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ELEIÇÕES 2022

- Publicada em 23 de Maio de 2022 às 17:20

Disputa ao Senado no RS tem apenas quatro pré-candidatos já definidos

Apenas uma vaga ao Senado está em disputa no RS em outubro

Apenas uma vaga ao Senado está em disputa no RS em outubro


Marcos Oliveira/Agência Senado/jc
Fernanda Crancio
Uma disputa acirrada, porém ainda longe de ter todas as peças definidas. Assim está o atual cenário da eleição ao Senado no Rio Grande do Sul. Neste ano, apenas uma das três cadeiras de senador gaúcho está em jogo, o que torna o pleito ainda mais incerto e difícil para os partidos. Por enquanto, a menos de cinco meses do pleito, apenas quatro pré-candidatos já se apresentaram.
Uma disputa acirrada, porém ainda longe de ter todas as peças definidas. Assim está o atual cenário da eleição ao Senado no Rio Grande do Sul. Neste ano, apenas uma das três cadeiras de senador gaúcho está em jogo, o que torna o pleito ainda mais incerto e difícil para os partidos. Por enquanto, a menos de cinco meses do pleito, apenas quatro pré-candidatos já se apresentaram.
Entre eles, o atual senador Lasier Martins (Podemos), que se elegeu pelo PDT em 2014, e ainda teve passagem pelo PSD ao longo do mandato, tentará a reeleição. A sigla, que não deverá lançar candidato próprio ao governo do Estado, ainda aguarda as movimentações nacional e regional para compor alianças para outubro. 
Outro nome forte na disputa é o da ex-senadora Ana Amélia Lemos que trocou o PP pelo PSD recentemente, justamente para se cacifar à eleição ao Senado. Internamente, a gaúcha havia perdido espaço na antiga sigla, que aposta todas as fichas na candidatura de Luis Carlos Heinze ao governo. A vaga dos progressistas ao Senado já foi garantida para a vereadora Comandante Nádia, outra que migrou de partido, deixando o DEM ainda em março, assim que a sigla confirmou a fusão com o PSL para criação do União Brasil.
O quarto postulante ao Senado pelo Estado é o vice-presidente da República Hamilton Mourão, que assinou ficha no Republicanos e lançou-se oficialmente como pré-candidato em evento realizado na Fecomércio, há cerca de um mês. Ele compõe a chapa majoritária liderada pelo ex-ministro Onyx Lorenzoni (PL) ao governo, que almeja ter o ex-secretário Luiz Carlos Busato (União Brasil) como vice. Apesar de afastado do Estado, Mourão aparece como primeiro colocado nas intenções de voto ao Senado divulgadas em pesquisa do Instituto Paraná Pesquisa nesta segunda-feira (23).
Uma quinta vaga, vinda do campo de esquerda, ainda está em aberto, por conta das indefinições partidárias. O PT, que nacionalmente formou federação com o PCdoB e o PV, ofereceu o nobre espaço ao Senado à ex-deputada Manuela D'Ávila (PCdoB), que tem aparecido bem colocada nas pesquisas de opinião de votos. No entanto, ela tem preferido não se manifestar a respeito.
Instâncias partidárias revelam que Manuela aguarda a consolidação local de uma ampla unidade de esquerda, a exemplo da nacionalmente formada em torno do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)- que já conta com sete legendas integradas (PT, PSB, PCdoB, PV, Rede, PSOL e Solidariedade)- para bater o martelo sobre seu futuro político. Por isso, consideram prematuro qualquer anúncio. Especula-se, ainda, a possibilidade de que a comunista possa voltar a concorrer à Assembleia Legislativa  e fortalecer a sigla ou, até mesmo, ficar de fora do pleito de outubro.
Pesa nesse cenário também a dificuldade de acerto entre o PT e o PSB pela cabeça de chapa ao governo gaúcho, já que ambos os pré-candidatos Edegar Pretto (PT) e Beto Albuquerque (PSB) não abrem mão de concorrer ao Piratini, o que tende a inviabilizar a aliança local, enfraquecer a nacional e, ao mesmo tempo, atrapalha a consolidação de uma candidatura esquerdista competitiva no Estado. Dessa forma, uma aproximação entre PSB e PDT poderia ainda mudar os rumos da eleição, embora os pedetistas avaliem como remota, em virtude da composição socialista com a candidatura de Lula.
Se Manuela realmente não entrar na disputa ao Senado, uma solução interna deverá ser buscada pelo PT. Com a desistência do senador Paulo Paim (PT) de tentar a reeleição, fala-se, inclusive, na entrada do presidente estadual da sigla, deputado federal Paulo Pimenta, na briga.
Dois partidos fortes no Estado também ainda aguardam as mexidas no tabuleiro político para definirem seus rumos ao Senado. O MDB, que tem como pré-candidato ao governo o deputado estadual Gabriel Souza, espera que a recém-lançada união nacional com o PSDB e o Cidadania em torno da candidatura à presidente da senadora Simone Tebet (MDB-MS) ajude a desenrolar o cenário estadual e a formação de alianças majoritárias. A base partidária gostaria de contar com o ex-governador José Ivo Sartori na disputa ao Senado, mas ele tem insistido em não entrar nesta disputa.
A vaga também está condicionada ao futuro dos tucanos no Estado, que têm o atual governador Ranolfo Vieira Júnior como pré-candidato. No entanto, ainda não está totalmente descartada a possibilidade de o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) encarar nova eleição ao Executivo gaúcho, contrariando suas promessas contra a reeleição. Leite, que renunciou ao cargo no final de março "em nome de um projeto nacional", e acabou não conseguindo firmar-se como candidato à Presidência da República, pode tanto concorrer novamente ao governo estadual - o que é o sonho dos tucanos- como também compor como vice na chapa de Tebet ou, ainda, entrar de cabeça na eleição ao Senado, opção considerada a mais remota entre os aliados do ex-governador.
Como o prazo para registro de candidaturas para a disputa de outubro encerra em 15 de agosto, as legendas têm menos de 90 dias para baterem o martelo. Siglas com menor representatividade no Estado também deverão apresentar seus candidatos ao Senado até lá.

Os pré-candidatos ao Senado até o momento

  • Lasier Martins (Podemos)- Atual senador, tenta a reeleição.
  • Ana Amélia Lemos (PSD)- Ex-senadora, deixou o PP para buscar nova vaga ao Senado
  • Comandante Nádia (PP)- Vereadora da Capital, migrou do DEM para o PP, garantindo vaga na disputa ao Senado
  • Hamilton Mourão (Republicanos)- O atual vice-presidente da República compõe a chapa majoritária com o PL
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