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Geral

- Publicada em 03 de Dezembro de 2021 às 18:32

'A espuma quem mandou colar foi o Kiko', diz ex-barman da Kiss

Érico Paulus Garcia disse que presença de táxis na frente da boate dificultou a evacuação

Érico Paulus Garcia disse que presença de táxis na frente da boate dificultou a evacuação


Reprodução/YouTube TJ-RS/JC
Juliano Tatsch
Em um dos depoimentos mais reveladores até o momento no julgamento dos réus da tragédia da boate Kiss, o ex-barman da casa noturna, Érico Paulus Garcia, confirmou na tarde desta sexta-feira (3) que a espuma inflamável que foi colocada no teto da área do palco foi colada no local sob ordem de Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da boate.
Em um dos depoimentos mais reveladores até o momento no julgamento dos réus da tragédia da boate Kiss, o ex-barman da casa noturna, Érico Paulus Garcia, confirmou na tarde desta sexta-feira (3) que a espuma inflamável que foi colocada no teto da área do palco foi colada no local sob ordem de Elissandro Spohr, o Kiko, um dos donos da boate.
"A espuma quem nos mandou colar foi o Kiko. Eu, o Rogério e o João. Tinha um resto de espuma e o Kiko pediu para a gente colar nos fundos do palco e em cima. Inicialmente, a gente colou nos fundos. Como era muito pedaço diferente, o Kiko disse que não ficou bom e pediu para tirar, pois ele ia comprar espuma nova. Determinado dia, chegamos lá e estava esse rolo de espuma nova para ser colada”, disse Érico, que depõe como vítima do incêndio.
Conforme o depoente, a espuma foi colada com cola de sapateiro. A colocação da espuma na área do palco da Kiss é um dos temas centrais da denúncia do Ministério Público, na medida em que a queima do produto gerou a fumaça tóxica que causou a morte de diversas pessoas por asfixia química. Conforme Miguel Ângelo Pedroso, testemunha ouvida na quinta-feira (2) e que foi responsável por elaborar o projeto de isolamento acústico da Kiss, Kiko fora informado de que não deveria usar espuma.
A vítima também confirmou que a presença de táxis em frente à saída da boate dificultou a evacuação do local. "Tinham táxis na saída da boate e esses táxis atrapalharam muito a saída das pessoas. Esses táxis trancaram bastante a frente, e as pessoas começaram a sair para o lado. Eu não consegui sair para a frente por causa desses táxis que estavam trancando", afirmou.
Conforme Garcia, após sair da Kiss, ele retornou para ajudar na evacuação da casa noturna, tendo retirado do interior da boate entre 15 e 20 pessoas.
Ainda de acordo com ele, muito possivelmente, os seguranças da casa devem ter barrado a saída de pessoas logo no início do incêndio, pois essas não tinham pago a comanda. "Eu cheguei ali e já tinham liberado. Mas, pelo procedimento, (no começo) os seguranças realmente deviam ter segurado, pois não sabiam o que estava acontecendo."
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