De acordo com Rodolfo Baqué, advogado da enfermeira, o médico pessoal do jogador, Leopoldo Luque, foi alertado sobre a queda, mas não recomendou que novos exames fossem colhidos. "Ela relatou a ele que Maradona havia caído e batido a cabeça, mas, mesmo assim, ele não recomendou que Maradona fosse levado para fazer uma ressonância ou uma tomografia", explicou.
No domingo (29), Luque foi questionado sobre o acidente e, ao contrário do que disse o advogado da enfermeira, afirmou que não sabia do que havia acontecido. "Se houve algo, a autópsia vai revelar", contou o neurologista, em entrevista coletiva.
Os familiares de Maradona afirmam que houve negligência por parte de Luque, mas não em decorrência do médico não ter levado o ex-jogador para realizar novos exames após a suposta queda. Suas filhas, Dalma e Gianinna, dizem que não era o momento de seu pai ter saído da clínica médica, já que a própria equipe do hospital recomendava que o ídolo se recuperasse por mais alguns dias no local.
Apesar da sugestão, Luque liberou Maradona. O médico pessoal do jogador afirmou que ele seria levado para uma casa onde teria condições de ser monitorado. Uma policial que esteve no local, contudo, afirma que a residência sequer possuía um desfibrilador.
Luque depôs segunda-feira (30), mas não deu detalhes sobre a sessão. Antes, em entrevista para a imprensa argentina, o neurologista garantiu que não teve culpa na morte do ídolo e ressaltou que havia feito tudo o que pôde.