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Geral

- Publicada em 03 de Dezembro de 2021 às 09:31

Acompanhe em tempo real o julgamento do caso Kiss

Previsão é de que quatro pessoas prestem depoimento nesta sexta-feira (3)

Previsão é de que quatro pessoas prestem depoimento nesta sexta-feira (3)


Juliano Verardi/Imprensa TJRS/JC
Juliano Tatsch
Esta sexta-feira (3) marca o segundo dia do julgamento dos acusados pelo incêndio da boate Kiss, ocorrido no dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. O julgamento dos quatro réus pelo júri popular iniciou na manhã marcado de quarta-feira (1), no Foro Central I de Porto Alegre.
Esta sexta-feira (3) marca o segundo dia do julgamento dos acusados pelo incêndio da boate Kiss, ocorrido no dia 27 de janeiro de 2013, em Santa Maria. O julgamento dos quatro réus pelo júri popular iniciou na manhã marcado de quarta-feira (1), no Foro Central I de Porto Alegre.
Os quatro acusados respondem por homicídio simples (242 vezes consumado, pelo número de mortos; e 636 vezes tentado, número de feridos).
São eles:
  • Elissandro Callegaro Spohr – sócio da boate Kiss
  • Mauro Londero Hoffmann – sócio da boate Kiss
  • Marcelo de Jesus dos Santos – vocalista da Banda Gurizada Fandangueira
  • Luciano Bonilha Leão – produtor musical

Acompanhe abaixo o minuto a minuto do julgamento:

