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Internacional

- Publicada em 24 de Agosto de 2020 às 22:03

Governo da Bolívia acusa Evo Morales de ter tido filha com adolescente de 16 anos

Evo, que está exilado em Buenos Aires, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria o caso

Evo, que está exilado em Buenos Aires, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria o caso


RONALDO SCHEMIDT/AFP/JC
O governo da Bolívia enviou ao Ministério Público, nesta segunda-feira (24), uma nova denúncia contra o ex-presidente Evo Morales, que, segundo o Ministério da Justiça, teria tido um filho com uma adolescente. O caso envolveria uma garota que deu à luz a uma menina em 2016. A acusação ocorre dias após o mesmo ministério denunciar o líder indígena de manter, há cinco anos, um relacionamento com uma mulher que, hoje, tem 19 anos, e que então seria menor de idade no início da suposta relação.
O governo da Bolívia enviou ao Ministério Público, nesta segunda-feira (24), uma nova denúncia contra o ex-presidente Evo Morales, que, segundo o Ministério da Justiça, teria tido um filho com uma adolescente. O caso envolveria uma garota que deu à luz a uma menina em 2016. A acusação ocorre dias após o mesmo ministério denunciar o líder indígena de manter, há cinco anos, um relacionamento com uma mulher que, hoje, tem 19 anos, e que então seria menor de idade no início da suposta relação.
Segundo a lei boliviana, relações sexuais não são permitidas até que as pessoas envolvidas completem 18 anos. Caso um adulto tenha mantido uma relação sexual com um menor de idade, ainda que com consentimento pleno, o ato pode configurar crime com pena de 3 a 6 anos de prisão.
O vice-ministro da Justiça, Guido Melgar, afirmou que a documentação contém um depoimento da menina, cujo nome não foi revelado, e o registro de nascimento da criança, realizado em um cartório de La Paz. "A documentação nos dá a entender que a garota ficou grávida quando tinha 15 anos e cinco meses", afirmou Melgar, "dando à luz em 2016, quando tinha 16". "Nós verificamos a identidade e a existência da menor e da criança."
O vice-ministro acrescentou que caberá ao Ministério Público convocar ou não Evo para depor sobre o caso. Quando uma denúncia é entregue ao órgão, este é obrigado a iniciar uma investigação. Pode, depois, descartar a denúncia caso considere que ela não tem fundamento.
No caso entregue anteriormente pelo governo, outra jovem, identificada pela imprensa local como N., assumiu em depoimento à polícia boliviana que era namorada de Evo. Ela viajou com o ex-presidente para o México e para a Argentina, onde ele vive hoje na condição de refugiado.
Constam no relatório produzido pela polícia bilhetes aéreos com o nome da garota para esses dois destinos, além de cópias de conversas com Evo via aplicativo de mensagem obtidos de seu telefone.
O documento ainda reúne fotos em que a garota aparece ao lado do ex-presidente em banheiros, viagens e aviões. Uma delas, registrada em Buenos Aires durante um ato público, mostra a jovem ao lado de Evo e do candidato Luis Arce, atual candidato à presidência boliviana pelo MAS (Movimento ao Socialismo) na eleição marcada para o dia 18 de outubro.
Em uma entrevista à emissora Bolivision, na manhã desta segunda-feira, Arce disse que não conhece a menina. "Essas fotografias não dizem absolutamente nada. Não conhecia nem conheço a senhorita que está na foto. Tiro muitas fotos todos os dias", afirmou. Acrescentou ainda que as investigações abertas têm como objetivo atacar o partido e sua candidatura. Evo, em Buenos Aires, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa que não comentaria o caso.
Em 2016, também foi atribuído ao líder indígena, que é solteiro e tem dois filhos, um relacionamento com Gabriela Zapata, ex-gerente da empresa chinesa CAMC, à qual o stado boliviano concedeu contratos milionários.
O então presidente denunciou que a divulgação desse suposto relacionamento teria causado sua derrota no referendo que lhe negou a possibilidade de concorrer a uma nova reeleição. No entanto, em 2017, a corte constitucional do país o autorizou a se candidatar novamente.
O governo de direita da presidente interina Jeanine Añez, que substituiu Evo após a renúncia, fez diversas acusações contra o ex-chefe de Estado, entre elas as de insurreição e terrorismo devido à violência social ocorrida entre outubro e novembro de 2019, um processo que tramita na Procuradoria local.
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