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Economia

- Publicada em 15 de Junho de 2021 às 18:10

'Projeto do Cais Mauá é emblemático e único no País', diz responsável no BNDES

Extensão de 3,3 quilômetros torna o desafio da revitalização ainda maior, diz gestor do BNDES

Extensão de 3,3 quilômetros torna o desafio da revitalização ainda maior, diz gestor do BNDES


PATRICIA COMUNELLO/ESPECIAL/JC
Patrícia Comunello
A busca por um modelo que viabilize a revitalização e exploração econômica da antiga área portuária de Porto Alegre, o Cais Mauá, ganhou status de prioridade no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição, que coordena o estudo para sugerir ao Estado o formato para atrair interesse do setor privado no negócio, aposta que o caminho escolhido em Porto Alegre poderá ser replicado em outras regiões do País.
A busca por um modelo que viabilize a revitalização e exploração econômica da antiga área portuária de Porto Alegre, o Cais Mauá, ganhou status de prioridade no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A instituição, que coordena o estudo para sugerir ao Estado o formato para atrair interesse do setor privado no negócio, aposta que o caminho escolhido em Porto Alegre poderá ser replicado em outras regiões do País.
O foco é tornar espaços degradados em pontos com maior qualificação e desenvolvimento urbano, que alavanquem principalmente ativos públicos, caso do conjunto arquitetônico e área disponível na orla do Guaíba.  
"O projeto do Cais Mauá é emblemático e único no País", reforça Osmar Lima, chefe do Departamento de Ativos Imobiliários do BNDES, área que cuida diretamente do contrato com o governo gaúcho. Segundo Lima, a extensão do cais, com 3,3 quilômetros, é o que torna o desafio ainda maior. Ele aposta que os estudos e a modelagem que serão levados ao governo vão conseguir indicar os melhores caminhos.
Até porque tem a sombra recente do fracasso na concessão. A última tentativa, que repassou a área por dez anos ao consódio Cais Mauá do Brasil, não decolou. Em 2019, o governo estadual fez a rescisão com o concessionário devido à ausência de obras e também pela deterioração do conjunto de armazéns, parte deles tombada pelo patrimônio histórico.
"A revitalização urbana é algo muito caro para o banco, pois traz muito desenvolvimento para uma cidade, ainda mais no centro histórico. Diria que o projeto tem características únicas", definiu o chefe do Departamento de Ativos imobiliários, que veio a Porto Alegre esta semana para acompanhar os workshops com segmentos da cidade, de empresários, entidades setoriais e organizações sociais para captar as expectativas para o futuro do cais.
É a chamada fase de escuta para subsidiar os possíveis usos do ativo, que é gerenciada pelo consórcio Revitaliza, que venceu a concorrência aberta pelo banco público. O cronograma geral prevê atividades mês a mês, com desfecho entre março e abril de 2022 para as audiências públicas finais e para o leilão.    
Após os encontros, Lima, que é funcionário de carreira do banco, adianta que a intenção é desenhar as primeiras propostas para colocar para o governo. "Começa aí a tomada de decisões sobre possíveis caminhos a serem seguidos. Depois, vamos começar a falar de forma mais sólida com os investidores", projeta o representante do BNDES.
"Vamos trazer os investidores para a mesa e ver os caminhos", resumiu. Lima evitou comentar o potencial de atração e até mesmo volume de investimentos antes de avançar nos estudos de viabilidade e vocação da área. 
Nas rodadas iniciais com integrantes da comunidade, o consórcio apontou a intenção de incluir empreendimento de moradia no conjunto de possibilidades de uso da área. Isso seria possível na área 1, próximo à Usina do Gasômetro. 
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