9h15min - Tem início o terceiro dia de julgamento. O primeiro depoimento do dia é de o gerente da loja onde foram comprados os artefatos pirotécnicos, Daniel Rodrigues da Silva, testemunha de acusação.
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9h20min - Questionado pelo juiz Orlando Faccini Neto se o artefato conhecido como sputnik traz risco se usado em ambiente interno, o depoente afirma que sim. "Porque ele produz uma faísca quente, que queima. Mesmo em ambiente externo, é preciso que se tenha uma distância. Isso em ambiente externo. Interno, de maneira alguma (se pode usar)", diz.
9h36min - Segundo Daniel, o vendedor que fez a venda dos artefatos disse que foi Luciano Bonilha Leão, produtor da banda Gurizada Fandangueira, quem fez a compra dos artefatos pirotécnicos.
9h39min - Os produtos foram comprados no dia 25 de janeiro de 2013, sexta-feira. A tragédia ocorreu no domingo, dia 27 de janeiro.
9h47min - Conforme o depoente, Luciano Bonilha costumava comprar materiais em sua loja seguidamente.
10h - Defesa de Luciano Bonilha refaz perguntas que haviam sido feitas ao depoente quando da fase de instrução processual e afirmam haver contradições no que é dito.
10h19min - Exaltada, defesa de Luciano Bonilha diz, aos gritos, que a testemunha colocou o acusado no banco dos réus. O promotor David Medina da Silva interrompe: "Quem o colocou no bando dos réus foi o Ministério Público."
10h22min - "Doutor Jean, a próxima que o senhor me fizer, o senhor não vai continuar aqui", diz o juiz ao advogado Jean Severo, que defende Luciano Bonilha Leão. O advogado está bastante exaltado, gritando para a testemunha, dizendo que ela deveria estar sendo julgada também. O juiz Orlando Faccini Netto, interrompe o julgamento por 10 minutos para que a ordem seja reestabelecida.
10h32min - Julgamento é retomado.
10h43min - Falando ao plenário, juiz pede serenidade a todos e que a temperatura seja baixada. Orlando Faccini Neto lembra que está descumprindo sua própria decisão, que limitava a três advogados por bancada. Defesa de Luciano Bonilha Leão tem seis advogados em plenário.
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10h56min - Defesa de Luciano Bonilha Leão, busca mostrar que a loja que vendeu os artefatos pirotécnicos que causaram o incêndio comercializava os produtos de forma avulsa, fora das embalagens, o que impedia que o comprador lesse as instruções de uso.
11h20min - Agora, quem faz a inquirição é a advogada Tatiana Borsa, que representa Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da Banda Gurizada Fandangueira.
11h27min - Termina o primeiro depoimento do dia, de Daniel Rodrigues da Silva, gerente da loja onde foram comprados os artefatos pirotécnicos.
11h35min - Defesa de Luciano Bonilha pede que a testemunha não seja dispensada, pois pode querer fazer alguma acareação dela com outros depoentes. MP se posiciona contrariamente ao pedido. Juiz determina que Daniel Rodrigues da Silva aguarde no hotel até as 16h, quando será informado sobre a decisão.
11h55min - Tem início o segundo depoimento do dia. Trata-se de Gianderson Machado da Silva, funcionário da empresa de extintores de incêndio.
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11h58min - Defesa de Mauro Hoffmann lê uma postagem da filha do depoente em uma rede social, na qual pede que os réus sejam condenados. A defesa pede que a testemunha não seja ouvida, visto que isso poderia representar uma pré-disposição familiar pela condenação dos réus. O juiz decide que Gianderson seja ouvido como informante e não mais como testemunha.
12h09min - Depoente diz que, em uma ocasião em que foi realizar a troca dos extintores, não encontrou um deles no lugar onde deveria estar. Procurando na boate, encontrou o equipamento junto a um balcão.
12h12min - Depoente afirma que, nos três anos em que trabalhou fazendo a revisão dos extintores da casa noturna, as recargas foram feitas dentro do mês de vencimento.
12h29min - Julgamento é interrompido para o almoço e será retomado às 13h45min.
13h52min - Depoimento de Gianderson Machado da Silva é retomado.
14h42min - Depoimento foca em questões técnicas a respeito do funcionamento dos extintores. Sobre questões relativas à Kiss, especificamente, o depoente, na maioria das vezes, diz não saber ou não se lembrar.
15h10min - Advogado Jader Marques, de Elissandro Spohr, mostra fotos de extintores que eram da Kiss e pergunta se Gianderson os identifica.
15h20min - Advogado cita depoimento dado durante o processo por um especialista de que um pó inadequado teria sido colocado em um dos extintores da boate e questiona a Gianderson se ele tinha conhecimento disso ou se poderia se identificar o profissional da empresa que teria carregado o referido extintor. O depoente diz desconhecer o fato citado e não ser possível identificar quem recarrega um extintor específico.
15h58min - Termina o depoimento de Gianderson Machado da Silva, funcionário da empresa que realizava as recargas dos extintores de incêndio da Kiss.
16h05min - Inicia o depoimento de Pedrinho Antônio Bortoluzzi, testemunha de defesa arrolada pelas advogadas de Marcelo de Jesus dos Santos, vocalista da banda Gurizada Fandangueira.
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16h10min - O depoente, ex-juiz estadual, trabalhou por um terminado tempo na construção civil e contratou Marcelo para a execução de serviços de instalação pisos e azulejos. "Ele trabalhou comigo por 53 meses", disse. O depoente diz que o réu era uma pessoa calma e educada.
16h13min - Pedrinho Bortoluzzi é uma chamada testemunha abonatória. Ou seja, ele não sabe nada a respeito dos fatos a serem julgados, e sim sobre a conduta pessoal de Marcelo de Jesus dos Santos.
16h20min - "O Marcelo é uma pessoa que se eu fosse continuar minhas atividades contrataria sempre. É um empregado que qualquer empregador gostaria de ter. É disciplinado e assíduo. É respeitoso e, como pessoa, é um sujeito bom, um bonachão, amigo de todo mundo, sempre tentando apaziguar. (...) É um sujeito tranquilo, amigo de todo mundo", diz a testemunha.
16h23min - "O que ele me disse é que jamais acenderia aquele fogo se imaginasse que aquilo poderia acontecer”, observa a testemunha.
16h32min - Termina o depoimento de Pedrinho Bortoluzzi, testemunha de defesa de Marcelo de Jesus dos Santos.
16h33min - O juiz Orlando Faccini Neto determina um intervalo para que os jurados façam um lanche.
17h22min - Julgamento é retomado. Todas as partes, defesas e acusação acordam de desistirem de testemunhas - uma para cada uma das partes - para dar mais celeridade ao júri. Inicialmente, cada uma das partes tinha 5 testemunhas arroladas, com exceção do réu Luciano Bonilha, que não tinha nenhuma testemunha no júri.
17h27min - Tem início o testemunho de Érico Paulus Garcia, uma das vítimas do incêndio da boate Kiss.
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17h37min - “Veio uma nuvem preta e nesse momento corremos para a porta”, diz a vítima citando o momento em tentava deixar a boate já em chamas.
17h39min - O depoente confirma que a presença de táxis em frente à saída da boate dificultou a evacuação do local. "Tinham táxis na saída da boate e esses táxis atrapalharam muito a saída das pessoas. Esses táxis trancaram bastante a frente, e as pessoas começaram a sair para o lado. Eu não consegui sair para a frente por causa desses táxis que estavam trancando", disse.
17h45min - A vítima afirma que conseguiu retirar de 15 a 20 pessoas de dentro da boate. Ele retornou para o interior da casa noturna para ajudar na remoção das pessoas.
17h50min - Érico Paulus Garcia era barman da boate Kiss.
17h54min - A vítima confirma que o réu Elissandro Spohr mandou que ele e outros funcionários colassem a espuma na área do palco. "A espuma quem nos mandou colar foi o Kiko. Eu, o Rogério e o João. Tinha um resto de espuma e o Kiko pediu para a gente colar nos fundos do palco e em cima. Inicialmente, a gente colou nos fundos. Como era muito pedaço diferente, o Kiko disse que não ficou bom e pediu para tirar, pois ele ia comprar espuma nova. Determinado dia, chegamos lá e estava esse rolo de espuma nova para ser colada."
18h - Depoente afirma que, inicialmente, seguranças da boate devem ter impedido a saída de pessoas que não tinha pago a comanda. "Eu cheguei ali e já tinham liberado. Mas, pelo procedimento, os seguranças realmente deviam ter segurado, pois não sabiam o que estava acontecendo."
18h07min - O depoente afirma que, no período em que trabalhou na Kiss, não passou por nenhum tipo de treinamento para caso de incêndio.
18h55min - Vítima diz que nunca ouviu Elissandro Spohr dizer para os extintores serem retirados das paredes para que não aparecessem nas fotos feitas no interior da boate.
19h06min - "O que conversei com um segurança, é que eles acharam que era briga, por isso tentaram conter as pessoas", diz o depoente ao ser questionado pela acusação sobre o motivo de seguranças terem barrado a saída de pessoas de dentro da boate no momento do início do incêndio.
19h27min - Depoimento de Érico Paulus Garcia, barman da Kiss na época da tragédia, já dura duas horas.
19h56min - "Na relação que eu tinha com o Kiko como patrão, ele era uma excelente pessoa", diz o depoente, ao ser inquirido pela defesa de Elissandro Spohr.
20h10min - Termina o depoimento de Érico Paulus Garcia, barman da Kiss na época da tragédia.
20h10min - Está encerrado o terceiro dia do julgamento dos réus da boate Kiss. O júri será retomado às 9h deste sábado (4).
* Fotos do julgamento: Reprodução/YouTube TJ-RS/JC e TJ-RS/Divulgação/JC
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