Loft faz up em moradias e atrai um p�blico que quer personaliza��o em todos os segmentos



Mate Pencz � co-CEO da Loft, startup que virou unic�rnio
CR�DITO: /Loft/Divulga��o/JC
Giana Milani
Apartamentos antigos podem perder valor no mercado imobiliário por problemas na hidráulica, elétrica ou no visual. Muitos são amplos, com grandes cômodos e excelente localização. Nada que uma boa reforma não resolva. Foi essa a visão que teve a Loft, unicórnio brasileiro mais recente. "A empresa compra, reforma e vende apartamentos. Além disso, conta com um modelo de permuta que possibilita que o proprietário ofereça o seu imóvel antigo como entrada", explica um dos fundadores e co-CEO, Mate Pencz. É mais um player forte que altera o cenário imobiliário e faz as marcas do setor refletirem sobre o futuro.
A startup cresceu exponencialmente desde o lançamento, em agosto de 2018. Aumentou de 100 funcionários, em janeiro de 2019, para 450 até o final do ano passado. Para ainda este trimestre, Pencz estima que o número deve saltar para 550. Outra ampliação é relacionada à área de atuação da Loft. Começou em São Paulo, partiu para o Rio de Janeiro e, em breve, chegará à Cidade do México. "Hoje, a Loft atua em 24 bairros da capital paulista e o modelo pode, facilmente, ser replicado em outras cidades do mundo", detalha o co-CEO.
Pencz afirma que a iniciativa da startup apresenta uma oportunidade enorme em mercados emergentes. Desta maneira, a rápida ascensão da empresa, em menos de dois anos, chamou a atenção de investidores. "Levantamos um novo aporte de US$ 175 milhões. E os fundos chegam para agregar e para permitir que a Loft continue desenvolvendo o setor nessas localidades", ressalta.
O investimento reforça que o mercado está confiante na viabilidade a longo prazo e escalabilidade da plataforma, habilitada por tecnologia para impulsionar transações imobiliárias de forma eficiente. E isso serve de lição para outros negócios. "De uma maneira geral, as startups reagem rapidamente às mudanças. É importante ter um plano definido, mas não ter medo de fazer os ajustes necessários."
O co-CEO comenta, ainda, que o segmento residencial na América Latina apresenta uma oportunidade de US$ 6 trilhões, mas lamenta que a falta de transparência de dados consolidados contribui para listagens de baixa qualidade e redundantes, preços inflados e demora para finalizar transações, criando uma experiência dolorosa para compradores, vendedores e corretores.
De acordo com Pencz, a Loft foi desenvolvida para solucionar problemas de burocratização do processo, além de conferir previsibilidade, dinamismo e liquidez para o setor. "Uma dor do consumidor é encontrar o apartamento ideal, que atenda às suas necessidades. Muitas vezes, o imóvel precisa de reformas e modernização e, quando pronto, já não atende mais ao que o consumidor buscou no início de sua jornada. Isso gera uma frustração grande e gastos extras uma vez que, muitas vezes, a demora para vender o imóvel antigo acarreta despesas", argumenta.
Embora já tenha transacionado mais de mil apartamentos apenas em São Paulo, a Loft não tem previsão para operar no Rio Grande do Sul. "Mas estudamos o potencial de todo o território nacional", diz Pencz. O foco, no momento, é ampliar o portfólio de produtos e serviços. "Estamos expandindo para novas categorias e planejando escalar as linhas financeiras, incluindo hipotecas e seguros", destaca.


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