Sabe aquele mercado de bairro que dá vontade de dar uma passadinha todos os dias? Além de ter comidinhas e produtos que resolvem a demanda diária, o Butterfield Market, na esquina da rua 85 com a avenida Madison, no Upper East Side, em Manhattan, tem ainda os bancos para sentar na calçada em frente, o frozen de iogurte para comprar na janela e sair consumindo.
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Com mais de cem anos, o mercado de vizinhança, fundado em 1915 e comandado pela terceira geração, conjuga negócio de proximidade e aposta em três forças: qualidade, ambiente e atendimento.
Os funcionários são atenciosos e interagem com os clientes o tempo todo.
O layout da loja, com as cores e a programação visual, combina proposta entre o passado, no estilo de letras, e mix que entrega diversidade, além de soluções do pós-pandemia, como a Express Window (janela expressa), aberta para a calçada, onde os clientes pedem o frozen yorgurt para degustar andando pela rua ou sentado nos bancos ao redor da loja (no inverno é mais restrito).
Joelle Obsatz, uma das proprietárias e bisneta dos fundadores, diz que o segredo é cuidar de cada detalhe, do mix ao atendimento, e cita um diferencial:
“Somos o mercado mais nova-iorquino da cidade”, garante, devido à forte presença de marcas locais. Os mais de 200 funcionários também fazem toda a diferença.
O comprador de hortigranjeiros John Weintraub faz questão de dedicar muitos minutos para explicar a clientes a origem das frutas vendidas. “Prova esta ameixa. Não tem outra igual”, provoca ele.
O florista francês Sebastien Barrancos cuida da banca de flores situada estrategicamente na entrada, que aproveita e gera fluxo. “Qualidade e satisfação ajudam a fidelizar clientes”, assegura Barrancos.
Seleção de produtos e comidinhas elaboradas para atender a clientela exigente e de renda média e alta da vizinhança fazem parte do desafio de Joelle, que conjuga percepção atenta sobre a demanda e curadoria do mix. Ela fica feliz quando ouve de clientes como a professora Sydney Biegel comentários espontâneos:
“É o melhor mercado de Nova York. Não consigo não passar aqui todos os dias.”
A professora conta ainda que os alunos gostam passar no mercado depois da aula para comer o sushi do Butter: "É o melhor!".