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Política

- Publicada em 21 de Outubro de 2020 às 11:57

Governadores reagem a anúncio de Bolsonaro sobre vacina chinesa

Eduardo Leite cobrou decisão técnica e não política sobre a imunização

Eduardo Leite cobrou decisão técnica e não política sobre a imunização


Gustavo Mansur/Palácio Piratini/Divulgação/JC
Juliano Tatsch
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou na manhã desta quarta-feira (21) que não irá comprar doses da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. No dia anterior, em reunião com os governadores os estados, o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, havia garantido a compra de 46 milhões de doses, com início da vacinação já em janeiro. A notícia foi, inclusive, divulgada oficialmente pelo Ministério da Saúde em seu site e suas redes sociais. O anúncio inesperado de Bolsonaro gerou forte reação dos governadores.
O presidente da República, Jair Bolsonaro, afirmou na manhã desta quarta-feira (21) que não irá comprar doses da vacina Coronavac, desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac e produzida no Brasil pelo Instituto Butantan. No dia anterior, em reunião com os governadores os estados, o ministro da Saúde, Eduardo Pazzuelo, havia garantido a compra de 46 milhões de doses, com início da vacinação já em janeiro. A notícia foi, inclusive, divulgada oficialmente pelo Ministério da Saúde em seu site e suas redes sociais. O anúncio inesperado de Bolsonaro gerou forte reação dos governadores.
Na terça-feira, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, divulgou vídeo comemorando o anúncio do governo federal. Nesta quarta-feira, se manifestou sobre a mudança de rumo das ações federais. “A definição sobre a inclusão de vacinas contra o Covid-19 no Programa Nacional de Imunização deve ser feita com análise eminentemente técnica (e não política!), observando viabilidade, segurança e agilidade para atender a população”, afirmou no Twitter.
Na sequência, Leite divulgou um vídeo falando sobre a questão. “Temos instituições renomadas trabalhando sobre esse assunto, como a Fiocruz, o Instituto Butantan, e o que deve ser observado é a condição de segurança, a viabilidade técnica, e também a agilidade para disponibilizar essa vacina para imunizar a população. Ou seja, sem análises políticas. O importante é que seja tecnicamente decidido e viabilizado para a população o que ela precisa, que é a garantia de uma vacina segura e o mais rápido possível”, destacou o governador gaúcho.
Camilo Santana, governador do Ceará, também foi às redes sociais criticar a posição de Bolsonaro. “Que o Governo Federal guie suas decisões sobre a vacina da Covid por critérios unicamente técnicos. Não se pode jamais colocar posições ideológicas acima da preservação de vidas. Lutaremos para que uma vacina segura e eficaz chegue o mais rápido possível para todos os brasileiros”, disse.
João Dória, governador de São Paulo, inimigo declarado do presidente e envolvido diretamente na polêmica, falou com a imprensa, em coletiva em Brasília. “Peço a compreensão do Bolsonaro para entender que seu Ministro da Saúde agiu corretamente, priorizando a vida dos brasileiros. Não há razão para incriminar um ministro da saúde que agiu em nome da ciência”, apontou.
O governador da Bahia, Rui Costa, afirmou que o ministro da Saúde tomou medida sensata de garantir acesso à vacina de qualquer país para salvar vidas. “Estamos em guerra contra a Covid, que já matou 155 mil no Brasil. O presidente não pode desmoralizá-lo e desautorizá-lo nesta luta. Minha total solidariedade ao ministro”, escreveu no Twitter.
Renato Casagrande, governador do Espírito Santo, também foi às redes sociais se manifestar sobre a situação. “Salvar vidas e libertar os brasileiros do coronavírus são objetivos que devem unir todos nós. Adquirir as vacinas, que primeiro estiverem à disposição, deve ser a meta primordial. Nesse contexto não há espaço para discussão sobre assuntos eleitorais ou ideológicos”, enfatizou.
O governador do Maranhão, Flávio Dino, foi outro que fez duras críticas ao anúncio de Bolsonaro desautorizando o ministério da Saúde. “Bolsonaro agora quer fazer a guerra das vacinas. Só pensa em palanque e guerra. Será que ele não quer jogar War ou videogame com Trump? Enquanto jogasse, não atrapalharia os que querem tratar com seriedade os problemas da população. Não queremos uma nova guerra na federação. Mas, com certeza, os governadores irão ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário para garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras. Saúde é um bem maior do que disputas ideológicas ou eleitorais”, publicou o maranhense em sua conta no Twitter.
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