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Internacional

- Publicada em 24 de Julho de 2018 às 12:12

Estudante brasileira é morta a tiros na Nicarágua

Universidades do país estão sem aulas desde abril, quando começaram os protestos contra Ortega

Universidades do país estão sem aulas desde abril, quando começaram os protestos contra Ortega


DIANA ULLOA/AFP/JC
A estudante brasileira de medicina Raynéia Gabrielle Lima, 31, foi morta a tiros na noite desta segunda-feira (23) em Manágua, capital da Nicarágua. O assassinato, divulgado pela imprensa local, foi confirmado pela Embaixada do Brasil no país. Estudante da Universidade Americana (UAM), Lima teria sido metralhada.
A estudante brasileira de medicina Raynéia Gabrielle Lima, 31, foi morta a tiros na noite desta segunda-feira (23) em Manágua, capital da Nicarágua. O assassinato, divulgado pela imprensa local, foi confirmado pela Embaixada do Brasil no país. Estudante da Universidade Americana (UAM), Lima teria sido metralhada.
Em seu perfil nas redes sociais ela se descreve: "Nascida no Brasil, renascida na Nicarágua. Liberdade, luz, paz e amor." Raynéia era pernambucana de Vitória de Santo Antão e completaria 32 anos em agosto.
Seu pai, o motorista Ridevando Lima, disse que ela se mudou há seis anos para a Nicarágua junto com o marido, cuja família, brasileira, já havia morado no país. "Ela estava terminando a residência", disse Lima à reportagem, por telefone. "Estava pronta pra vir pro Brasil." O pai a descreveu como uma pessoa caseira e estudiosa. "Ela não entrava nisso de manifestação, era muito tranquila."
O país da América Central vive desde abril uma onda de protestos que pedem a saída do presidente Daniel Ortega. O governo respondeu com violência aos manifestantes e ao menos 360 pessoas já foram mortas, a maior parte civis.
Ortega nega ter ligação com os grupos paramilitares que são acusados de serem os responsáveis pela maioria das mortes, apesar deles usarem bandeiras do partido do presidente, a Frente Sandinista de Libertação Nacional. Ele afirma que não pretende renunciar e que quer permanecer no cargo.
Segundo a Coordinadora Democrática, que reúne estudantes universitários que participam dos protestos, Raynéia voltava para casa quando seu carro foi metralhado perto do Colégio Americano, por paramilitares que tomaram o campus da Universidade Nacional Autônoma da Nicarágua.
Na semana passada, uma equipe de jornalistas estrangeiros entrou no campus, mas teve de sair após paramilitares dispararem para o alto. As universidades do país estão sem aulas desde abril, quando começaram os protestos.
A Unan era um dos principais focos das manifestações contra Ortega. No último dia 13, policiais e paramilitares iniciaram uma ofensiva contra as trincheiras montadas pelos estudantes -dois deles morreram com tiros na cabeça.
Folhapress
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