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Economia

- Publicada em 29 de Junho de 2021 às 19:28

Credores da Paquetá aprovam plano de recuperação judicial da empresa

 Uma das principais indústrias calçadistas do País, Paquetá entrou com pedido de recuperação em 2019

Uma das principais indústrias calçadistas do País, Paquetá entrou com pedido de recuperação em 2019


CLAITON DORNELLES/JC
Fernanda Crancio
Em assembleia remota realizada nesta terça-feira (29), os credores da Paquetá Calçados Ltda. aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa, que ingressou há dois anos com o pedido. A medida permitirá reestruturar um passivo de mais de R$ 450 milhões, segundo os administradores judiciais do processo.
Em assembleia remota realizada nesta terça-feira (29), os credores da Paquetá Calçados Ltda. aprovaram o plano de recuperação judicial da empresa, que ingressou há dois anos com o pedido. A medida permitirá reestruturar um passivo de mais de R$ 450 milhões, segundo os administradores judiciais do processo.
Com a decisão, avalizada por ampla maioria do total de credores da empresa, a Paquetá tem prazo de dois anos para cumprir o plano, que será fiscalizado pelo Judiciário e pelos administradores judiciais. "A partir de agora se dá toda a reestruturação desta carência, que tem estrutura diferente para cada grupo de credores. A premissa da recuperação é de uma solução equitativa para todos", explica o advogado José Paulo Japur, da Brizola e Japur Administração Judicial.
Ele comenta que, em função da pandemia, houve atraso na realização da assembleia, prevista anteriormente para março deste ano.
No entanto, reforça que justamente por conta da crise econômica decorrente da Covid-19, houve um acerto que permitiu a antecipação de 20% dos créditos trabalhistas a 1.251 ex-funcionários credores da indústria, uma ação inédita entre os casos de recuperação judicial do Rio Grande do Sul. "Essa foi uma grande novidade, com os ex-colaboradores recebendo mesmo antes da aprovação do plano recuperacional", complementa Japur.
Nos próximos passos do processo estão a homologação do plano de recuperação judicial e o cumprimento do acordado, com pagamento a todos os credores ao longo dos 24 meses previstos. De acordo com o advogado João Pedro Scalzilli, que representa a Paquetá no processo, algumas obrigações, como as trabalhistas, já começam a ser pagas logo após a homologação.
Na avaliação do advogado, a assembleia foi "muito bem-sucedida". "O resultado reflete o sucesso do projeto e a crença dos credores na recuperação da empresa e na execução desse plano nos próximos anos", complementa ele.
Ao longo da pandemia a indústria seguiu produzindo, enquanto as cerca de 200 lojas da rede sofreram restrições às atividades, e ainda estruturou seu e-commerce para vendas online. Segundo Scalzilli, apesar dos efeitos da recuperação judicial, da crise sanitária e seus desdobramentos econômicos, a indústria não perdeu nenhum de seus grande clientes- como a Adidas, por exemplo, da qual a Paquetá fabrica os produtos licenciados no Estado.
Considerada uma das gigantes dos calçados no Brasil, a Paquetá é ainda dona de marcas como Dumond, Capodarte e Ortopé, e tem redes de varejo no Sul e Nordeste. Atualmente, conta com mais de 9,1 mil colaboradores e cinco unidades produtivas no Brasil, com mais de 200 lojas físicas.
Nesta quarta-feira (30), por meio de nota oficial, o grupo Paquetá reforçou a representatividade da empresa e seus mais de 75 anos de fundação. O comunicado lembrou que a empresa nasceu na indústria, criou marcas respeitadas e conquistou o varejo, tornando-se uma "cadeia completa" e especialista em calçados. Ressaltou ainda os diversos desafios que vem enfrenando e analisou a aprovação do plano de recuperação judicial como um marco importante para a continuidade dos negócios. "Com a aprovação do plano, a Paquetá The Shoe Company conseguirá retomar os movimentos estratégicos que levarão o grupo para um novo cenário de presente e futuro",.
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