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Internacional

- Publicada em 03 de Novembro de 2020 às 17:41

Estado Islâmico assume atentado que matou ao menos quatro pessoas em Viena

Polícia austríaca aumentou segurança nas ruas

Polícia austríaca aumentou segurança nas ruas


HERBERT NEUBAUER/APA/AFP/JC
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado terrorista que matou ao menos quatro pessoas e feriu mais de 20 em Viena, na noite de segunda-feira (2). Em sua plataforma Nashir News, o EI afirmou que "um soldado do califado" executou o ataque, segundo a mídia austríaca.
O grupo Estado Islâmico (EI) reivindicou a autoria do atentado terrorista que matou ao menos quatro pessoas e feriu mais de 20 em Viena, na noite de segunda-feira (2). Em sua plataforma Nashir News, o EI afirmou que "um soldado do califado" executou o ataque, segundo a mídia austríaca.
Os tiroteios, que o premiê da Áustria, Sebastian Kurz, chamou de "hediondo ataque terrorista", começaram perto da principal sinagoga da capital austríaca, na região da Seitenstettengasse, e duraram nove minutos, segundo a polícia. Na noite desta terça-feira (3), sete vítimas ainda corriam risco de morrer.
O agressor, morto pela polícia, usou um fuzil de assalto automático e levava uma pistola, um facão e um cinto de explosivos falso. Identificado como Kujtim T., de 20 anos, havia sido condenado a 22 meses de prisão por tentar viajar à Síria para se juntar ao EI, e saiu da cadeia em dezembro de 2019, em liberdade condicional. Era cidadão da Macedônia e da Áustria, onde cresceu.
A participação de outros atiradores ainda está sendo investigada, mas a polícia disse na noite desta terça que ele pode ter agido sozinho. Foram detidas 14 pessoas para interrogatório.

Europa em alerta

Como medida de precaução, o Reino Unido elevou seu nível de ameaça de terrorismo de "substancial" para "grave", o quarto mais alto em uma escala de cinco. Segundo a secretária do Interior britânica, Priti Patel, a medida é preventiva e "não se baseia em nenhuma ameaça específica".
A Inglaterra se prepara para um novo bloqueio contra o coronavírus a partir de quinta-feira (5), e o governo teme que terroristas possam tentar repetir o roteiro do atentado na Áustria, que aconteceu na noite anterior ao bloqueio, numa região de muitos bares e restaurantes que estava bastante movimentada.
Países que fazem fronteira com a Áustria, como República Tcheca, Alemanha e Itália, também reforçaram a vigilância nas fronteiras, e o governo tcheco anunciou já na noite de segunda-feira (2) que aumentaria a segurança de instituições judaicas, como medida preventiva. O governo italiano convocou uma reunião nesta terça para discutir medidas de segurança contra possíveis atentados.
Na Bélgica, a cidade de Antuérpia, que tem parcela expressiva de moradores judeus, aumentou a segurança em regiões de sinagogas e nas proximidades da estação ferroviária, onde mora a comunidade judaica ultraortodoxa, que tem cerca de 18 mil pessoas.
De forma geral, ataques radicais islâmicos vinham se reduzindo na Europa, segundo a Europol, depois de dois anos de grandes atentados em 2015 e 2016. Em 2019, houve 21 tentativas (contra 24 em 2018 e 33 em 2017), das quais 14 foram evitadas por agências de segurança e 4 falharam, de acordo com a agência policial.
Desde setembro, porém, três atentados deixaram quatro mortos na França. Na noite de segunda, o presidente francês, Emmanuel Macron, publicou uma mensagem na qual diz que a França "compartilha o choque e a dor do povo austríaco".
Macron, que é alvo de protestos em países de maioria muçulmana por defender que o direito de expressão inclui a publicação de caricaturas de Maomé, embora elas ofendam os islâmicos, escreveu: "Esta é a nossa Europa. Nossos inimigos devem saber com quem estão lidando. Não vamos ceder nada a eles".
Desde a semana passada, a França elevou seu alerta para terrorismo - na quinta-feira (29), um ataque a faca deixou três mortos em uma igreja católica de Nice, entre eles uma brasileira de 44 anos, mãe de três filhos.
O agressor, um tunisiano de 21 anos recém-chegado ao país, foi baleado e está no hospital, mas, segundo a polícia de Nice, não corre risco de morrer. Ainda não há informações sobre o motivo do crime nem como ele foi organizado.
Nesta terça, a polícia francesa deteve quatro novos suspeitos de terem participado do ataque em Nice. Desde o dia do atentado, já foram detidas dez pessoas; cinco continuam presas.
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