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Publicada em 05 de Novembro de 2023 às 19:41

Poupar desde cedo é a recomendação de especialistas

Rodrigo Sisnandes, presidente da Fundação Família Previdência, lembra que a longevidade é boa, mas tem custo

Rodrigo Sisnandes, presidente da Fundação Família Previdência, lembra que a longevidade é boa, mas tem custo

/Tânia Meinerz/JC
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Luciano Nagel, especial para o JC
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Para grande parte dos jovens brasileiros, a "temida" aposentadoria e a Previdência podem parecer uma realidade distante. Com a reforma da Previdência, a sensação geral é que essa distância da aposentadoria se tornou ainda maior, uma vez que a juventude é um dos grupos mais impactados pelas novas diretrizes propostas e instituídas pelo governo federal.
Diante do cenário atual, com altas taxas de desemprego e informalidade entre os jovens, a reforma da Previdência afeta consideravelmente aqueles que têm muitos anos de trabalho pela frente. Com restrições e reduções, essa reforma prolonga a jornada dos jovens e projeta uma aposentadoria potencialmente menos vantajosa quando finalmente chegarem lá.
No entanto, os jovens de hoje, segundo o presidente da Fundação Família e Previdência, Rodrigo Sisnandes, têm alternativas para enfrentar as mudanças na Previdência sem temer o futuro. Aqueles que começam a planejar precocemente têm a oportunidade de construir sua própria aposentadoria, com pouco esforço e aproveitando os juros a seu favor. Essa alternativa é conhecida como investimento.
"Se o jovem começar a se preparar para a futuro, desde agora, o seu esforço será bem menor lá na frente. Eles precisam estar conscientes, desde já, de criar uma poupança previdenciária para poder fazer frente a essa longevidade que é muito boa, mas que tem um custo", afirma Rodrigo, que também destaca a importância de as empresas oferecerem planos de previdência para seus funcionários. Essa prática não apenas representa um benefício valioso para os colaboradores, mas traz vantagens substanciais para as próprias empresas.
"As empresas têm uma responsabilidade social gigante nisso, porque elas precisam, sim, inserir políticas de Recursos Humanos - planos de previdência, tal qual são os planos de saúde, porque, por mais que tu observes, esses planos (saúde) tem o resultado imediato e as pessoas acabam usando logo. A oferta do plano de previdência como benefício ao colaborador ainda está mais distante, e infelizmente as empresas ainda não tem essa preocupação", lamenta o presidente da Fundação Família e Previdência.
Um dos principais mitos sobre a previdência privada é que os fundos acumulados devem ser utilizados somente na aposentadoria. Engana-se quem pensa assim. A realidade é que os beneficiários têm uma série de escolhas à disposição. Uma opção cada vez mais popular é usar a previdência privada como uma forma de poupança de longo prazo.
Ao fazer contribuições regulares, os investidores podem acumular recursos para atender a metas financeiras específicas, como a compra de um imóvel, a educação dos filhos ou o início de um negócio.
"A rentabilidade, neste caso, acaba sendo muito maior dentro de uma estratégia de longo prazo e também por atuarmos num segmento sem fins lucrativos, mas empregamos 100% da rentabilidade para o plano de previdência", complementa Rodrigo.
Os fundos de previdência privada também podem ser resgatados para a realização de sonhos e metas pessoais. Imagine fazer aquela viagem que você sempre almejou, ou investir na reforma da casa própria? Os recursos acumulados na previdência privada podem ser uma fonte valiosa de financiamento para tornar esses projetos realidade. Vale ainda ressaltar que em situações de emergência financeira, os valores da previdência privada podem ser resgatados para ajudar a superar desafios imprevistos.
De acordo com pesquisas conduzidas em 2019 pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em conjunto com o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), seis em cada 10 brasileiros admitiram não se preparar para a aposentadoria. Entre a juventude, essa porcentagem é ainda maior: 75% dos entrevistados com idades entre 18 e 24 anos não têm essa preocupação. As principais justificativas deste grupo incluem a falta de renda e a pouca idade.
 
 

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