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Publicada em 19 de Abril de 2024 às 16:40

Colheita de soja avança no Rio Grande do Sul e chega a metade da área

Risco de umidade excessiva pode afetar produtividade e permitir o surgimento de doenças nas lavouras

Risco de umidade excessiva pode afetar produtividade e permitir o surgimento de doenças nas lavouras

ALENCAR RUGERI/EMATER/DIVULGAÇÃO/JC
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Claudio Medaglia
Claudio Medaglia
Aproveitando o tempo firme dos últimos dias e de olho nas previsões climáticas que sinalizam chuva na próxima semana, os produtores de soja gaúchos intensificaram o ritmo nas lavouras e avançaram a uma colheita de 49% dos grãos esperados para a safra 2023/24. O Rio Grande do Sul semeou 6,6 milhões de hectares.
Aproveitando o tempo firme dos últimos dias e de olho nas previsões climáticas que sinalizam chuva na próxima semana, os produtores de soja gaúchos intensificaram o ritmo nas lavouras e avançaram a uma colheita de 49% dos grãos esperados para a safra 2023/24. O Rio Grande do Sul semeou 6,6 milhões de hectares.
Conforme a Emater-RS, a colheita avançou de forma mais expressiva nas regiões Norte e Oeste do Estado, onde o percentual de área colhida chega a 70%. No Leste e no Sul, entretanto, apenas 30% da soja foram recolhidos.
Ainda de acordo com a empresa de assistência técnica e extensão rural, os grãos apresentam teor de umidade próximos do ideal. Mas a ocorrência de chuvas pode afetar as áreas de cultivos remanescentes, impactando de forma negativa o rendimento nas lavouras.

Leia mais: PIB da soja cresce 21% em 2023 mas não recupera renda do produtor

A produtividade média da cultura no Rio Grande do Sul é estimada em 3.339 quilos por hectare, índice 79,8% superior ao registrado período anterior. Embora já sejam identificadas variações em algumas regiões, em grande parte das áreas a performance é elevada.
Restando ainda mais de 3 milhões de hectares por colher, especialmente na Metade Sul, a atenção é mesmo com o clima. Caso o excesso de umidade se prolongue, os grãos ficarão suscetíveis a perdas pós-maturação, como apodrecimento, surgimento de fungos, germinação prematura e debulha causada pela oscilação entre a secagem e o umedecimento das vagens.
Além de possível impacto negativo na produtividade, há riscos relacionados à colheita mecanizada em terrenos excessivamente úmidos, assim como dificuldades logísticas para o transporte dos grãos até os pontos de armazenamento e comercialização, por conta das condições de tráfego precárias nas estradas secundárias.

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