A Universidade Americana de Manágua concedeu na quinta-feira (27) à brasileira Raynéia Gabrielle Lima, morta a tiros em Manágua, o diploma de Medicina em uma cerimônia organizada pela direção e os estudantes da instituição onde ela cursava o sexto ano de Medicina. Raynéia estava perto de terminar o curso e já fazia residência.
A brasileira trabalhava como médica do Hospital Carlos Roberto Huembes, da polícia nicaraguense. Segundo a embaixada brasileira em Manágua, ela havia saído do trabalho, onde era plantonista, quando foi vítima dos disparos. Raynéia ingressou ainda com vida no Hospital Militar Escuela Doctor Alejandro Dávila Bolaños às 23h30 de segunda-feira. O disparo tinha comprometido o fígado, o pulmão direito e o coração, segundo o governo.
O governo brasileiro convocou a embaixadora da Nicarágua, Lorena Martínez, a dar explicações sobre o episódio. Além disso, chamou de volta o embaixador brasileiro naquele país, Luis Cláudio Villafagne, num gesto diplomático que expressa uma forte insatisfação.