sombrios desde o governo Michel Temer até aproximadamente um ano e meio atrás.
A Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) monitorou a situação e em seus relatórios apontava o alto volume de resgates e quedas nos fundos, criando um cenário adverso. Contudo, Breyer destaca que o fluxo de resgates está mostrando sinais de melhoria. "Na Trigono, essa tendência é uma exceção positiva, contrariando gestoras que enfrentaram saques significativos, chegando a 80% ou até 90% dos fundos".
Para Breyer, é exatamente nesse contexto desafiador, mas de reversão, que se delineia uma oportunidade de investimento. "O clima ainda pode estar carregado, mas a perspectiva de uma virada positiva se faz presente. No mercado financeiro, momentos de mudança muitas vezes oferecem oportunidades únicas, e investidores atentos podem colher frutos no oásis da bolsa de valores, especialmente quando as correntes começam a se inverter", assinala.
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Desbravar o território requer cautela e busca assídua por informações
Investir no universo dinâmico das small caps é tão tentador quanto perigoso. Dois motivos principais estão ligados à boa recuperação das small caps em momentos de queda da Selic: liquidez e taxa de juros.
O primeiro está relacionado à característica das small caps de terem menor liquidez. Quando há uma injeção de liquidez no mercado, que é o que acontece basicamente quando a taxa de juros cai, elas são beneficiadas. A liquidez aumenta porque há uma migração dos investidores da renda fixa para renda variável. Como as ações que possuem a menor liquidez são as maiores impactadas, valorizam mais do que as demais.
O sócio e analista da Trígono Capital Yuhzô Breyer complementa que a liquidez desempenha um papel vital para os investidores em small caps. Essas ações frequentemente possuem um volume de negociações menor, o que pode afetar significativamente os preços de compra e venda, principalmente para fundos de investimento. Além disso, a liquidez é afetada pelo "free float," que se refere à quantidade de ações disponíveis para negociação no mercado. Quanto maior o free float, maior a liquidez das ações.
Frequentemente, empresas familiares mantêm a maioria de suas ações sob seu controle e disponibilizam apenas uma parte ao mercado, afetando a liquidez. "Algumas delas, como a Randon, por exemplo, optam por oferecer ações preferenciais ao público, mantendo o controle por meio das ações ordinárias", destaca Breyer.
A segunda questão importante de ser levada em conta é que algumas empresas nessa categoria operam alavancadas, ou seja, com alto nível de endividamento. Com a queda da taxa de juros, a despesa financeira também cai e há, consequentemente, aumento do lucro.
Luciano Araski, da Geral Investimentos, destaca a dualidade das small caps, empresas muitas vezes lideradas por famílias, o que pode limitar sua expansão, mas também alinhar suas trajetórias com o crescimento econômico. No entanto, em um mercado volátil, sua menor capitalização exige cautela. Em um cenário global robusto, essas empresas prosperam, mas em tempos incertos, seu crescimento pode ser mais moderado.
A liquidez emerge como um fator crítico, especialmente para investidores em busca de oportunidades de grande retorno. Empresas que ingressam no Novo Mercado, como a Panvel, podem experimentar um aumento na demanda e na liquidez de suas ações, proporcionando um ambiente mais favorável.
Para Araski, há setores pujantes, como o agronegócio, que oferecem crescimento constante. Porém, também destaca os desafios no varejo, onde a competição online intensificada cria obstáculos. Seu conselho é claro: "ao investir em small caps, uma análise macroeconômica minuciosa e um olhar atento aos balanços financeiros são essenciais".
Sergio Neto, analista da Capitalizo Investimentos, afirma que aqui vale a máxima do mercado: o potencial de crescimento e valorização é diretamente proporcional ao risco. Ele adverte que a volatilidade inerente a essas empresas exige um perfil de investidor mais arrojado.
O exemplo da Marcopolo ilustra como small caps podem prosperar mesmo em tempos incertos. Mas Neto enfatiza que uma carteira exclusivamente composta por essas empresas pode não ser apropriada para todos. "O ideal, na maior parte dos casos, é fazer uma inclusão estratégica. Essa estratégia pode ser benéfica para a diversificação e garantir retornos positivos no médio e longo prazo", adverte.
Para Neto, foi essa abordagem criteriosa da Capitalizo na seleção de empresas para suas carteiras recomendadas, baseada em fundamentos sólidos e preços atrativos, que resultou em um desempenho notável. "Com um retorno de 482%, superamos índices como Small Caps (46%) e Ibovespa (83%)", salienta.
O consenso entre Araski e Neto é de que ao explorar as small caps, a escolha de ações demanda uma abordagem cuidadosa. A atenção à liquidez, análise macroeconômica, e uma compreensão profunda dos fundamentos financeiros são essenciais para navegar com sucesso nesse emocionante, porém desafiador, território do mercado financeiro. Aqueles que buscam o tesouro das small caps devem lembrar que o mapa para o sucesso é desenhado com diligência e discernimento.
*Roberta Mello é formada em Jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica (Pucrs). Atuou como repórter de Economia no Jornal do Comércio de 2013 a 2021, onde conquistou os prêmios B3 de Jornalismo - Categoria Demais Regiões (edição 2018) e Transparência de Jornalismo (2017). Hoje, atua como assessora de imprensa e repórter freelancer.